quinta-feira, 2 de junho de 2011

Qual o seu rótulo?


Uma das coisas mais intrigantes nas pessoas é o hábito de rotular o próximo. Como se alguma pessoa se encaixasse em algum estereótipo ou se as coisas estivessem definidas como pretas ou brancas. Acreditem, se tudo fosse assim, seria muito chato mesmo! Essa diversidade que torna as pessoas tão interessantes.

Rotular os outros é um ato de burrice extrema. Melhor dizendo, ingenuidade mesmo. Você tem que ser muito inocente pra acreditar que as pessoas são aquilo que aparentam. Isso é um mal das pessoas mesmo. Mas, até consigo entender em certos pontos: é mais fácil você compreender alguém se ela se encaixar num estereótipo.

Sempre fui contra à isso. Não, não... as pessoas são mais do que isso, mais do que simplesmente aparentam. Eu nem ao menos acredito em bem ou mal... tudo o que vejo são os tons de cinza. As pessoas pensam de maneira diferente uma das outras, sendo muito difícil classificar seus atos.

Como você me classificaria? O ato de usar bata me torna um hippie? Negativo, não tenho quase nada dos ideais "paz e amor". Ter cabelo comprido me torna um metaleiro? Errado também... sou eclético demais pra me classificar num gênero só. O fato de ser uma pessoa culta e educada me torna uma pessoa boa? Hahaha... esse é o meu favorito! Afinal, as maiores atrocidades da História foram cometidas por pessoas cultas e educadas... e isso não as impediu de julgar as pessoas! Não as impediu de pregar todo tipo de preconceito com o próximo.

Exatamente por isso não me enquadro em grupo nenhum. Sério, pensamentos coletivos me entediam... como diz o velho ditado, toda unanimidade é burra! Não quero que as pessoas me admirem por me encaixar num determinado rótulo. Não quero ser visto como bonitinho. Não quero ser visto como roqueiro. Aliás, não quero que me vejam como porra nenhuma. Simples assim.

A imagem é algo que pode ser simulada com extrema facilidade. Ainda mais nesses tempos modernos, que as pessoas são aquilo que aparentam, não aquilo que são de verdade. Sério, cago em pessoas assim. Essas são as mais tediosas e artificiais possíveis. E, como sabemos, se o conteúdo não é bom, o produto não dura muito tempo...

Enfim, esqueçam todo tipo de rótulo ou estereótipo. Façam aquilo que tiverem vontade, aquilo que lhes agrada, não aquilo que é legal para seu "grupo". Sejam indivíduos, sejam contradições ambulantes, sejam aquilo que vocês quiserem ser, sem se importar com a opinião alheia. Sim, pode parecer meio paradoxal, eu sei, mas é algo simples até.

O problema é que ser simples é mais complicado do que parece, hahaha!

Um comentário:

  1. "Seria mais fácil fazer como todo mundo faz. O caminho mais curto. Produto que vendo mais... Mas nós dançamos em outras frequências."(EngHaw)
    Brisei uma coisa esses dias, que é isso tudo que você disse e algumas variantes mais e outras menos: Nós vivemos do pressuposto. Só conseguimos ter idéia se ela já foi formada. Só conseguimos agir se algo antecedeu nossa ação. Resumindo é por aí. Gostei do texto, mas ele é psicologicamente mais intrínseco do que aplicável. A sociedade não existiria com tal afirmação, ou melhor, não haveria afirmação social alguma se não fosse a imaginação do ser em classificar as coisas. Não vejo problemas nos rótulos e sim a forma como são expostos. Sabendo sempre que o que importa é o conteúdo. Abraço!

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