quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Humor inteligente?


Caramba, faz tempo que não posto nada, hein? Muita correria nas últimas semanas e, sempre que ia atualizar, acontecia algo e eu deixava de lado. Enfim, vamos lá!

Eu adoro humor, incluindo piadas de humor negro. Todo tipo de piada me atrai. Não consigo ser politicamente correto quando o assunto é fazer rir. Piadas que lidam com estereótipos, racistas, sexistas, religiosas... o objetivo delas, pra mim, é fazer refletir e lidar com os NOSSOS preconceitos e intolerâncias. Talvez eu pense assim porque nunca me levei muito à sério. Aliás, não há nada mais idiota do que pessoas que se levam à sério. Somos praticamente piadas ambulantes, se parar pra analisar, e no final estaremos todos numa vala. Portanto, porque não gozar de boas risadas?

(Falando nisso, bons tempos do Canibal Cartum, hehe)

Entretanto, o humor é algo que varia de pessoa pra pessoa, de cultura pra cultura, por isso costuma gerar bastante polêmica. Aqui no Brasil, um dos campeões do "humor polêmico" é o Rafinha Bastos, do CQC. Na última edição do programa, ele falou a seguinte asneira. Um comentário do tipo não é nem de humor negro. Simplesmente não possui graça nenhuma, a menos que você seja doente. Uma declaração desnecessária e tremendamente ofensiva, na minha opinião. Eu até acho que algo assim seria engraçado em algo como o já citado Canibal Cartum (me parece o tipo de coisa que o Brusco diria...), mas ouvir uma declaração dessa ao vivo, em rede nacional, num programa que se orgulha pelo humor inteligente... aí é dose mesmo.

As pessoas são livres pra falar aquilo que pensam. Mas, da mesma maneira, também devem arcar com as consequências das idiotices que dizem. Esse é um dos grandes males da sociedade atual: todo mundo se gaba de ser autêntico (claro, eles não são, mas PENSAM... no fundo, tudo é muito estudado antes de sair da boca), mas se esquecem que toda ação gera uma reação, seja ela positiva ou não. A liberdade de expressão DEVE ser valorizada sempre... assim como as consequências de ser livre. Afinal, nada é perfeito, não é mesmo?

Ainda bem que - ainda - temos o Chaves, que mesmo antigo e tão reprisado, faz rir de maneira inteligente e ingênua ao mesmo tempo...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Músico por caridade


"Gostaria que falassem pra um médico, advogado, arquiteto ou engenheiro: "Venha e trabalhe! Não tem dinheiro mas é bom pra divulgar, pra que as pessoas conheçam seu trabalho. Você vai agradecer o espaço e a oportunidade!"

Tem gente que acha que a música não é, também, uma profissão e sim um hobby. Que todos os músicos são ricos e/ou não precisam pagar serviços e fazer compras pra viver, que por isso somente precisam de divulgação do trabalho..."





Vi esse texto num contato do Facebook e copiei pro meu perfil. Bem verdadeiro, não acham? Por coincidência, eu queria falar sobre algo parecido esta semana, então não vou perder esta deixa.

A mentalidade das pessoas em relação ao músico é justamente o que foi escrito acima. É muita cara de pau dos donos da maiorias dos bares falar algo do tipo, como se músico não tivesse contas a pagar. Quando não propõe uma asneira dessas, pagam uma mixaria que até um flanelinha deve tirar mais numa tarde.

Vamos lá, hora da matemática musical: o camarada propõe pagar 200 paus pra banda. Imaginemos um grupo padrão, pequeno: vocal, guitarra, baixo e bateria. Quatro caras, então temos 50 reais pra cada um. Mas e os gastos da banda? Não é difícil manter um instrumento: essas coisas são CARAS no Brasil. Por exemplo, cordas novas pra um violão saem por 40 reais, e elas devem ser trocadas constantemente. Alguns bares nem ao menos tem equipamento, então a banda tem que levar sua aparelhagem também. Fora isso temos gasto com condução, alimentação e coisas do tipo, além do tempo em si estudando e ensaiando pra fazer o melhor na noite. Desses 200 paus, quanto sobra pra cada um, REALMENTE? Cinco reais? O resultado é que na maioria das vezes o músico PAGA pra tocar, pra algo que muitas vezes não dá retorno nenhum.

Infelizmente, todos possuem uma parcela de culpa nessa situação.

A primeira, claro, é da ganância dos próprios donos de bares. Existem alguns que valorizam os músicos, mas a grande maioria é composta por grandes filhos da puta que estão pouco se cagando pra quem está no palco. Pagam mal e muitas vezes exigem que o artista passe da hora se apresentando. Felizmente, donos de estabelecimentos com esse tipo de estabelecimento estão sujeitos à falência, na maioria das vezes. Só um detalhe: não apenas donos de bares, porque o meio está cheio de gente aproveitadora. Cansei de receber propostas de "eventos beneficentes", oferecendo ajuda de custo... vão chamar a Xuxa pra trampo de tipo, porque ela sim tá com a vida feita.

A próxima parcela de culpa está no público. Sim, nele mesmo. Muitos não se interessam por coisas novas e não estão dispostos a pagar um valor mínimo pra curtir algo diferente. É a típica platéia de ocasião, que vai pra encher a cara e ouvir as modinhas de sempre. Só passa a se interessar se está na moda, se a mídia começou a falar sobre o assunto. Entretanto, nem todos são assim (aliás, o bom do meio do rock é que muitos vão nos bares e seguem as bandas porque são fãs mesmo).

Finalmente, os grandes culpados dessa situação: os MÚSICOS! Hoje em dia, todo mundo quer ter uma banda, mesmo sem talento nenhum. Isso cria uma situação em que bandas de péssima qualidade se sujeitam a qualquer mixaria ou contrato abusivo. Tocar por uma coxinha e uma latinha de cerveja? Vambora! Então, de 10 bandas, temos uma boa e séria: as outras são porcarias que reúnem os amigos e fazem "música por diversão". E são justamente esses miseráveis posers que tomaram conta de tudo, que jogaram no lixo todo o trabalho do artista sério, que vê a música como profissão mesmo, não só "sexo, drogas e rock'n'roll".

Qual a solução pra tudo isso então? Acredito numa união dos músicos, que não deveriam se sujeitar a qualquer porcaria. Sério, é mais fácil pra vocês ficarem em casa ensaiando do que tocar em botecos por ninharia. Se as boas bandas se conscientizassem, os bares só teriam grupos ruins à disposição e logo a qualidade da casa em si cairia, forçando-os a procurarem bons grupos (isso se já não tiverem falido, porque recuperar uma reputação suja é foda).

E, claro, o público também deveria valorizar mais o artista. Saber diferenciar uma banda que leva seu trampo à sério daqueles que estão tirando onda na noite. Sério, viver de música no Brasil é MUITO difícil. Deviam fazer um evento beneficente pra mim, isso sim!

Enfim, hoje escrevi além da conta. Só um simpático esclarecimento sobre a situação do panorama musical atual.

Aproveitando a deixa, conheçam minha banda: http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/madds.

Preciso de grana. ;)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Torcendo pro touro



Sinceramente, eu detesto rodeio ou qualquer coisa relacionada. E quando dá uma merda do tipo pra mim fica pior ainda:

Bezerro é sacrificado após prova na arena de Barretos

Aliás, além do animal, quem se fodeu nesta história (e bem feito, claro) foi o próprio peão. O rodeio em si é uma covardia por si só, mas os organizadores mostraram ser ainda mais asquerosos e colocaram a culpa toda no otário aí, lavando as suas mãos.

Sério, até quando o ser humano vai utilizar o sofrimento de animais em prol do seu divertimento? É inadmissível que, em pleno século 21, existam coisas absurdas como rodeio (ou, pior ainda, as touradas lá fora). Cacete, você não está lidando com uma coisa: está lidando com uma vida. Desde quando a humanidade tem o direito de maltratá-la ou desrespeitá-la dessa maneira?

Os argumentos que vejo a favor de barbáries como essa são completamente cretinos. No caso da morte do bezerro, dizem que aqueles que criticam mais tarde comeriam a carne do bicho. Burrice pura. Não levanto nenhuma bandeira do vegetarianismo: cada um come aquilo que quiser. Comer por sobrevivência é uma coisa: simples lei da vida. E, seja como for, o homem é onívoro. Muito diferente matar um animal pra se alimentar do que matar por esporte ou por diversão.

Outros alegam que rodeios devem ser mantido por tradição. Outra idéia completamente despropositada. Dizer isso é o mesmo que pedir pra Roma retomar com as lutas de gladiadores. Afinal, isso já foi tradição também, certo? Nem preciso ir tão longe: a caça a raposa, tradicional há séculos na Inglaterra, TAMBÉM foi proibida. Foi-se o tempo em que sangue derramado é motivo de diversão (mas, talvez, essa sanguinolência seja inata dos seres humanos).

Eu não tenho nada contra Barretos em si. Apesar de, pra mim, a festa ser uma merda, com um bando de caipiras posers que pensam ser cowboys, ela poderia continuar numa boa. Coloquem alguns artistas genéricos sertanejos, encham o rabo de bebida e fim de papo. Dá pra ser idiota numa boa, sem querer ferrar com animais.

O homem deveria limitar sua idiotice pra própria espécie... fato!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Afinal, estamos no Brasil



Tá, alguém aí achou que seria diferente?

Delegado que agrediu cadeirante vai prestar serviços comunitários

Lembram desse caso do começo do ano? Em que o figurão parou na vaga especial para deficiente e, não satisfeito, ainda deu umas porradas no cadeirante que reclamou? Pois é... obviamente tudo terminou numa indigesta pizza. Afinal, estamos no Brasil. Ei, dava pra transformar isso num slogan, não é verdade? Tipo um "Merdas Acontecem"!

Interessante ver as coisas por esse modo: o delegado vai, para num local que não era sua preferência, se acha na razão, agride um deficiente físico, MENTE sobre o ocorrido (claro, foi o cadeirante que o agrediu primeiro... e ele não deu coronhadas no cidadão, deve ter só tentado fazer um carinho nele e o machucou por causa do anel) e no final só precisa prestar serviços comunitários. Se é que irá fazer algo do tipo. Claro, tudo ainda se torna mais agravado ainda pelo fato do culpado ser alguém que deveria MANTER a lei!

Isso é algo realmente terrível no país. Ao invés de punir, nós incentivamos atos criminosos. As pessoas deveriam se sentir DESMOTIVADAS a cometer crimes, não o contrário. Se alguém é criminoso, é visto como uma vítima da sociedade, alguém que não teve outra alternativa. Durantes os recentes distúrbios em Londres, foi dito que os detidos seriam devidamente punidos, sem amolecer pro pessoal dos direitos humanos. Um pensamento completamente oposto ao brasileiro.

A impunidade está enraizada no povo brasileiro, aparentemente. E, tudo isso, somado à habitual apatia das pessoas, faz com que moremos num lugar sem lei. Ou, melhor dizendo, a lei existe no Brasil, mas somente para aqueles idiotas - ou pobres - o suficiente para ser pego por ela.

E não adianta bater na mesma tecla: lá fora, o povo protesta e chia por qualquer coisa (por sinal, na Europa sabem MESMO protestar). Aqui todo mundo pode roubar na cara de pau que o povo tá só preocupado com futebol e novela. Então, como sempre digo, de que adianta reclamar se as pessoas não irão mudar?

Afinal, estamos no Brasil.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sentados num barril de pólvora



Muito se fala sobre a violência no Brasil. Muitos preocupam-se com a imagem do país nos vindouros eventos realizados aqui, como as Olimpíadas e a próxima Copa. Como já escrevi, não creio que o Brasil está preparado pra um evento do tipo: é algo muito maior do que erguer uns estádios e roubar dinheiro do povo. Pensem bem: as capitais do país são deficientes em termos de segurança, transporte, saúde, entre outros quesitos. Como, em tão pouco tempo, resolver estes problemas de forma digna?

Mas, enfim, não vou falar sobre o assunto. Isto foi apenas para ilustrar o tema "violência" e a decadência da sociedade humana. Estava pensando em algo pra escrever, navegando pelos principais portais da net e... caramba, como tem desgraça acontecendo. Não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Vide a balbúrdia que o Reino Unido está passado. E, num efeito dominó, a violência deixou Londres e se espalhou por outras cidades. Não creio que seja algo tão organizado quanto pensam: é o típico pensamento de manada... acontece uma merda num lugar, uns aproveitadores abusam da situação e logo tudo isso se espalha. E exatamente isto mostra a fragilidade da sociedade.

A grande questão é a ironia do fato. Aconteceu em uma das principais potências mundiais, uma das nações mais desenvolvidas do planeta. Não estamos falando de conflitos tribais em países africanos, de rebeldes contra ditaduras no Oriente Médio, da guerra contra o tráfico na América Latina. Estamos falando do caos, puro e simples como deveria ser, gerado através do nada, daquela parte primordial, animalesca, de todo ser humano, que normalmente mantém escondida pra se adequar à sociedade.

Melhor dizendo, chamar essa parte de "animal" seria uma ofensa para os bichos em si. O animal age por instinto. Mata o outro por fome ou para se proteger. E passa o resto da vida correndo pelado por aí, trepando onde estiver, dormindo como quiser. O homem é o único que mata por sentimentos mesquinhos, por um par de botinas ou - o pior de tudo - pela simples maldade.

Coisas do tipo mostram como a vida que levamos é uma piada. O ser humano não é uma entidade bondosa, preocupada com o próximo. No geral, são miseráveis mesquinhos que fazem qualquer coisa pra aparecer nos holofotes. As pessoas, no geral, são tediosas, perdidas em falsos ideais e pensamentos fúteis sobre o que fazer nos finais de semana. E seguem por aí até o fim da vida.

Será que somos tão evoluídos como pensamos? Creio que teremos a resposta muito em breve... crise econômica das bravas, conflitos explodindo em tudo quanto é lugar, a desvalorização da vida em si!

Incrível como ao mesmo tempo em que a humanidade evolui tecnologicamente o respeito pela vida diminui igualmente...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A evolução humana



Estava lendo algumas notícias sobre os atentados recentes na Noruega e é surpreendente (ou não... as pessoas costumam ser previsíveis) que algumas pessoas e partidos europeus apoiem uma ação do tipo. O massacre levou as pessoas a debaterem a imigração. Se a perspectiva da nossa sociedade nunca foi lá grande coisa, agora parece pior ainda, com tantos sinais apontando para o fim.

Não é difícil imaginar o que pensam esses extremistas. Muitos países europeus passam por problemas financeiros com toda essa crise econômica mundial. Soma-se o discurso fanático dos partidos de extrema-direita e toda sua xenofobia. Estamos vivendo num barril de pólvora. Se uma guerra não eclodir de vez, teremos mais e mais ataques do tipo. E, como disse, o pior é o apoio cada vez maior das pessoas para ações extremas assim. Foi num ambiente propício como esse (crise econômica + xenofobia) que a humanidade se envolveu numa burrice chamada 2ª Guerra Mundial.

Xenofobia... xenofobia... são apenas humanos, sabe? O mesmo tipo de pessoa. Não importa a nacionalidade, a cultura, a cor da pele, a sexualidade ou qualquer outra classificação do tipo, o ser humano é o mesmo. Aquele que está matando provavelmente é alguém com inúmeras coisas em comum com você. Incrível como estão dispostos a atos extremos só por pensarem diferente. Eita, raça sem futuro mesmo! Por mais que os seres humanos evoluam, eles sempre estarão buscando meios de eliminar o próximo e destruir coisas. Às vezes dá vergonha de falar que nasci na Terra... ¬¬.

E isso não é uma exclusividade de casos extremos assim. Quantas pessoas não tiram sarro das outras que pensam de forma diferente? Isto vai desde o clássico bullying contra nerds nas escolas até os fanáticos por futebol que se envolvem em brigas de torcida. É algo que está enraizado nos humanos mesmo: o preconceito e o desejo de destruir aquilo que é diferente.

As pessoas simplesmente não param pra pensar em como elas poderiam aprender algo com aqueles ditos diferentes. Todo conhecimento é válido... e conhecimento é poder. Minha primeira impressão ao conhecer alguém diferente é absorver tudo que ainda não conhecia, aprender o máximo possível com suas experiências. Por que diabos eu iria destruir alguém com tanta coisa pra me ensinar?

Blé! Enfim, não sou o mais paciente dos seres. Se as pessoas se contentam em se matar, que assim seja. Infelizmente eu não sou muito otimista em relação ao futuro de muitos. Não adianta querer martelar algo na cabeça de idiotas por aí.

Queria escrever mais, mas tô meio sem tempo aqui. Fica então a dica. Ao invés de hostilizar aqueles diferentes, tenham um pouco de paciência e tentem descobrir mais sobre eles. No fundo, você irá descobrir que há muito em comum entre todos.

A vida é uma coisa só e ela não se limita às classificações determinadas pelo homem.

sábado, 23 de julho de 2011

A Comediante



Ok, eu ia atualizar de qualquer maneira o blog hoje. Sim, sei que estou ausente, mas é porque estava correndo com as coisas aqui e não havia nada de interessante pra comentar. Eis então que, de acordo com as notícias internacionais, morre Amy Winehouse (se é que é verdade, né? Vai que é uma notícia tipo Amin Khader, né?)

Uma pena, não? Digo pelo talento da moça em si. Não era particularmente fã, mas é inegável que ela tinha uma puta voz. Mas, seja como for, já era uma tragédia anunciada. Afinal, tinha até site pra prever sua morte, com direito à prêmio pro Sr. ou Sra. Morte! Quantos será que conseguiram adivinhar?

Enfim, não é uma pena pela burrice da moça. Sério, eu acho incrível como as pessoas conseguem ter tudo e nada ao mesmo tempo. Você nasce agraciado com um puta talento e consegue mergulhar de cabeça na merda... tem coisas que não dá pra entender mesmo. Deve ser uma espécie de doença dos seres humanos.

E, além do viciado em questão, a sociedade nojenta em que vivemos não fica atrás. Afinal, a srta. Winehouse era viciada, ou seja, uma doente. Alguém que precisava de tratamento e não tinha condições de seguir por conta própria. E, mesmo assim, quantos faziam algo por ela? Você pode dizer que a vida é dela e ela faz o que quiser com ela... mas, sendo uma viciada, não é assim que as coisas funcionam.

Quanto ouvíamos falar de Amy Winehouse, era sobre seu vozeirão? Era sobre sua música? Não... eram sobre suas polêmicas. Sobre as vezes em que entrava no palco e não consegui terminar um show porque estava chapada demais pra isso, saindo sobre vaias. E era sempre assim. Escândalos e mais escândalos. Mais uma vez, o mundo inteiro sabia que ela estava ruim e alguém fez algo?

Afinal, qual a importância disso? Pra nossa sociedade, o circo é o que importa. Ler notícias sobre a degradação de um ser humano é algo divertido, não é mesmo? Como se as pessoas esperassem avidamente por sua morte (o que o site acima mostra com certeza). Então, se coloque no lugar de alguém fodido por causa de drogas, vendo todos ao redor debochando de ti... duvido que alguém nessa situação tenha alguma motivação pra dar a volta por cima.

Enfim, há uma parcela de culpa em todos. Não apenas na Amy em si, por permitir se afundar na merda das drogas e bebidas, mas na própria barbárie da sociedade que sempre se satisfez em ver os outros na merda. Vocês realmente acham que as pessoas se importam com as outras? Acreditam nessa balela de paz, amor e tudo mais? Se isso fosse verdade, era pra humanidade viver numa utopia há MUITO tempo!

Conseguem entender agora porque eu sou assim? Porque eu não vejo valor nenhum nas pessoas ou na sociedade hipócrita que os humanos vivem? Essa é a razão do meu sarcasmo, da minha ironia, do meu nihilismo e, claro, do meu extremo bom humor!

Existe uma frase do Comediante, em Watchmen (leiam os quadrinhos que, obviamente, é muito melhor do que o filme), que gosto muito:

"Quando você percebe que tudo é uma piada, ser o Comediante é a única coisa que faz sentido"

terça-feira, 12 de julho de 2011

As cores do rock



Hoje eu vi nos posts do Facebook o link de uma matéria do Lokaos Rock Show em que os repórteres vão até a fila de um show do Restart/Hori pra aloprar a criançada e mostrar o que é "rock de verdade" (confiram a matéria aqui). Divertida e despretensiosa, porém estúpida.

Tá certo que foi tudo em tom de brincadeira e o trio não foi lá pra causar, mas ir até um show de Happy Rock pra "converter" a criançada pro rock'n'roll chega a ser idiota e infantil. Primeiro, porque essa molecada fã de Restart e porcarias semelhantes estão pouco se lixando pra música... eles louvam os ídolos pré-fabricados que são empurrados pra eles. Já foi NX Zero, hoje é Restart e amanhã será outro. Música de fast food, só pra ser consumida rapidamente, não degustada... lembram-se? É o mesmo que ouvir funk: nego não vai pelos acordes, por uma letra com significado ou um solo marcante, e sim pela diversão e putaria em si.

A criançada que curte Restart e semelhantes também não vai encher o saco dos outros pra convertê-los para seu mundo colorido. Eles - ou melhor, elas, já que boa parte é composta de garotas pré-adolescentes - ficam na sua, curtindo seu som, colecionando fotos e outros badulaques de moleques de calças rosadas. Não é um público que irá consumir o rock em si. Aliás, a música hoje tá ruim de público mesmo... as pessoas ouvem o que é modismo. Tipo "desligue o cérebro e ouça o que a mídia julga bom".

Pra mim, o estereótipo do roqueiro é algo tão imbecil quanto o estereótipo da molecada fã de Restart. Já falei sobre a burrice dos estereótipos aqui. O clichê do metaleiro/headbanger/caralho a quatro é tão tosco que dói o esôfago da gente: nerds gordos ou magricelos ao extremo, cabelo comprido ensebado, camiseta preta de bandas como "Fucking Satans" ou "Cocksuckers from Hell", jeans, coturno e a clássica pose retardada de pernas abertas, braços cruzados e tentativa de cara de mal. Fala sério, né? Levo esses tipos tão à sério quanto os adoradores do arco-íris!

Isso é algo no rock que me deixa puto e já cheguei a comentar aqui: os extremos. De um lado, temos os coloridos do "Happy Rock" e do outro temos os enegrecidos do metal, gótico, death ou qualquer outra classificação "dark". Como se o rock'n'roll fosse só isso! A música é muito abrangente pra ser enquadrada num só gênero estereotipado. Já que não sou colorido, nem preto, qual rock eu faço? Cinza?

E aí você vê que não existem diferenças entre os entrevistadores do vídeo acima e a molecada entrevistada. A imbecilidade é idêntica.

Só mudam, claro, as cores.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fazendo a diferença



(Loukanikos contra a polícia: na Grécia, até os animais protestam!)

Uma das coisas que acho mais engraçada hoje em dia é a moda de "protestos no Facebook". Vira e mexe eu recebo convites de eventos para protestar contra alguma coisa, seja a favor da educação ou contra o aumento do salário de políticos (como este aqui, do Kassabão). Enfim, reuniões com ideais nobres, mas de execução estúpida.

Sério mesmo que alguém acredita que protestar pelo Facebook ou por qualquer rede social serve pra alguma coisa? Uma coisa é você divulgar informações pela internet e motivar o povo a sair pelas ruas, algo que dizem ter sido feito nas recentes revoluções no norte da África. Isso sim é algo de valia, já que hoje nós temos acesso virtual à informações que não eram tão facilmente divulgadas.

Agora, de que adianta confirmar uma presença hipotética num protesto de Facebook? Isso não irá adiantar em nada, além de você sentir-se estupidamente engajado com alguma coisa. Claro, porque as pessoas adoram se enganar. A quantidade de devotos de Che Guevara soltos por aí é surpreendente, mas na hora do vamos ver, todo mundo dá pra trás. Afinal, hoje é bonito ser revolucionário, lutar pelo meio ambiente e todo esse blá blá blá que vocês conhecem.

Não estou dizendo que as causas estão erradas: o modo que escolhem protestar é que está errado. E, pra piorar, temos esse "modismo" das pessoas que se unem à alguma luta. Típico pensamento de manada. E se fosse o contrário? Se fosse moda todo mundo tornar-se neonazista, será que as pessoas seguiriam só pra não se sentirem deslocadas? Creio que sim, ainda mais no mundo estúpido de hoje. Se no passado isso mostrou-se verdade, imagina agora, onde aparência é tudo e ninguém quer ficar de fora do "bando".

Se querem protestar contra algo, ótimo! Levantem a bunda da cadeira e façam algo (a menos, óbvio, que você seja um hacker talentoso pra fazer algo na frente de um computador, como fizeram recentemente). Reclamar das coisas somente por reclamar não irá resultar em nada. Claro, você pode se enganar todo dia e dormir com a consciência tranquila só por ter confirmado presença num protesto pelo Facebook. Mas não é assim que as coisas funcionam. Não é assim que as coisas mudam. E nem é muito difícil mudar tudo (apesar de trabalhoso): o problema é o status quo em que todos vivem hoje em dia. As pessoas erroneamente acham que é errado ser uma engrenagem solta da máquina chamada "sociedade".

Não, não é. Afinal, só copiando uma frase que li do "cão rebelde grego", o Loukanikos, que ilustra o post de hoje (óbvio, a frase não é dele, mas é mesmo assim interessante):

"Minha vida é curta, mas eu posso realizar grandes coisas, assim como você. Nunca se esqueça disso"

Todos nós podemos fazer a diferença.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vivendo no país do futebol



Voltamos à programação normal... momento de fúria total! Só assim me sinto bem, hehe! :D

Falando sério agora, se tem uma coisa que eu acho um tédio, é futebol. Não tô falando do esporte em si, em pegar uma bola e partir pra uma pelada com os amigos, mas de todo fanatismo que isso envolve no Brasil. Sério, é de doer o pâncreas!

Não acompanho futebol, mas obviamente costumo acompanhar todo tipo de notícia. Essa semana estava vendo a tiração de sarro dos Corintianos com os São Paulinos por causa do último jogo. 5 a 0, não é isso? Com um frango do Rogério Ceni? É, nem cheguei a ver o jogo ou os lances, mas parece ter sido dose, hein?

Fico observando todo o estresse e a revolta do povo por causa da merda de um jogo de futebol. Fala sério, né? Uma coisa é você acompanhar uma partida numa boa... ganhou, ganhou, não ganhou, foda-se. A outra é você aguentar marmanjo chorando, se revoltando, indo reclamar na sede do time e tudo mais, como geralmente vemos nas notícias esportivas. Muita vergonha alheia ver aquele bando de moleques e tiozões pagando um mico desses. Se for pra protestar por mais segurança, saúde ou educação nego não vai, mas se for pra falar de futebol...

Sério, nunca vou entender esse fanatismo. Como nego barbado fica chorando, se lamentando, porque uma porcaria de time perdeu um campeonato fajuto qualquer. Engraçado que, enquanto o camarada se lamenta, os jogadores estão lá, com o rabo cheio de dinheiro, se divertindo com garotas de programa e pouco se CAGANDO pra quem tá se lamentando. E, pensando bem, é bem esquisito choramingar por um bando de macho (ou nem tanto assim) que passam minutos correndo atrás de uma bola...

Sem contar o absurdo da profissão em si. Esportista mesmo era o povo de antigamente, que jogava bola porque tinha raça, mesmo sem ter um puto no bolso e nem sendo tão valorizado por isso. Esses sim deveriam ser endeusados... não essa cambada de moleque vadio e mascarado de hoje em dia. Ganhar milhões pra meter uma bola entre duas traves? Não, isso não faz sentido mesmo...

Ah, são os ídolos da atualidade. Gozado como vivem querendo empurrar "ídolos" pro povo. Deve ser pra que esqueçam seus problemas enquanto ligam a TV pra assistir os deuses da bola. A própria mídia colabora com isso... a capa da Veja agora foi com o "Reymar". Rei o meu ovo! Mas se as pessoas se contentam com isso...

Não reclamo do futebol... reclamo da IDIOTICE do esporte em si, é bem diferente. Reclamo de tudo que apontei acima: da dinheirama desnecessária envolvida, da máscara dos jogadores e principalmente do fanatismo idiota das torcidas. Cacete, você vê lances de marmanjos xingando e ameaçando crianças só porque eram do time rival. É de foder, não é não?

Enfim, é o ópio do povo. Ainda mais aqui, no país do futebol: é importante vender essa imagem. Eu tenho é muito medo da próxima Copa. O brasileiro já é um bicho besta por si só... incentivado por uma mídia cretina, as coisas só irão ficar piores. Ah, mas aqui é o país do samba e do futebol, onde tudo termina em pizza!

Só nos resta uma coisa mesmo: bola pra frente!

(perdão pelo trocadilho cretino, mas não resisti)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um pouco sobre mim e sobre música...



(Marcelo, sentado; Matheus, de pé com a guitarra; e eu, é claro... pra quem não conhece ainda!)

Depois de um tempo ausente, hoje não vou reclamar sobre nada. Afinal, assim vai parecer que eu só sossego quando não estou puto com alguma coisa. Acho que isso é algo natural pra mim: eu xingo muito, meto o pau mesmo (ops!), mas não é porque estou estressado ou algo do tipo. Faço isto com o mesmo sorriso sarcástico no rosto: este é a vantagem de ter uma visão meio niilista da vida...

Mas, obviamente, a minha vida possui um sentido, artisticamente falando! Nos últimos dias estive em Santo André terminando o CD dos Madds... e, finalmente, acabou. Praticamente um ano e meio gravando. Tivemos alguns problemas no meio do caminho, mas conseguimos passar por eles. Afinal, o que seria da vida sem um pouco de desafios?

Enrolamos um pouco por causa da distância... o fato de ir pra outra cidade gravar é custoso e trabalhoso, principalmente pra meus irmãos, que possuem outros compromissos (como estudos). Era pra ter gravado tudo direto, mas acabamos indo de mês em mês, pra acertar as coisas aos poucos. Isso fez com que demorasse mais, mas foi um grande aprendizado: nossa primeira experiência num estúdio profissional.

Claro, o que ferrou bastante foram os problemas com nossos bateristas também. Eu e meus irmãos somos as pessoas mais chatas possíveis pra trabalhar. Somos muito exigentes e perfeccionistas. Só ano passado trocamos de baterista QUATRO vezes. Encontrar um bom pra gravar em estúdio foi complicado, mas conseguimos tirar de letra. Penso da seguinte forma: se faço o melhor possível com meus irmãos, quem for tocar com a gente terá que pensar da mesma maneira...

Seja como for, o trabalho está feito. Falta masterizar agora, mas é coisa rápida. Obviamente sou suspeito pra falar, mas só de ouvir as prévias ficou muito bom. Acho engraçado como possivelmente será classificado o CD... nossas influências são bem variadas e, como sabem bem, eu não sou o tipo que se classifica em rótulos. Eu sou apenas eu... e certamente não há mais ninguém assim. O mesmo digo de ti, que lê isto neste momento.

Enfim, um post diferente hoje, só pra escrever que estou muito orgulhoso do meu "filho". Adoro as músicas que escrevi, adoro minhas letras... se conseguir fazer as pessoas refletirem através delas (já que fujo do estilo romântico do meu irmão do meio), será um grande começo. Vejo a música assim, como uma maneira de refletir minhas opiniões, de passar uma mensagem. Se for com algo dançante e divertido, melhor ainda.

É isso então! Apesar deste blog ser pessoal, vou falar mais um pouco de música aqui (como já fiz em outros posts). Não vai fugir muito do assunto mesmo... isso vocês ouvirão em breve, hehe!

Continuemos com a programação normal então, pois logo encontrarei algo pra reclamar... e, infelizmente, no Brasil isso é o que não falta!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Isto É Taubaté!

E a notícia do dia, como não poderia deixar de ser, é a prisão do nosso querido prefeito Roberto Peixoto, a primeira-dama Lu Peixoto e o ex-gerente de compras Carlos Anderson. Afinal, deu em tudo quanto é jornal do país. Chique, não? Agora, além de Monteiro Lobato e Mazzaropi, ganhamos o Peixotão como filho ilustre.

Já vão tarde. Claro, SE a justiça realmente funcionar, SE algo realmente acontecer não somente com o Peixoto, mas com toda a corja que o segue... sei não! Em termos de justiça brasileira, sou muito cético. Prefiro esperar pra ver se tudo isso vai dar em alguma coisa.

Quem me conhece sabe que nunca fui muito fã de Taubaté. Cidadezinha sem graça, credo. Lembro de ouvir meus colegas de escola e faculdade dizendo que amavam a cidade, que passariam a vida inteira aqui, que é um lugar cheio de oportunidades... ah, vá! Fala sério, né? Foi-se o tempo em que Taubaté era alguma coisa. E querer passar o resto da vida neste "paraíso na Terra" é muita falta de propósito... é pensar muito pequeno.

E não só sou eu que pensa assim. A maioria dos "filhos ilustres" de Taubaté tem vergonha da cidade. Vergonha de falar que nasceram e viveram aqui. Monteiro Lobato é um deles: quando vinha pra cidade, ele batia os sapatos antes de ir embora porque dizia que daqui não levava nem a poeira. Tá aí alguém que detesta a cidade mais do que eu, hehe. Sábio Lobato! Espero um dia fazer parte deste seleto grupo: o de celebridades que detestavam Taubaté!

Sério, vamos analisar nos seus diversos aspectos. Em termos de educação e cultura, a cidade é uma verdadeira merda: vive somente do nome de Monteiro Lobato. Em termos de lazer, o que temos aqui? Aquelas porcarias de bares na Independência? O Mutley? O shopping?? Hahaha... façam-me o favor. A saúde da cidade é precária. As ruas estão cada vez mais violentas. Só andar pela noite pra ver isso. Falando em negócios, o que dá certo em Taubaté? A maioria das grandes franquias que abrem aqui fecham em pouco tempo. É a típica cidade onde tudo dá errado. Quem tem alguma expectativa de dar certo na vida passa bem longe desta porcaria.

Ficar aqui em Taubaté é aquilo que pra mim seria um castigo pior que a morte: arranjar um emprego de merda em fábrica ou lojinha na cidade, passar o fim de semana em baladinhas furadas e nas férias ir pra Ubatuba. Repita isso pelo resto da vida, colocando fotos de toda essa "vida loka" nas suas redes sociais... argh, um verdadeiro pesadelo!!!

Seja como for, a cidade não merecia o que o prefeito fez. Bater em quem já estava na lona é sacanagem, Peixoto. Não morro de amores pela cidade, mas também não me agrada vê-la na situação que está. E, afinal de contas, eu nasci aqui, minha família está aqui e eu temporariamente estou morando aqui. Mesmo que, num futuro próximo, eu vá embora e me recuse a levar a poeira taubateana também, hehe!

Agora é ver pra crer então. Ver se vai rolar algo com o Peixoto e sua máfia. Ver se realmente a cidade toma um rumo. Eu sou um otimista, no fim das contas: nada é muito difícil se você arregaçar as mangas.

Vamos torcer pra que Taubaté fique em boas mãos.

domingo, 19 de junho de 2011

A piada somos nós


Ops... acabei me atrasando com as atualizações! Mas tive um bom motivo (ou melhor, nem tão bom assim): uma gripe e uma dor de garganta infernal. Resolvi ficar de molho, descansando numa boa nos últimos dias. Meu irmão ainda teve um recital na quinta e pediu que me apresentasse com ele, então tive mais um motivo pra me cuidar melhor e colaborar com o recital dele (o resultado vocês conferem aqui e aqui).

Aí você me pergunta: se ficou em casa, por que não atualizou o blog antes? Ah... é porque o desgaste foi mental também! Tá, eu confesso: foi pura preguiça! Tava sem idéias, gripado, mal humorado... não ia prestar, haha!

Bom, vamos lá! Por que diabos o Brasil insiste em pagar um mico global na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016? Sério, é algo tão sem propósito e idiota quanto as tentativas de diplomacia do Lula. Nosso país é especialista em camuflar as coisas: querem bolar uma festa cretina pra gringo ver enquanto implora por atenção dos poderosos. Como se isso fosse adiantar de alguma coisa!

Semana passada foi anunciado que o governo pretende manter sigilo dos orçamentos da Copa, decisão incluída de última hora (como tudo no Brasil) no texto da medida provisória referente. Eu acho isso uma grande perda de tempo. Sempre roubaram na cara dura... o povão só abre as pernas, ninguém faz nada. Então porque diabos o sigilo? Caramba, fazendo um paralelo, aqui sempre foi assim: você mete a arma na fuça do povo brasileiro, rouba-o na moral e ele ainda diz "Foi um prazer, volte sempre!". Eita, tá pra nascer povinho mais submisso!

Ah, sim! Ele tem coisas mais importantes pra se preocupar, como a Marcha da Mac... digo, a Marcha da Liberdade! Bom, nem vou entrar nesse assunto novamente. Apoio o direito das pessoas lutarem pelo direito de acender um baseadinho na porta de casa. Aliás, algo que foi maravilhosamente ironizado pelo Allan Sieber com essa tirinha. É, realmente, acho que vivemos na Suécia e eu não percebi.

Enfim, um país de aparência como seu povo. A luta acontece apenas pelo superficial. É a mesma maneira que os gringos vêem o país lá fora: turismo sexual, violência... e, claro, macacos nas ruas, como no episódio dos Simpsons no Brasil. E eu não consigo entender por que os brasileiros reclamam daquilo que é tão próximo da nossa realidade. Aliás, os Simpsons tiram sarros dos costumes de inúmeros países (inclusive do próprio modelo de vida norte-americano) e eles nunca reclamam. Então, por que os brasileiros se ofendem tanto quando apontam pra eles?

Deve ser porque a máscara cai, né? Ser visto como um povo alegre e cordial é uma coisa. Deixe o povo se iludir acreditando nessa imagem. Mas a realidade é muito mais podre. E quando cutucam essa ferida todo mundo fica mordido, o que é uma tremenda babaquice. Ao invés de ficar de "mimimi", é mais fácil fazer algo pra mudar essa imagem negativa.

Literalmente vivemos um carnaval eterno e enquanto o povo não despertar pra realidade, vai ser sempre assim. Podem se iludir à vontade como suas "Marchas da Liberdade" ou como diabos forem chamar, mas a piada somos nós. Enquanto não despertarem, teremos o governo cagando no povo dançando embaixo. Tem coisa mais idiota que isso?

Oh, bem, acho que vivo na Suécia mesmo...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Em busca de uma causa



Tantas coisas importantes a serem debatidas e as pessoas perdem tempo com algo como a "Marcha da Maconha", que virou uma "Marcha da Liberdade". Bonito... talvez assim as pessoas se enganem um pouco, se vejam como revolucionários e coisa e tal, lutando contra a opressão no país. Esse é o resultado de uma sociedade sem causa nenhuma, em busca de algo pelo que lutar (ironicamente, não faltam coisas para se lutar no país).

Grande idiotice! Vivemos num país em que um camarada que é réu confesso não é preso e ainda tira onda com a sociedade. Abrigamos terroristas de outros países. E as pessoas perdem tempo se mobilizando pelo direito de fumar a merda de um cigarro de maconha? Seria bom de os barbudinhos universitários bitolados fizessem algo mais concreto pelo país... talvez compensaria o dinheiro do papai e da mamãe.

Por sorte não tenho nenhum vício. Bebidas, cigarros, drogas em geral... a única coisa que chega perto a ser um vício meu eu consigo controlar numa boa, e isso não faz mal pro meu corpo, nem pra quem está ao meu redor (pelo contrário, faz muito bem!). E é engraçado quando falo isso e perguntam se sou assim por causa de religião. Não... religião é outro "vício" idiota, na minha opinião.

Acredito que o conceito de liberdade de expressão numa democracia é uma furada. São muitas pessoas, com opiniões diferentes entre si. Como chegar num consenso que agrade a todos? É algo muito difícil mesmo. Sou a favor da liberdade das pessoas se expressarem... mas, se vivem numa sociedade, elas devem entender que a liberdade é somente um mito. E isso eu aprendi trabalhando como jornalista, por incrível que pareça.

Por exemplo, eu não fumo maconha, mas não tenho nada contra maconheiros. O corpo é seu pra fazer o que quiser com ele... use todo tipo de droga que quiser, desde que não me encha o saco. Mas, se pude escolher entre conviver com drogados ou não, eu certamente escolheria a segunda opção.

Como escrevi em textos passados aqui, eu gosto de estar sempre no controle. Não preciso beber, fumar ou sei lá o que pra desestressar, "viajar" ou coisa parecida. Acho que as pessoas precisam de mais autenticidade. No fundo, tudo isso - desde bebidas, drogas, religiões ou qualquer coisa que lhe tire do controle - são válvulas de escape para pessoas que simplesmente existem ao invés de viver. Infelizmente boa parte da humanidade é assim.

Então, vamos lá, juventude (ou nem tão jovens assim...). Marchem pela liberdade, de rostos pintados, contra a opressão e a tirania do governo! Lutem pelo direito de fumar aquilo que desejarem. Sejam verdadeiros heróis revolucionários brigando por uma sociedade justa e igualitária. Abaixo a opressão! Abaixo a censura!

Não é assim que se imaginam?

É... realmente a hipocrisia só parece bonita no papel.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Outro Dia do Comércio...


Bah! Mais um Dia dos Namorados e a gente vê sempre as mesmas bobeiras por aí. De um lado, temos os "casais apaixonados", como este que ilustra o post de hoje, que caem como patos nas propagandas e mais propagandas da época (assim como outras datas idiotas que inventam). Do outro lado, temos os solitários que acompanham na net dicas para não passar o Dia dos Namorados sozinho. Quanta pieguice! No final, você termina trocando presentes e sorrisos falsos com uma pessoa adúltera e o "amor da vida inteira" termina em duas semanas. Fim da história!

Eu sempre fui prático. Nunca liguei pra datas e coisas do tipo. Nem mesmo me lembro do meu aniversário (claro, eu sei o dia, mas inevitavelmente esqueço que é meu aniversário). Também nunca me importei em comemorar essas datas. Primeiro, por aquilo que já falei: tudo jogada pra angariar fundos na época com presentes e mais presentes. Segundo, porque, convenhamos, sou um pão-duro nato. Prefiro caprichar no meu lado "caliente" (muito bom, diga-se de passagem) do que gastar dinheiro. Aliás, toda data era sempre a mesma coisa pra mim: eu comprava algum bicho de pelúcia (por sinal, o mesmo ursinho idiota!), uma peça de roupa, escrevia um cartãozinho piegas e... voilá: presente instantâneo.

"Oh, mas como você é amargo!"

A questão não é essa! Acho bacana comemorar algo, mas fora daquilo que é proposto pela sociedade. No final, temos um namoro hipócrita, em que um trai o outro (como acontece com 90% das pessoas que conheço) e no Dia dos Namorados ficam de chamego porque é assim que tem que ser. Papo-furado! O que é pra ser acontece todo dia, não somente numa data determinada pelos outros. Mas o "pensamento de manada" faz com que todos se derretam nessa época... blé!

Não estou generalizando. Existem pessoas apaixonadas sim, que certamente terão um fim de semana gostoso, assim como normalmente tem com aqueles que estão do seu lado. Essa crítica é mais pela hipocrisia de alguns e pelo consumismo em si da data.

Então, pra quem tá de "mimimi" porque passará o domingo sozinho, divirtam-se. Como costumo dizer, o que temos num relacionamento? Companhia e carinho? Isso eu tenho com minha família, com uns poucos amigos e com meus cachorros. Sexo? Modéstia a parte, arranjar nunca foi um problema pra mim... e prazer eu sinto até sozinho, hahaha. O que sobra então? Mais nada!

Portanto, que os solitários sobrevivam ao domingo. Que os acompanhados desfrutem da companhia não somente no Dia dos Namorados, mas TODOS os dias. Que o amor de verdade seja algo presente, não apenas fachada.

E, que no fim das contas, esqueçam essa bobeira... é só outro dia!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Dicas para o amor hipócrita da socidade (Parte 3)



Após o temporal de agora pouco (já tava achando que não conseguiria atualizar o blog hoje), hora de mais uma atualização! E hoje especial, já que temos mais dicas para o amor hipócrita da sociedade (confiram as outras dicas aqui e aqui). Fazia tempo que queria escrever sobre o "dicas", então uma matéria que li hoje me inspirou a atualizar!

Vejo o relacionamento das pessoas ao meu redor, ouço aquilo que confessam pra mim e creio que boa parte está equivocada em relação aos seus sentimentos. Não é paixão ou amor aquilo que sentem, e sim carência. Dizem que o amor é uma solidão disfarçada... não sei até onde isto é verdadeiro, mas para muitos é algo real.

As pessoas acabam se envolvendo em relacionamentos furados justamente por causa da carência. Muitas temem ficar sozinhas e acabam se entregando pra primeira pessoa mais ou menos que conhecem. Isso é uma extrema burrada: se estão carentes, é porque algo falta nelas, não estão bem consigo mesmas. E desde quando irão encontrar isso que falta em outro alguém?

Aí temos os relacionamentos idiotas que me referi no início. O amor de fachada. Muitas vezes essas pessoas sabem que não sentem nada, mas preferem continuar alimentando essa ilusão pelo medo da solidão. Já ouvi absurdos de colegas, de que sustentam uma relacionamento porque estão com baixo auto-estima. Ah, vá se foder, né? E precisa enrolar alguém pra se sentir bem?

Justamente isso que faz eu aproveitar muito bem minha solteirice. Tudo o que poderia ter num relacionamento, eu tenho com doces e carinhosas "amigas", com a vantagem que não tenho que aguentar ciúmes ou qualquer outro tipo de enchimento de saco. Claro, nada impede que um dia eu vá encontrar alguém realmente bacana e sossegar, mas enquanto isso não preciso sentir nenhuma carência. Sinceramente, eu não consigo me sentir sozinho, porque adoro minha companhia! E tem como não adorar passar o dia inteiro com um cara tão legal assim?

Sou da opinião de que "ou você gosta ou você não gosta", como já escrevi aqui. Não me venham com bobeiras de juras de amor, presentinhos e toda sorte de cretinice do tipo. Nunca ficaria com alguém que não achasse foda (e é por isso que estou - muito bem - sozinho atualmente). Um relacionamento deve sempre ser uma soma: você deve ficar com alguém que acrescente algo a você, não com alguém que lhe deixe pra baixo ou então lhe torne uma "parte siamesa" dela!

A dica de hoje é justamente essa. Se você não gosta de você, não há como os outros fazerem isso por ti. Ninguém gosta de pessoas carentes. Ninguém gosta de chorões ou aqueles que fazem tudo pelo outro. As poucas pessoas que gostei de verdade na vida eram aquelas que pareciam independentes (algumas realmente eram, outras eram só fachada). É a velha frase tosca de sempre: se valorizar para que alguém o valorize. E se uma pessoa não lhe dá bola, foda-se: olha só quantos bilhões de pessoas existem no mundo?

Então, valorizem sua independência, sua individualidade. Dê espaço pra cada um ser alguém diferente (falando nisso, outra coisa que acho o cúmulo da tosquice são os perfis compartilhados de casais em redes sociais... o que virá depois? O uso de coleiras?). Não adianta forçar alguém a gostar de você, como já falei.

Simples questão de ritmo e equilíbrio: busquem alguém que caminhem ao seu lado, não muito a frente, nem muito atrás.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Qual o seu rótulo?


Uma das coisas mais intrigantes nas pessoas é o hábito de rotular o próximo. Como se alguma pessoa se encaixasse em algum estereótipo ou se as coisas estivessem definidas como pretas ou brancas. Acreditem, se tudo fosse assim, seria muito chato mesmo! Essa diversidade que torna as pessoas tão interessantes.

Rotular os outros é um ato de burrice extrema. Melhor dizendo, ingenuidade mesmo. Você tem que ser muito inocente pra acreditar que as pessoas são aquilo que aparentam. Isso é um mal das pessoas mesmo. Mas, até consigo entender em certos pontos: é mais fácil você compreender alguém se ela se encaixar num estereótipo.

Sempre fui contra à isso. Não, não... as pessoas são mais do que isso, mais do que simplesmente aparentam. Eu nem ao menos acredito em bem ou mal... tudo o que vejo são os tons de cinza. As pessoas pensam de maneira diferente uma das outras, sendo muito difícil classificar seus atos.

Como você me classificaria? O ato de usar bata me torna um hippie? Negativo, não tenho quase nada dos ideais "paz e amor". Ter cabelo comprido me torna um metaleiro? Errado também... sou eclético demais pra me classificar num gênero só. O fato de ser uma pessoa culta e educada me torna uma pessoa boa? Hahaha... esse é o meu favorito! Afinal, as maiores atrocidades da História foram cometidas por pessoas cultas e educadas... e isso não as impediu de julgar as pessoas! Não as impediu de pregar todo tipo de preconceito com o próximo.

Exatamente por isso não me enquadro em grupo nenhum. Sério, pensamentos coletivos me entediam... como diz o velho ditado, toda unanimidade é burra! Não quero que as pessoas me admirem por me encaixar num determinado rótulo. Não quero ser visto como bonitinho. Não quero ser visto como roqueiro. Aliás, não quero que me vejam como porra nenhuma. Simples assim.

A imagem é algo que pode ser simulada com extrema facilidade. Ainda mais nesses tempos modernos, que as pessoas são aquilo que aparentam, não aquilo que são de verdade. Sério, cago em pessoas assim. Essas são as mais tediosas e artificiais possíveis. E, como sabemos, se o conteúdo não é bom, o produto não dura muito tempo...

Enfim, esqueçam todo tipo de rótulo ou estereótipo. Façam aquilo que tiverem vontade, aquilo que lhes agrada, não aquilo que é legal para seu "grupo". Sejam indivíduos, sejam contradições ambulantes, sejam aquilo que vocês quiserem ser, sem se importar com a opinião alheia. Sim, pode parecer meio paradoxal, eu sei, mas é algo simples até.

O problema é que ser simples é mais complicado do que parece, hahaha!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Alienação Musical



Eu não sou particularmente fã do Alice Cooper, mas hoje li uma entrevista dele e achei algumas idéias bacanas. Me interessou muito a declaração sobre as combinações de artistas que nada tinham a ver uns com os outros, pois as pessoas iam assistir todas as bandas da noite, por mais diferentes que fossem.

Em partes, acho que isso é algo que falta pro rock atual. Uma das coisas que mais estraga o gênero são os posers bitolados que só conhecem um tipo de som e acham que tudo o que é diferente é porcaria. Esses que vão num show pra ficar "louco" só, sem ter idéia da mensagem que a música passa. Esses tipinhos geralmente queimam o filme do rock'n'roll e, infelizmente, muitos se encaixam nesse nicho hoje.

Outra coisa que acho fundamental nessa diferença é que os músicos eram... músicos, oras! Hoje em dia, você até encontra misturas de gêneros (bem bizarras, por sinal) em coisas como o Rock in Rio. Mas o que temos hoje é algo muito comercial... bandas montadas por produtoras e empresários com outras do mesmo tipo. A música mesmo fica em segundo plano... e é isso que fode com tudo.

Esse lance comercial é algo que acontece, na minha opinião, em coisas como "A banda mais bonita da cidade". Esse papo de que gravaram de forma despretensiosa e lançaram na net é a mais pura MENTIRA. É óbvio que existe uma puta produção por trás e dedo de gente grande nisso. Inventar algo do tipo é uma furada porque o público não é mais burro como antigamente (creio que não, pelo menos).

Mesma coisa que fizeram, por exemplo, com Malu Magalhães. Lançaram como uma revolução, como um gênio musical que foi descoberto no Myspace e todo esse blá blá blá. Caramba, onde está a menina agora? Foi tão forçado que é só ver as entrevistas dela: uma menina sem carisma e artificial. Creio que até o retardismo dela foi algo inventado pelo povo por trás. Esse tipo de coisa só serve pra queimar o filme mesmo.

Dos artistas atuais, quantos serão lembrados nos próximos anos? E olha que hoje vivemos na Era da Informação! A música está presente em todo tipo de aparato tecnológico... fazem de tudo pra vender determinada canção. E, mesmo com todo esse acesso, são artistas que duram um ano e esquecidos logo depois.

Queria que as coisas voltassem como antes, quando os músicos eram realmente isso. Quando eles bolavam por conta própria coisas maravilhosas em inúmeros estilos, revolucionando e se reinventando a todo tempo. Não essa coisa burra e mastigada que é vista como música pelo povo.

Se as pessoas tivessem noção do som que faziam antigamente (e, felizmente, hoje nós temos a internet... admito que sem ela eu nada seria, haha), elas veriam que o que ouvem hoje em dia não é nada. Claro, existem coisas boas atuais, mas é preciso peneirar mais. O problema é que hoje todo mundo quer seu lugar ao sol, quer seus cinco minutos de fama, mesmo sem entender NADA de música. E esses acabam tomando os holofotes dos verdadeiros artistas.

Acreditem, nós não precisamos de "ídolos" e "astros".

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A arte de inovar na idiotice


Já dizia o velho ditado "Mente vazia, oficina do diabo". Uma das novas idiotices entre os jovens australianos é a prática do "planking", que consiste em deitar-se com o rosto virado pro chão e os braços colados ao corpo, num local geralmente inusitado, e tirar uma foto disto. Aliás, a idiotice não é tão nova assim: surgiu nos anos 90, na Europa e no Japão, mas tornou-se uma febre na Austrália. Recentemente, a "prática" ganhou visibilidade no mundo quando um idiota resolveu fazer a gracinha numa viatura e, dias depois, quando outro resolveu "plankear" na varanda do seu apartamento e fatalmente despencou do sétimo andar. A moda causou também a demissão de funcionários de uma rede de lojas no país.

Eu acho que as pessoas tem o direito de fazer aquilo que quiserem, mas há coisas que são o cúmulo do absurdo. Quando você acha que não pode ser surpreendido em termos de idiotice, sempre provam que está errado. A moda do "planking" é algo que carece de propósito ou sentido. É tão lógico quando ser fotografado arriando a calça na cara dos outros na rua e falar que é uma nova prática. E sabe o que é pior? É capaz de algo tão cretino do tipo ter seus seguidores (felizmente meu blog é visitado por pessoas inteligentes).

Eu achei excelente o comentário na matéria acima (quando a li, só havia um comentário). A juventude de hoje é acomodada. Hoje em dia papai e mamãe fazem tudo para seus amorecos. Eles protegem seus filhinhos, passam a mão na cabeça em qualquer deslize. Não os ensinam a serem humanos de verdade. Não mostram que a vida não é um mar de rosas. Não ensinam coisas fundamentais como caráter e moralidade.

O que sobra? Uma juventude sem valores, vazia em ideologia, que faz tudo pra chamar a atenção. Nem é preciso ir longe pra ver isso... só ver o que postam nas redes sociais. Ser rebelde hoje em dia é uma idiotice. A coisa está tão escrota que, se quiser se diferente e marcante, é melhor ser careta. Sério, eu vejo nos jovens uma carência de conhecimento, de cultura, de perspectiva... dá até pena!

Qual a solução? O planking! Aliás, este é o menor dos males (ou melhor, nem é um mal, só escroto mesmo). Quando não se afundam em drogas, bebidas e tudo mais pra dar um sentido à suas merdas de vida, os jovens estão espancando pessoas nas ruas, tirando racha, queimando mendigos e outras coisas doces do tipo. Claro, tudo com a certeza de que papai e mamãe passarão a mão na cabeça depois.

Nunca tive uma relação próxima com meu pai (isso porque ele nunca entendeu que sou um gênio e penso de maneira torta, hahaha), mas sempre o admirei. De certo modo, ele me ensinou a ser o que sou hoje. E uma das coisas que mais valorizei na minha família é que se um dia eu fizesse merda, eu pagaria por isso. Afinal, depois de tudo o que me ensinaram, se eu pisasse na bola, eu seria um grande otário mesmo. Por pensar assim, sempre tive confiança no meu taco e nunca precisei chamar atenção de maneira forçada.

Enfim, é uma pena que num mundo cada vez pior, cada vez mais desigual, cada vez mais cínico, a juventude perca seu tempo com "planking".

Ah, façam-me o favor...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fuga da Realidade


Eu adoro filmes de guerra. Um dos meus favoritos é Platoon... simplesmente acho os diálogos do filme excelentes. Acho o embate Elias vs. Barnes muito foda. Mesmo com seus pensamentos antagônicos, eles não deixam de ter razão em muitas coisas (mas aí vocês precisam assistir o filme pra ter sua opinião). Uma das minhas cenas favoritas é (pode deixar, evitarei spoilers) quando o Barnes visita o pessoal do Elias (os "maconheiros") e diz: "Você fumam esta merda para fugir da realidade? Eu não preciso dessa merda. EU sou a realidade".

Não vou entrar numa discussão sobre realidade, pois acho que cada um tem a sua... mesmo imaginária, ela pode ser real ou não (e também estou com dor de cabeça pra entrar em discussões psicológicas, hehe). Recentemente, postei um texto também sobre o "fantástico remédio do esquecimento" e uma colega postou no Facebook que é ainda pior quando culpam a bebida por essa súbita perda de memória.

Costumo andar com todo tipo de gente. Respeito o que elas fazem, respeito suas opiniões, mesmo não concordando sobre nada. Sou fascinado pelas pessoas, sem exceção. Gosto de entrar na mente delas e saber o que pensam. Ou como disse pra uma amiga nesse fim de semana: não há como esconder algo de mim. As pessoas são fáceis de ler quando fica-se atento aos detalhes mínimos.

Acho que as pessoas não precisam de vícios para expandir sua realidade. Se ela não consegue enxergar o que é óbvio aos seus olhos, não será bebendo, fumando, injetando ou seja lá o que for. Vejo as pessoas bêbadas ou chapadas de qualquer outra coisa, agindo de maneira completamente diferente de quando estão sóbrias... simplesmente artificial e patético. É como quando comentei sobre bebida no Face: há quem gosta de beber e há quem gosta de aparecer.

Por que não pirar quando está sóbrio? Por que não gritar ou fazer aquilo que dá na telha quando não se está sobre efeito de nenhuma substância? Por que beber pra ter coragem de chegar em alguém? O uso de qualquer coisa para aparecer, como 99% das pessoas fazem, demonstra pra mim extrema covardia. É não aceitar aquilo que se é. As pessoas realmente precisam de algum aditivo pra fugir da sua realidade. Já eu tenho a mesma opinião do Barnes.

Então eu nunca vou precisar de MERDA nenhuma pra ser qualquer coisa ou pra expandir minha mente. Eu sou aquilo que quiser, de forma natural, sem precisar de uma válvula de escape. Acho que muitas pessoas não estão satisfeitas consigo mesmo. Então elas procuram fugir da realidade de alguma forma, seja através da dissimulação ou de qualquer substância "exótica".

Aí que mora a diferença: eu simplesmente me adoro e estou sempre satisfeito comigo.

Acho que as pessoas deveriam tentar isso um dia... mas se não conseguem enxergar o essencial de cara limpa, dificilmente conseguirão de outra forma.

Bom começo de semana para todos!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Uma questão de princípios


Esses dias recebi um email interessante falando sobre valores, falando sobre lições que poderiamos aprender com os japoneses após os tremores de terra e tsunami. Vou reproduzir aqui as "lições japonesas":

A Calma
Nem um único sinal de pânico. A tristeza foi crescendo, mas a atitude positiva manteve-se.

A Dignidade
Foram feitas longas filas para a água e mantimentos. Nem uma palavra áspera ou gesto bruto.

A Capacidade
Arquitetura incrível e engenharia irrepreensível. Os edifícios oscilaram, mas nenhum caiu.

O Civismo
As pessoas compravam somente o que precisavam para o presente, para que todos pudessem ter acesso aos bens.

A Ordem
Não houve saques nas lojas. Não houve buzinões nem ultrapassagens nas estradas. Apenas a compreensão pelo momento que todos passavam.

O Sacrifício
Cinquenta trabalhadores não foram evacuados das instalações da central nuclear para assegurarem que a água do mar fosse bombeada para os reatores.

A Ternura
Os restaurantes reduziram os preços. Uma ATM foi deixada sem segurança. Os fortes cuidavam dos fracos e a ajuda estava na rua em todos locais.

O Treino
Idosos e crianças sabiam exatamente o que fazer. E fizeram exatamente o que era pressuposto fazer.

A Comunicação Social
Os jornalistas mostraram dignidade e contenção no modo como reportaram as notícias. O sensacionalismo foi rejeitado.

A Consciência
Quando, numa loja, a energia elétrica falhou, as pessoas colocaram as coisas que tinham nas mãos nas prateleiras e saíram tranquilamente.

Achei esse texto muito interessante e mantive no meu computador, tanto que normalmente apago os emails que recebo (detesto a maioria das mensagens idiotas!). São lições bem válidas, que mostram de forma geral como os japoneses se portam.

Estou repassando estas lições porque estava alguns comentários sobre assuntos do dia (entre elas o assassinato de um aluno da USP). Vejo as críticas contra a PM, contra os políticos e tudo mais, e lá estava um comentário que falava até sobre coisas que já comentei aqui no blog.

Não adianta você cobrar mudança de alguém se você mesmo NÃO muda. Você deve dar exemplo se quiser que as pessoas façam aquilo que você diz. Palavras vazias não servem pra nada. Como costumo dizer, não me importo em seguir, se houver alguém digno a ser seguido.

Peguem o exemplo do Japão e passem pro Brasil. Quando acontece algum desastre do tipo, o que normalmente nós vemos? É o camarada que aproveita a situação para vender algo 10x mais caro, é outro que aproveita o caos pra saquear os locais desolados, é o pensamento "cada um por si e fodam-se os outros" da maioria do povo, é o sensacionalismo da mídia em geral...

Caramba, não é preciso ir muito longe! Eu ouvi histórias de São Luís do Paraitinga após as enchentes... de gente que não havia sido atingida mas ia todo tipo pegar mantimento dos outros e ainda se achava na razão, de MUITA coisa doada que foi desviada... gente que pegava uma geladeira nova e colocava a velha no lugar. Sério, tem histórias cabeludas mesmo.

Por essas e outras eu simplesmente não me preocupo com as coisas. Não tento mudar a cabeça do povo. Acho que isso está enraizado na maioria dos brasileiros. Deve ser algo genético mesmo. Não temos esse pensamento coletivo, de ajudar o próximo... é um querendo se aproveitar do outro, é o "jeitinho brasileiro", é a malandragem. Não é essa a imagem que vendem daqui?

Mudar isso é algo que parte de você! Não dá pra pensar "Não vou matar uma pessoa porque vou preso". Você deve pensar "Não vou matar uma pessoa porque é errado tirar a vida de alguém". As coisas acontecem no Brasil de forma a pensarem na primeira alternativa... somos educados dessa maneira, na maioria dos lares, nas escolas, pela televisão... e nossas instituições só confirmam tudo isso. Triste, não?

Blé... eu não quero fazer parte disso...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Baile de Máscaras


Opa, fiquei feliz após ter visto que o meu texto não foi apagado! Apenas um problema do blogger... bem vi que tinha muita gente reclamando do site semana passada. Deve ser algo relativo à Sexta Feira 13... hahaha. Mas não muda o fato de que irei salvar tudo o que escrevo agora.

Ontem não teve atualização porque estava com frio e preguiça (combinação maravilhosa, na minha opinião). E, pra piorar, estou viciado em Game of Thrones e escrevendo uma aventura caprichada para meus colegas de D&D (confesso que fazia tempo que não sentia tanto gosto em narrar assim).

Vamos ao que interessa então! Nos últimos dias declarações polêmicas de Ed Motta repercutiram na mídia. Resumindo, em seu perfil no Facebook, ele chama o povo brasileiro de feio, diz que mulher feia tem que ser mega competente e ofende inúmeros outros artista (leiam aqui a matéria da Folha). Pra variar, ele culpou o fato de publicar coisas bêbado no Facebook (Ahá! Olha aí a boa e velha desculpa!) e agora tá se lamentando, pedindo desculpas e tudo mais (mas se fosse como seu tio, o bom e velho Tim, estaria pouco se cagando pra isso).

Não sou fã do Ed Motta, nem de suas músicas, mas também não vejo motivo para tanto estardalhaço. Uma das declarações dele que achei interessante com o caso foi, quando justificava o fato de estar bêbado, que são coisas que pensa e mantém escondido.

Caramba, quantos não são assim? Ou vai me dizer que você não tem nenhuma opinião polêmica ou preconceituosa? Infelizmente, são poucos que colocam a cara à tapa. Tá certo que, segundo Ed Motta, ele escreveu algo que jurava ser "pessoal" (se bem que o conceito de privacidade numa rede social é algo bem relativo). Mas, se vivemos num país livre, ele tem todo o direito de expressar sua opinião, por mais que os amantes do politicamente correto tentem reclamar.

Mesmo não sendo nenhum padrão de beleza, ele tem todo o direito de achar os brasileiros feios. Tem todo o direito de expressar sua opinião sobre a competência de mulheres feias. Tem todo o direito de dar sua opinião sobre qualquer artista. E, obviamente, tem todo o direito de receber críticas por isso, como está acontecendo.

O fato é que em casos do tipo sempre surgem os paladinos da verdade. Aqueles que adoram julgar os outros e criticar a opinião alheia, mesmo pensando exatamente a MESMA coisa. Ninguém é santo e ninguém está livre de preconceito. Todo mundo tem algo que só fala entre os mais chegados pra não chocar nossa bela sociedade hipócrita.

Caramba, se tem algo que odeio é este falsa cordialidade. Todo mundo está sorrindo para o outro, com um punhal escondido nas costas, esperando pela primeira oportunidade para atacar. Então, eu prefiro aqueles que falam algo na cara, aquilo que sentem mesmo, do que ficar escondendo opiniões ou sentimentos. Mas, infelizmente, vivemos num grande baile de máscaras (por sinal, tenho uma música com esse nome que fala sobre tema semelhante)!

O ser humano é digno de pena mesmo...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Citações, citações....


Que merda... meu último texto sumiu misteriosamente do blog. O engraçado é que ele aparece no painel do meu perfil, mas não há sinal nenhum dele nas postagens. Ohhhh... mistério! Tudo isso só porque eu critiquei a falsidade e hipocrisia das pessoas? Hehehe!

Detesto quando isso acontece. Meus textos são como filhos. E eu particularmente tinha gostado deste. Talvez até porque fazia tempo que não escrevia algo mais pessoal. Eu ia até escrever sobre "gente diferenciada" hoje, mas estou desolado (hahaha... ok, estou sendo dramático).

Tenho muito orgulho daquilo que escrevo. Detesto citações. Esses dias conversei com o produtor musical do CD dos Madd's (sim, aquele trio explosivo) sobre isso. Pessoas que se escondem atrás de citações. Tá aí... já sei sobre o que falar então! Vamos deixar o metrô de Higienópolis de lado e falar sobre... citações.

Detesto esses tipinhos "citadores". Na minha opinião, isso demonstra insegurança, fala de opinião própria... você covardemente se esconde atrás daquilo que alguém falou. Sabe aquele povo "Então, de acordo com Beto Jamaica, 'Pau que nasce torto nunca se indireita'"? Exato! São de dar nos nervos, não?

(Ok, o uso do "É o Tchan" foi apenas para contribuir com a aBUNDÂncia de humor neste blog. Sacaram o trocadilho?)

Enfim, falando sério agora, é natural você ler um pouco de tudo, mas não usar isso como verdade gravada na pedra. Eu adoro ler sobre tudo. Conhecimento é poder e coitado daqueles que se orgulham de sua ignorância. Mas eu não aceito cegamente aquilo que leio, nem saio por aí citando tudo que há de interessante. Quem cita demais não tem idéia própria.

Penso de forma diferente. Penso que eu sempre posso fazer melhor do que qualquer um. Então eu faço uma mistureba com as coisas interessantes que leio e crio a minha própria verdade. Não é muito mais interessante assim? Mostrar que você absorveu tal conhecimento e o adaptou pra sua realidade?

Veja que raramente você irá encontrar alguma citação no blog. Talvez uma ou outra frase que eu tenha lido e gostado. Mas é bem difícil eu reproduzir algum texto aqui (a menos que seja muito bom e mesmo assim certamente eu irei desenvolvê-lo com minhas opiniões).

(Atualmente, minha citação favorita é "Não há homem como eu. Há apenas eu". Sim, estou viciado em Game of Thrones)

Esse é um puxão de orelha para os já citados tipos "citadores" (haha... citados citadores... sacou?). Deixem de engolir informação regurgitada. Façam a sua própria vitamina com o conhecimento que lhes é apresentado. A realidade é aquilo que você quiser.

Caramba, como as pessoas podem se contentar somente em seguir e servir?

Porque, de acordo com...

(E, a partir de agora, todos meus textos serão salvos! Quero ver sumir com meus artigos, hein, hein???)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O fantástico remédio do esquecimento


A amnésia é um dos dons que mais admiro na humanidade. A outra coisa é a desculpa. Afinal, é muito fácil fazer inúmeras cagadas e depois falar que não lembra ou então simplesmente pedir desculpas da boca pra fora.

Dificilmente peço desculpas por algo. Não porque acho que estou sempre certo, mas porque não faço coisas dignas de pedir desculpas. Sabe aquela situação, quando um camarada chega pra ti e fala "Desculpa qualquer coisa"? Eu não penso dessa maneira. Sou do jeito que sou e azar de quem vá gostar ou não. Então não preciso me desculpar. Claro, nada me impede de fazer isso um dia, se achar que pisei na bola com alguém ou me equivoquei em algo.

Sou assim porque simplesmente não esqueço as coisas que me dizem ou aquilo que fizeram pra mim. Então, antes de fazer algo que me arrependa em relação à alguém, eu penso muito nas minhas ações pra não fazer papel de otário depois pedindo desculpas ou fingindo que nada aconteceu. Não, não... simplesmente não consigo ser assim.

Me irrita muito ver como as pessoas usam o "spray do esquecimento". Conheço gente que falava merda de meio mundo e agora fica lambendo os outros. Cacete, como hipocrisia, mentira e falsidade me irritam! Sério mesmo, quando digo algo eu assino embaixo: então prefiro ODIAR os outros do que agir como esses "tipinhos", fazendo social.

Mais do que nunca, me irrita esse povo que se aproxima dando de bom samaritano, como se nunca tivesse acontecido nada. Sabe, eu não tenho problema nenhum em limar os outros da minha vida. Muitos me julgam injusto por isso, mas vejo da maneira contrária, já que cuido muito bem daqueles que tenho em consideração. Os que se julgam "espertos" são os primeiros a perderem as cabeças.

Enfim, eu tenho uma memória excelente. Sou muito observador. Lembro de detalhes que passam batido pela maioria das pessoas. Eu NUNCA esqueço o que fizeram pra mim, seja coisa boa ou ruim.

Ah, sim: e pago sempre na mesma moeda...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Precisamos de um novo povo


Eu não disse que tenho sempre a razão? Quantas pessoas na foto? Sei lá, estourando eu chuto em torno de 50, que são aqueles entre a faixa e o carro de som logo atrás. Aliás, eu sou um péssimo fotógrafo... tirei outras fotos interessantes, mas escolhi esta porque dá pra ter uma idéia razoável das pessoas envolvidas.

Claro, um evento no Facebook não é algo muito confiável. Mas, das 1400 e cacetada pessoas que confirmaram presença no protesto, que alardeavam gritos de "justiça" e todo blá blá blá que conhecem, poucas apareceram. Aliás, dos meus conhecidos lá, só encontrei duas pessoas.

Enfim, pra quem está chegando agora, está foi a caminhada do "Fora, Peixoto", contra as irregularidades cometidas pela atual administração (perceba-se que estou usando minha veia jornalística e sendo muito polido). Foi realizada no último sábado, consistindo de uma caminhada entre a praça da Santa Teresinha e a Dom Epaminondas.

Cheguei cedo e, confesso, queria ter quebrado a cara, como dito no último post. Caminhava pelas ruas próximas à praça e já imaginava uma multidão reunida, hehe. Comecei a estranhar a falta de barulho... até chegar perto e encontrar somente um punhado lá. Uma conhecida lamentou a falta de engajamento da população.

Participei do protesto, registrei todo a caminhada. Lembrei da minha época na facul, quando trampava na TV Setorial e cobria coisas do tipo. Claro, isso foi há muito tempo, quando não ostentava esta vasta cabeleira... era somente um moleque idealista. Hahaha... falando assim, me sinto um avô! Deu até saudade!

Positivamente falando, o que me agradou no protesto foi a participação dos jovens. Bacana ver a molecadinha (nem tão moleques assim, claro) reclamando contra as péssimas condições de ensino da cidade, contra a alimentação que é oferecida à eles nas escolas... por sinal, o Fantástico desse domingo trouxe uma matéria do tipo! E, para o orgulho da nossa cidade, já se tornando tão importante quanto Monteiro Lobato, nosso Peixotinho foi citado! Confiram aqui e aqui como fazer seu pé de meia dando merda para as crianças comerem.

Mas, de que adianta reclamar? Vejo as pessoas e suas bravatas nas redes sociais. Quantas realmente fazem algo pra mudar? Caramba, era só ter levantado no sábado e, para aqueles que não trampam ou estudam, acompanhar a passeata. Claro, acho que o horário não foi muito propício para mobilizar o povo e tinha muita gente sem saber de nada. Mas continuo cético em relação à isso. Afinal, como já escrevi aqui, o Peixoto veio do povão... e o povão é, salvo raras exceções, assim.

Não precisamos de novos políticos.

Precisamos de um novo povo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Já é um começo


Hoje escreverei pouco. Tô com uma preguiça... não é sempre que se faz 27 anos! Velho já, não? Se bem que o tempo passa de forma tão diferente pra mim... cortesia da visão que tenho do mundo!

Enfim, deixando as bobeiras de lado, hoje o post será mais engajado, politicamente falando. Neste sábado será realizado a partir das 9 horas da manhã na praça Santa Teresinha um protesto contra nosso querido prefeito Roberto Peixoto. Bom, acho que não preciso nem explicar o motivo pra quem é de Taubaté, já que a cidade se encontra abandonada.

Lembro do Peixoto na época que trampava na TV. Gravei várias entrevistas com ele e sua esposa. O que falar sobre isso? Aquilo que você espera de um político ineficiente, burro, corrupto e caricato. Costumo dizer que o trabalho com jornalismo foi um dos momentos marcantes em minha vida. Sério, eu gravava inúmeras entrevistas com políticos, donos de empresas, figurões em geral e me perguntava: como um cretino desses chegou onde chegou?

Sério, a maioria era composta por uns coitados, que mal sabiam o que estavam fazendo (ou melhor, talvez sabiam MUITO bem o que estavam fazendo). Com esse tipo de gente à solta por aí, assumir o poder é mole, mole pra quem tem o dom da palavra. Isso, na verdade, me fazia lamentar pelo povo... porque só sendo mais idiota do que os figurões (e, acreditem, isso é muuuito difícil) pra ter esse tipo de gente no topo.

Vamos ver como tudo irá rolar agora. Na verdade, o post é mais sobre o meu ceticismo. Eu realmente quero quebrar a cara. Quero ver se as 1429 pessoas até o momento que confirmaram a presença através do Facebook estarão lá (incluindo vocês, meus amigos, haha). Sei lá, de certa forma, não consigo confiar na palavra dos outros. Aliás, a maioria das pessoas me ensinou que nada de bom acontece confiando nos outros, rs!

Tenho uma visão ingênua do mundo. As coisas não são tão difíceis de serem alteradas. O problema é que esses ignorantes no topo tentam fazer com que pareça complicado. Não é. Nem um pouco, por sinal. A única coisa necessária é acordar. Se o pessoal deixar de lado a vadiagem e se engajar em algo sério, teremos um bom começo.

Por favor, façam com que eu quebre a cara. É ruim ter sempre a razão... ;)!

terça-feira, 3 de maio de 2011

A luta contra o... mal!?


Aqui estou, me recuperando de uma otite, de uma sinusite e de sei lá mais o quê com "ite" que eu possa ter! Minha médica foi tão fatalista ao colocar tubos em minhas narinas e ouvidos que me sinto com poucos dias de vida já, haha. Portanto, antes que este fatídico dia chegue, vamos colocar a cachola pra pensar e bolar um texto bacaninha!

(Sim, quem me conhece sabe que tenho um dom para o drama)

Enfim, como quase todo mortal na Terra, estou acompanhando a morte de Bin Laden. Aliás, como disse o Zé Simão, tivemos uma semana Disney: o príncipe se casou, o Papa foi beatificado e o vilão foi derrotado! Yeah! Vivemos num mundo melhor agora... falta só um musical pra fechar com chave de ouro.

Acho engraçado o modo como algumas pessoas classificam o mundo. Entre bem e mal. Isso é coisa de conto de fadas realmente. O que temos são tons de cinza. Como você se classifica? Acha-se uma pessoa boa ou má? Muitos se julgam bons por terem uma religião e irem à igreja. Ledo engano, meus camaradas... isso no máximo o torna uma pessoa neutra. Bondade exige boas ações... o que tem feito pelos outros?

Por isso não me considero uma coisa ou outra. Sou humano. Sou cheio de acertos e imperfeições. Sou extremamente inconstante, oscilando da bondade extrema ao ódio profundo. Não fico imaginando o que faria em diversas em situações. Eu agiria da maneira que meu instinto me guiaria: afinal, sou um animal.

Os americanos no geral tem a tendência de rotular aqueles diferentes como maus, como inimigos... e engajar-se na luta contra esses "vilões". Às vezes nem sabe-se quem está combatendo, mas se o líder aponta uma direção, todos correm para lá sem duvidar do fato.

Estranho o mundo em que vivemos... em que a morte de uma pessoa é motivo de comemoração para centenas de milhares de outras. Não estou negando as ações cometidas por Bin Laden (a menos que você acredite nas teorias conspiratórias do 11/09... por sinal, dizem que a morte de Bin Laden será o estopim para uma explosão nuclear na Europa cometida por fanáticos), nem ignorando seus assassinatos. Só que é muita ingenuidade acreditar em coisas como "o bem venceu o mal", "a justiça foi feita" e outras bobeiras noticiadas pela imprensa mundial.

Vendo da forma mais crua possível, o terrorismo não acabou. Mata-se um cabeça da Al-Qaeda, cria-se um mártir. Os ataques continuarão. Não só por esse grupo em particular, mas por inúmeros outros. A violência está no sangue da humanidade, cravada na parte mais profunda de sua alma. A sociedade é sustentada por uma linha muito tênue. Vendo dessa forma, 2012 não parece nem tão absurdo assim...

Deixa pra lá. Logo surgirão outros vilões e heróis montados em cavalos brancos partirão em defesa da bondade, da democracia e de tudo que há de bom. Não fica bonitinho pensar dessa maneira?

Blé... como no Cowboy Bebop, será que vivemos no mundo real?

(Hora de partir e cuidar da minha debilitada saúde agora... isso, pelo menos, me PARECE real, hahahaha)