quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Funk definido como movimento cultural

A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou ontem dois projetos de lei a favor do funk. O primeiro deles define o estilo musical como movimento cultural de caráter popular e o segundo revogar a lei que cria regras para a realização de festas rave e bailes funk no RJ.

De acordo com o deputado Marcelo Freixo (PSOL) que assinou a lei: "A partir de hoje, o poder público tem um excelente instrumento para dialogar com a sociedade, com setores que promovem alegria, que são absolutamente criativos e têm uma identidade real com a juventude do Rio de Janeiro".

Outro trecho interessante, desta vez da Secretária Estadual de Educação Tereza Porto: "Através do funk, vamos estar mais próximos dos nossos alunos. As letras podem ser usadas de forma positiva, abordando temas importantes".

A notícia na íntegra aqui: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/09/01/ult5772u5153.jhtm.

E quem serão os beneficiados pela lei? Os "siris boys", é lógico! Direto do GTO (Grandes Tolices do Orkut):



Hehe... essas fotos são muito engraçadas! Mas, fala sério, né? Funk como manifestação cultural? Essa porcaria nem ao menos pode ser considerada música! Vendo as imagens acima, como o poder público pretende dialogar através do funk? Oh, sim, a secretária diz que estarão próximo dos alunos... dá pra ver mesmo, pela proximidade das bundas na cara da criançada.

O Brasil tem muita coisa bacana que poderia ser considerada manifestação cultural. Eu, sinceramente, não vejo nada de positivo ou cultural nessas fotos, por exemplo. Veja bem, eu não tenho nada contra quem curte funk, mas uma abordagem desse tipo é no mínimo ridícula. E enquanto isso o carioca é refém em suas casas, nas mãos da bandidagem, porque discutem e aprovam projetos de lei irrelevantes como esse!

Só rindo mesmo... ou curtindo um bom baile funk! =D

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Vergonha alheia

Essa daqui é meio velha já, mas não deixa de ser curioso. O desespero de uma dama (?) em busca do seu chip...



Caramba, eu realmente sinto vergonha pela mulher. Não que ela vá sentir alguma, a julgar por essa atitude em (acredito) plena madrugada. Isso não tem nada de engraçado (com exceção, claro, do moleque provocando-a), já que pra mim é o cúmulo da falta de respeito e do baixo nível. O que a vizinhança tem a ver com o Pedro e o chip? Nesse nível nem uma boa porrada resolve...

Ou é isso ou então aquela velha teoria de que boa parte da população sofre de sérios problemas mentais, mas normalmente costumam camuflar em prol da sociedade... sabe, pra fazer parte de um grupo! É, quanto mais eu conheço o ser humano, mais eu fico desanimado... eita racinha desprezível!

É aquilo que já falei sobre respeito, crianças! Já que vivemos em sociedade, temos que lembrar que nossos direitos terminam quando começam os dos outros. E é bom começarem a se comportar, pois tempos negros virão... depois de um período de "liberação geral", sempre surge alguém pra agitar o chicote novamente!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quer pagar quanto???

Na recente atualização eu falei sobre a nada mole vida de um músico. Esses dias tava fuçando a comunidade de bandas independentes no orkut e vi esse tópico: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=55214&tid=5373829567252228149.

Quanto custa o show da sua banda?

Caramba, eu fiquei surpreso com a quantidade de pessoas que dizem tocar de graça. Ou o que é ainda pior: PAGAR pra tocar através da cota de ingressos. Poxa, isso só pode ser palhaçada!

Esse é o salário de vocês! Como um camarada mesmo citou, se você acha que sua música vale duas garrafas de cerveja, boa sorte mas não irá muito longe. Tocar numa banda é algo trabalhoso. Não só por todos fatores que citei na postagem anterior, mas é custoso também! Tem todo o lance do equipamento, da gasolina... isso não sai muito barato!

E quem são os culpados por essa desvalorização das bandas?

Nós mesmos...

Todo artistas quer se apresentar, isso é um fato. Por isso a maioria acaba se sujeitando a esses acordos abusivos. E o que mais existe por aí é dono de bar picareta, disposto a lucrar até o último centavo se puder aproveitar-se de uma banda ingênua. Portanto, eles oferecem uma merreca e o povo acaba se sujeitando a isso, quando deveriam bater o pé e exigir um reconhecimento melhor do seu trabalho!

Claro que, como falei, a culpa também é de muita banda. Muito dono de bar vai colocar o melhor e barato que ele conseguir pra se apresentar... e aí as próprias bandas vão abaixando o cachê até chegar nas duas cervejinhas. Ou na absurda cota dos ingressos.

Pra quem é músico de verdade, essa mentalidade acaba rapidamente quando seu trabalho é reconhecido. Mas outro problema, como citam na comunidade, é que muitas bandas são compostas por molecada, que só querem saber de bebida, diversão e mulherada. E com essa cabeça eles acabam passando uma rasteira naqueles que levam a sério o seu trabalho e reconhecem o seu valor.

Enfim, esse é um terreno espinhoso... uma hora ou outra, todo mundo se sujeita a isso (eu mesmo já toquei por miséria). Mas se você não se valoriza, ninguém te valorizará também. E depois de uns dois anos tocando por cerveja, vai ser difícil conseguir algo melhor do que isso...

União, criançada! Vamos exigir o que é da gente!



O tempo passa... logo estamos velhos ou mortos! =)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O que eu faço?

Essa é uma das coisas que mais detesto! Alguém chega e pergunta: O que você faz? Prontamente, eu respondo: sou músico. E o cidadão: Tá, mas o que você faz de verdade?

Cacete, será que deveria ser assim? Lidar com arte é alguma coisa de segunda categoria? Lógico que hoje as coisas se deturparam um pouco, mas mexer com qualquer tipo de arte é lidar com os sentimentos dos outros, seja ele qual for. Seja expressar revolta e rebeldia com um pouco de punk rock, elevar o estado de espírito de alguém com alguma pintura ou divertir um cidadão por poucas horas com um filme ou encenação.

Então porque as coisas são tão ruins assim? Um artista tem menos valor do que um médico, advogado ou engenheiro?

É só ver pelos seus amigos que vivem de arte. Provavelmente a maioria é taxado de vagabundo. Ah, tá, então é fácil o que eu faço? Tipo, tocar durante horas uma média de trinta músicas? Conhecer a letra e os acordes de trocentas outras? Passar horas também ensaiando até a coisa ficar tinindo? Sem contar a correria pra encontrar alguém que valorize o seu trabalho, o transporte de equipamento próprio, viajar pra baixo e pra cima... sério, eu deveria ter feito algo "normal" e passar a semana toda enfurnado num escritório!

As pessoas vêem só o lado bom da arte, que é quando o cara tá no topo. Mas as coisas não são fáceis não... tem que ralar muito, comer o pão que o diabo amassou... e poucos tem saco pra aguentar tudo isso! Sem contar a desvalorização do que é um artista hoje, já que surgiram as "celebridades". Deve ser triste pra um ator que passou anos estudando ver um BBB deslanchando no lugar dele. Ou alguém que estuda música ter que aturar funk ou qualquer porcaria de dois acordes no rádio.

Ainda acham que isso é tranquilo? Que é coisa de vagabundo? Eu deveria era ganhar um medalha dessa sociedade patética por seguir com música!

Mas o que importa? O show deve continuar!



É um caminho longo pra o topo...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Consumismo

Uma amiga me enviou por email hoje um vídeo interessante. Ou melhor, enviou o link pro vídeo, que está no Youtube. Ele mostra a "guru ambiental" Annie Leonard explicando como o consumismo desenfreado devasta o planeta. Assistam:



Creio que a maioria teve preguiça de assistir o vídeo inteiro, mas, acreditem, é bem interessante mesmo. Resumindo basicamente, mostra como funciona nossa sociedade de consumo e o que acontece com o planeta em geral para mantê-la.

Infelizmente, eu sou muito cético em relação aos humanos. Não há como salvar aqueles que não querem ser salvos. Acho que cada um tem o seu karma, suas coisas pra resolver... eu não pretendo influenciar nisso. Porque a maioria das pessoas assistirá (ou não, provavelmente) o vídeo e achará uma grande bobeira, que é papo de comunista e bitolados em geral.

Sério, eu não tenho saco nenhum pra convívio social. Meu objetivo de vida é viver de arte e música e nas horas vagas me enfiar no meio do mato, sem perder tempo com a sociedade em geral. Porque hoje nós vivemos em um nível de cretinice absurdo. E eu sou um cara de resultados: pra mim, tudo poderia ser mais simples, mas nós sempre complicamos.

E no final das contas... será que um faz diferença? É algo a se pensar...

Eu não busco mudar o mundo, mas farei o possível pra mudar aquele dos que estão em minha volta.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ópio do povo...

Sério, como dar crédito pra bizarrices do tipo:

Pastor Zangief


(A música é do Guile, mas, convenhamos, combinou perfeitamente com o vídeo... a do Zangief mesmo não ficaria muito legal)

Pastor Ryu


Eu assisti os vídeos no começo da semana, pelo Kibeloco. Caramba, chorei de rir... a montagem é excelente! As falas nos balõezinhos também são hilárias! Realmente, o cara que bolou isso tá de parabéns!

O triste mesmo é ver que hoje ainda existem pessoas que caem nesse tipo de charlatanismo. Ou, como li num comentário dos vídeos, a gente ri, mas esses pastores estão cheios da grana.

Ah, sim, antes que me chamem de ateu, satanista ou o escambau, eu não tenho religião nenhuma, mas creio em Deus... acho que deve existir um significado pela vida, pelo que passamos (caso contrário, era mais fácil dar um tiro no ouvido e fim de papo).

O problema é que o povo confundiu as coisas! Você não é obrigado a passar horas em uma igreja, templo ou sei lá o que ouvindo toda aquela ladainha do tempo dos dinossauros. É só uma simples questão de crer em algo e respeitar o seu semelhante, vivendo em paz com os outros e com a Terra. Nada muito complicado, nada de tempo ou dinheiro perdido.

As igrejas realizam lavagens cerebrais nas pessoas, é a única explicação possível. Eles pegam aqueles fracos espiritualmente e enchem a cabeça deles de mentiras. É triste porque tem muita gente humilde que perde tudo pra esse povo. Se eu acreditasse no diabo, diria que ele está por trás de tudo...

Pior do que isso só ver um cara instruído como o Kaká dando dinheiro pro casal de bispos ladrões... vai dizer que isso não é feitiçaria das bravas??? Controle mental absoluto? Caramba, é a mesma manipulação feita pelos nazistas, só ver o povo descontrolado nos vídeos! Mas acho que perto dos religiosos, Hitler era fichinha...

Não me conformo mesmo! Só iremos evoluir espiritualmente quando deixarmos as religiões de lado e esse maldito fanatismo! Eu não deixo de acreditar nisso e tenho a certeza de que os falsos profetas pagarão por todos esses crimes... ah, se vão!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um pouco sobre respeito

Qual a diferença entre a sociedade do futuro e a de ontem?

Respeito.

Acho que o maior problema enfrentado por todos atualmente é o respeito, ou melhor, a falta dele. As coisas chegaram em um ponto em que logo essa palavra se tornará praticamente desconhecida. Poucos jovens a conhecem, na verdade, e isso resultado no arremesso de ovos do alto de prédios, agressão de domésticas, entre outros fatores (não preciso dar muitos exemplos, é só ligar a TV).

No post anterior, eu falei sobre um pouco sobre "fazer o que tiver vontade". Infelizmente, muitos deturpam o sentido dessa frase. Fazer o que quiser não significa sair por aí fazendo merda, como se fosse o dono da razão e dane-se o mundo. O real significado é estar bem consigo mesmo, ser fiel aos seus sentimentos e desejos, não reprimindo-os em relação à nossa insana sociedade.

Existe uma frase famosa que diz: "Nossos direitos terminam quando começam o dos outros". E isso é muito verdadeiro. Antes de fazer algo, devemos pensar se não irá soar ofensivo para o próximo, por "n" motivos que sejam. Devemos viver bem, respeitando uns aos outros, sem querer forçar a barra. Existem várias atitudes nos outros que eu abomino, mas não obrigo ninguém a mudar. Cada um possui uma série de qualidades ou defeitos, longe de mim querer alterar o individualismo de cada um.

Eu tento encontrar meus limites. Sou um cara muito desbocado... certa vez, meu irmão me criticou por falar alto e proferir todo tipo de palavrão num restaurante porque havia um casal de idosos ao lado. Só porque eu tento ser fiel ao meu "estilo", não quer dizer que aquelas pessoas eram obrigadas a ouvir tudo aquilo que dizia. Então, seja como for, eu concordei com meu irmão e tentei maneirar. É a simples questão de pesar tudo que tenho dito: viver plenamente com seus ideais e respeitar o limite dos outros.

(Claro, esse exemplo é relativamente tosco, mas serve pra mostrar um pouco sobre esse equilíbrio.)

Antigamente as coisas pareciam melhores porque as pessoas costumavam se respeitar mais. Hoje, como vivemos com o egocentrismo de cada um, as coisas costumam ser mais difíceis. Um simples ato de desrespeito acarreta em boa parte das desgraças que observamos hoje, da menor transgressão possível à algo realmente grave.

Cabe a cada um saber dosar um pouco de tudo isso. Não é uma tarefa simples, mas é algo que nos torna um ser humano melhor... aprendemos um pouco a cada dia tentando colocar tudo isso na balança.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A busca por aprovação

Esses dias estava assistindo o DVD do Woodstock e achei um determinado trecho bem bacana! Aliás, eu adoro essas viagens que me fazem refletir sobre a vida e a socidade... caramba, realmente eu vivo no mundo da lua! Mas, falando sério, foi uma coisa que me fez pensar um pouco mesmo sem ter essa intenção originalmente (assim acredito).

Ah, sim, vamos ao que interessa! Foi durante a apresentação do Sly and the Family Stone, enquanto eles tocavam I Want to Take You Higher. Aqui está o dito cujo:




Em determinado ponto da música (4:57, pra ser mais exato), Sly convida o público a cantar junto e é isso que achei bem bacana quando assisti o DVD pela primeira vez. Não o fato de convidar claro, mas algo que ele comenta: o fato de alguns não cantarem por necessitarem da aprovação de quem está ao seu lado. Ou seja, a velha preocupação "O que os outros irão pensar de mim?".


Claro que, no Woodstock, acho que a maioria do pessoal não ligava muito pra essas coisas... quem não cantava era porque devia estar travado de tudo naquela hora da madrugada, hehe!


Mas eu fiquei pensando sobre o que o Sly falou, sobre essa necessidade de aprovação. Um exemplo bobo: eu vejo muita gente com vergolha de aplaudir uma apresentação musical, uma palestra, etc... as pessoas só começam quando UM dá o pontapé inicial. Mas acho que não é só a vergonha... é o medo de ser diferente. Tipo... e se eu aplaudir e ninguém fizer o mesmo? Por outro lado, quando um começa, todo mundo vai atrás depois porque, se não aplaudir, ELE seria o diferente! Que mundo bizarro...


Nós devemos deixar de nos preocupar com o que os outros pensam. Devemos fazer aquilo que nos dá vontade, mas sempre respeitam os limites do próximo. Não fazer ou seguir algo porque todo mundo está fazendo. É triste, mas a maioria das pessoas se comporta dessa maneira... algo psicológico do ser humano mesmo, de fazer parte do bando! E atitudes como essa às vezes resultam em coisas idiotas... alguém falou no nazismo?


Fica aí uma lição então e a sabedoria da Lei de Thelema, de Crowley (sempre mal interpretada):

"Faze o que tu queres há de ser tudo da lei"

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Concursos e afins

Falando mais um pouco sobre música, hoje eu inscrevi Os Madd's no Festival de Bandas Megazine. Na verdade, é a mesma bobeira de sempre: mais um concurso do tipo pra revelar o novo talento da música brasileira... que, obviamente, será sumariamente esquecido em quinze minutos.

Mas como quem não arrisca, não petisca, resolvi colocar a gente na parada também. Afinal, não custa mesmo e não vai fazer mal nenhum. Sente só o estilo da rapaziada: http://www.bandasmegazine.com.br/site/bandas/perfil/115. Ah, sim, e pra animar um pouco esse blog e aproveitando o fato que a grande maioria não tem saco pra ler, nosso "democlipe" pra galera:



O festival é alardeado pela forma "democrática" que irá selecionar as bandas: através de um júri especializado (medo...) e pela votação do público! Ou seja, se depender do último formato, estamos ferrados! Passei os últimos anos em Marte e detesto ficar mendigando algo para os outros (ah, o orgulho...). Quero receber os méritos pela qualidade do meu trabalho, não porque tenho mil amiguinhos!

E eu não gosto mesmo de concursos e afins porque desde que o mundo é mundo e a música e música, sempre existiu o jabá. Aliás, não só no meio artístico, mas em praticamente TUDO! É sempre o famoso Q.I. que conta... o Quem Indica. Esse lance de concurso é só balela mesmo pra dar ares democráticos a coisa. É a velha história: vivemos em uma ditadura disfarçada!

Digo por bandas famosas mesmo... quantos grupos não tiveram que pagar pra suas músicas tocarem na rádio? Quantos não deram o primeiro passo por amizade ou contato com alguém? Lógico, quem tem talento e aproveita essa oportunidade costuma seguir na crista da onda... quem não tem, sofre logo um duro baque!

As coisas funcionam assim hoje também, mas o problema é que existe pouca coisa de qualidade. Antigamente o pessoal batalhava, mas boa parte era muito talentosa. Hoje qualquer cretino pega uma guitarra, aprende três acordes e aproveita que o papai é poderoso e cheio de contatos pra tentar buscar seu lugar ao sol.

Claro, estou generalizando, nem todos são assim, nem todos começam assim... mas podem ter certeza de que isso rola muito! E sempre irá rolar, pelo menos enquanto a maioria continuar pensando de forma coletiva. Deixem de lado a unanimidade, crianças...

Enfim, se tiverem interesse, cliquem no link acima e sejam felizes votando n'Os Madd's! E se acharem uma merda, podem falar também, haha! Só crescemos através das críticas... eu costumo valorizá-las muito!