quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010 e minhas ponderações


Último post no ano, já que em breve fugirei de toda essa muvuca de Reveillon me enfiando em algum buraco qualquer e não postarei tradicionalmente na sexta. Então hoje vai ser algo mais relaxado mesmo, porque estou na correria. Todo mundo animado pra festança?

Tava fazendo um balanço do ano que passou. Este foi um dos mais agitados ultimamente. Não num sentido positivo, mas de tanta coisa que aconteceu comigo, que me fez pensar e mudar minha maneira de ser. E isso em vários sentidos: profissional, relacionamento, saúde... foi um verdadeiro ano de transições.

Mas não é assim que sempre deveria ser? Sinceramente, eu gosto de desafios. Nos últimos anos, tudo estava bem, tudo caminhava numa boa, mas era meio... chato, vamos dizer. A gente não aprende nada quando tudo dá certo. São as dificuldades que nos moldam e tornam aquilo que somos. Só assim ganhamos sabedoria e conhecimento, e isto é o mais importante na vida pra mim.

Eu mudei? Creio que sim. Muitas pessoas me falaram isso. Vários acontecimentos no primeiro semestre foram modificando minha personalidade, culminando em uma grande mudança no meio do ano. Enfim, eu basicamente deixei de me preocupar tanto com as coisas. Passei a me preocupar mais comigo, a fazer minhas vontade. E mandei tudo à merda.

Continuo o mesmo, basicamente. Só estou ainda mais cínico, sarcástico e egocêntrico. E isso não me estragou, sacam? Fez com que eu voltasse no tempo, pra minha real personalidade que passou muito tempo adormecida. Isso me fez muito bem... fez com que eu me reencontrasse!

Então, apesar do pesares, termino o ano de 2010 muito animado! Vejo esse ano como um período de preparação para as mudanças verdadeiras que ocorrerão agora, em 2011. Eu não estaria preparado pra elas sem esses agitos recentes. Então só tenho o que agradecer!

Agradecer e, piegas e clichê, desejar pra todos um feliz Ano Novo! Que mais e mais problemas aconteçam em suas vidas e que vocês consigam tirar tudo de letra e crescer com isso! Não, nada de dinheiro, amores perfeitos e blá blá blá... CORRAM atrás daquilo que acreditam! Não percam tempo com promessas... orações e anseios não salvam ninguém: SEJAM a mudança que tanto buscam!

Feliz 2011!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Meu top 10 de melhores músicas de todos os tempos



Fim de ano chegando e algo que nunca sai de moda são as famigeradas listas top das coisas que marcaram o ano. Pois falando nelas, eu estava lendo esses dias a edição especial da revista Rolling Stone que elege as 500 maiores músicas de todos os tempos. Uma leitura bem agradável pra acompanhar todo o panorama musical do século passado e deste começo de século.

Claro que há algumas escolhas questionáveis, mas, enfim, vivemos numa democracia e cada um tem seu gosto peculiar. Eu mesmo sou bem eclético... acho que o pior erro que existe é você se encaixar num estereótipo ou fazer parte de algum grupo. Claro, isso é devido ao meu egocentrismo, mas todo mundo já sabe disso mesmo, hehe!

No final da edição há um compacto dos números da lista. Interessante ver que a maioria das músicas eleitas as melhores de todos os tempos são da década de 60 (com 195 eleitas!) e 70 (com 131). É até vergonhoso ver que atualmente não há quase nada que preste, quase nada que seja marcante (na lista, 2000 entra com 27 músicas e os anos 90 com 21). Vergonhoso, mas nenhuma novidade em nosso mundo fast food. Falta muita criatividade atualmente...

Há ainda na edição a opinião de músicos conceituados como Brian Wilson, Ozzy Osbourne, Slash, James Hetfield, entre outros, escolhendo o seu "top 10" de músicas. Fiquei pensando após a leitura no MEU top 10. Caramba, é uma tarefa muito ingrata escolher 10 músicas, mas vou tentar lembrar de canções que foram marcantes pra mim.

1. "Roundabout" (Yes)
Injustamente, não há NADA de Yes na lista da Rolling Stone. Caramba, como isso? A banda tinha tudo: excelentes harmonias vocais, instrumentistas virtuosos, melodias marcantes... Rock Progressivo é considerado chato por muitas pessoas. Pra mim, Roundabout é a prova de que NÃO é, principalmente em sua versão ao vivo, mais agitada.

2. "Stairway to Heaven" (Led Zeppelin)
Sempre fui meio preconceituoso com modismos. Nunca tinha prestado atenção em Stairway to Heaven... só conhecia o riff inicial, mas nunca me interessei em ouvir direito. Até o dia que ouvi meu irmão escutando-a... havia chegado na parte do "Oh, It Makes Me Wonder" e achei a melodia fantástica! Só aí fui ouvir com mais atenção. É, preconceito é uma merda mesmo...

3. "Space Truckin" (Deep Purple)
Deep Purple é uma das minhas bandas favoritas e essa é melhor canção deles, na minha opinião. Desde o riff marcante, que gruda na cabeça, até o vocal explosivo do Ian Gillan, pra mim é uma trilha sonora "putônica", uma das melhores músicas pra se ouvir com o volume no máximo.

4. "Baba O'Riley" (The Who)
A união entre o hard rock e o eletrônico. Todo o peso da música, com a interpretação majestosa de Daltrey e a linha melancólica cantada por Townshend ("Dont Cry/Don't Raise Your Eyes/It's Only Teenage Wasteland"), encerrando com um solo de violino com inspiração indiana. Realmente mágico.

5. "Space Oddity" (David Bowie)
Eu costumo dizer que a música boa pra mim é aquela que causa arrepios quando eu a escuto. Foi o que aconteceu quando ouvi pela primeira vez Space Oddity, na parte "Here, am I floating round my tin can". Uma melodia que te leva pro espaço, literalmente.

6. "Supper's Ready" (Genesis)
Outro clássico do Rock Progressivo. Apesar de grande, não é uma música cansativa. É a união da música com o teatro, graças à performance de Peter Gabriel. Uma canção verdadeiramente épica e de tirar o fôlego, que é ainda melhor vista ao vivo.

7. "You Really Got Me" (The Kinks)
The Kinks deveria ser muito mais conhecido aqui no Brasil. Adoro o sarcasmo e a ironia de Ray Davies. Ouvi You Really Got Me pela primeira vez jogando Battlefield Vietnam (que por sinal tem uma ótima seleção de músicas da época) e desde então pirei pelo Kinks. Essa música é uma das precursoras do Heavy Metal.

8. "I Can't Stand Losing You" (The Police)
Essa é outra canção que surgiu do nada pra mim. Meu irmão assistiu de madrugada na MTV e no dia seguinte a gente tava procurando a música na net. Claro, eu conhecia o básico do Police, mas I Can't Stand Losing You tem um ritmo muito gostoso e agitado.

9. "Wouldn't Be Nice" (The Beach Boys)
Uma música bonitinha que fala sobre o amor de uma forma inocente e pura. Acho a trilha sonora ideal pra esses romances inesperados de férias ou coisa parecida. Além disso, foi a música que fez eu prestar mais atenção nos Beach Boys - nem preciso comentar nada sobre o vocal deles, né?

10. "Suite: Judy Blue Eyes" (CSN)
Crosby, Stills e Nash são os reis da harmonia vocal pra mim. A voz deles é tão perfeita, combina de forma tão única, que parece irreal. Suite: Judy Blue Eyes é uma canção de Stills para sua ex-namorada, Judy Collins, e fala sobre a separação do casal. Eu queria que meus pés-na-bunda me fizessem escrever algo assim...

Poxa, eu podia colocar muito mais... é muito injusto mesmo escolher somente 10. Mas, aproveitando então esse clima de fim de ano, está aí a minha lista de melhores canções (pra variar, NENHUMA atual, hehe). Fica a dica pra quem curte boa música (alguém?) vasculhar um pouco, fugir da mesmice atual.

Logo mais eu volto com o último post do ano!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Então é Natal... e daí?


Sou só eu ou mais alguém aqui não liga pro Natal? Sério, pra mim a data não tem relevância nenhuma. Respeito quem gosta, mas pra mim muitos falam da boca pra fora sobre a data, assim como falam da mesma maneira sobre amor ou religião, por exemplo.

Vamos lá: o motivo principal pra mim é reunir a família e comer bem. Felizmente, isso eu já tenho na maioria das noites do ano. Afinal, estou sempre junto dos meus pais e irmãos e, diga-se de passagem, os dotes culinários da maioria aqui são excelentes! Até aqui então, dane-se o Natal.

O lado religioso é esquecido pela maioria das pessoas. Toda a história do nascimento de Jesus e tudo mais - que, por sinal, NÃO nasceu no dia 25 de dezembro - transforma-se no aumento da atividade econômica com todos os presentes associados à data. Claro, esse é o principal motivo da comemoração, assim como de qualquer outra data comemorativa ao longo do ano: desculpas esfarrapadas pra aquecer a economia.

Sem contar que, pra nossa cultura, nada disso faz sentido. Estamos num puta de um calorão e vemos nas propagandas o bom velhinho todo encapotado, toda aquela neve que boa parte da população nunca viu... simplesmente ridículo. Eu tenho pena dos aposentados que fazem bico de Papai Noel, com toda essa vestimenta.

Enfim, toda paz, fraternidade e amor desejados hoje deviam permanecer por todo ano. O irritante pra mim é a hipocrisia. Às vezes você pega famílias ou conhecidos onde ninguém se bica, e todo mundo desejando Feliz Natal e entoando canções natalinas por uma noite... tosco ao extremo!

Nunca liguei pra datas mesmo. Até meu aniversário eu me recuso a comemorar. Acho que você não precisa de uma dia pra expressar os valores citados acima ou mostrar pra alguém o quanto essa pessoa é especial. Eu costumo fazer isso diariamente, através dos meus atos.

Toda essa bronca minha pode parecer algo amargo, mas não é não... só um pouquinho de sarcasmo e ironia, pra variar!

E, convenhamos, presentão de Natal quem ganhou mesmo foram os nossos parlamentares, com o aumento de salário do Legislativo! Enquanto o povo luta por um aumento mixuruca de 30 reais, eles aprovam em tempo recorde um projeto pra aumentar o deles em cerca de 10 mil reais! Êêêê, Brasilzão!!!

Mas então é Natal...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Espero morrer antes de ficar velho

O título do post hoje é uma das linhas mais conhecidas do rock'n'roll, na canção My Generation, do Who - diga-se de passagem, uma das minhas bandas favoritas. Pra mim, a expressão "I hope I die before I get old" pode ser usada num contexto atual pra sintetizar a velhice idiota que temos hoje em dia, em que as pessoas sofrem da Síndrome do Peter Pan: querem viver uma eterna juventude, como se envelhecer fosse uma doença.

Ligue a TV e você verá inúmeros "artistas" que seguem essa linha. Caramba, o que há de errado em ser velho? Lembro quando tinha o programa do João Kléber (desaparecido, graças a Deus) e eu e meus irmãos zoávamos do visual "meninão" dele. Claro, eu sou suspeito pra dizer algo, já que ainda vivo nos anos 70: naquela época, as pessoas pareciam adultas. Porra, pegue os grupos de rock do passado e compare com a criançada que temos hoje. Essa galera "happy rock" tem 20 anos e cacetada, mas parece uma molecada de 12!

Mas, voltando ao assunto, uma das pessoas que mais exemplifica essa velhice idiota atual é a Susana Vieira. Dá até pena: ela quer parecer tão jovial, tão meninona, que vira e mexe vive pagando mico. Até a arrogância dele é provavelmente um escudo pelo fato de tão ridícula que é. Digna de pena mesmo. A última idiotice dela foi protagonizada na droga do Domingão do Faustão:



Tem mais uma parte (que não vou postar aqui porque o youtube apaga tudo) dela sentando no colo do namorado e ficando com os peitos de fora. Se alguém gosta de bizarrice, é só procurar no youtube.

Veja bem: nada contra idosos. Nada contra quem é jovial de verdade: quem leva a vida numa boa, sem pesar as coisas por causa da idade, quem sabe aproveitar tudo independente do passar dos anos. O problema é quando não há senso do ridículo. Quando querem mostrar uma mocidade artificial. Caramba, a mulher tem quase 70 anos pra ficar fazendo papel de otária na TV. Péssima atriz, cantora medíocre... como diabos alguém dá ibope pra uma porcaria dessas? É aquilo que sempre falo aqui: estão tirando grana daqueles que merecem. Daqueles que atuam, que cantam de verdade. É realmente um absurdo.

Envelhecer não é algo ruim. Nunca foi. Não é uma doença. Inúmeras coisas boas surgem com o tempo. Ainda sou novo... tenho 26 anos. Mas estou certo de que terei muito orgulho das minhas rugas e cabelos brancos. Ser jovial ou não é simplesmente um estado de espírito. Não há como forçar a barra ou parecer aquilo que não somos. Fica tosco. Fica artificial. Ou simplesmente ridículo, como no caso citado acima.

Portanto, ao contrário do Who, eu não espero morrer antes de ficar velho. Que isso aconteça antes de me tornar ridículo.

Isso sim é pior do que envelhecer.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A era do politicamente correto


Um post mais nerd, pra variar, mas com um tema que achei bizarro. Pra quem não sabe (e eu creio que a maioria não deve saber), o camarada grandão do desenho ali é o Heimdall, um deus da mitologia nórdica, da forma como aparece nos quadrinhos do Thor - que, por sinal, não acompanho... nunca fui nerd de quadrinhos. Já o camarada à direito é um tal de Idris Elba, DJ de Hip Hop - que, por sinal, nunca vi mais gordo.

A polêmica? Ele irá interpretar o deus nórdico citado na adaptação do Thor para o cinema, o que levou um monte de gente a protestar com a escolha de um negro para o papel. Um tal de "Conselho dos Cidadãos Conservadores" promoveu um boicote ao filme por causa disso.

Vejam bem, eu não acho que isso é racismo. Caramba, tudo bem, é quadrinho, fantasia... mas é baseado na mitologia nórdica! Realmente, não faz sentido nenhum a escolha do DJ pro papel. Qual o sentido nisso? O politicamente correto? Tenho acompanhado inclusivo o comentário de pessoas negras que não vêem lógica na escolha.

E se fosse o contrário? E se alguém escolhesse um ator branco para o papel de alguma divindade africana ou algo parecido da cultura negra? Com certeza, acusariam os responsáveis de racismo, de neonazista e blá blá blá. Isso não passa de uma tremenda hipocrisia.

Temos que ser politicamente corretos então? Num filme sobre vikings, coloquem um negro no meio, afinal, é racista pensar que eles eram somente ruivos ou loiros. Ou então numa futura adaptação de Camelot, coloquem um dos cavaleiros como negro. Francamente, tem coisa que é o cúmulo da estupidez.

Ainda nessa linha do absurdo, os livros de Monteiro Lobato estão sendo censurados por serem considerados racistas. Caramba, querer tirar das escolas a literatura de Lobato por causa de uma ou outra expressão sem nenhum cunho ofensivo é outra coisa absurda. É o verdadeiro atestado à ignorância, não só do povo brasileiro, mas do mundo todo.

Quem são os verdadeiros preconceituosos? Quão tênue é a linha do que é permitido ou não?

Sei lá... só espero que no futuro eu não seja proibido de chamar um amigo negro de... "negro". Se eu chamo um branquelo de "alemão", tudo bem... mas se eu chamo um negro de negro estou sendo racista?

É... não consigo entender o politicamente correto.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Os tempos estão mudando


Ainda tenho acompanhado a repercussão do caso WikiLeaks (afinal, não se fala em outra coisa). Li alguns textos interessantes sobre os problemas que a divulgação dos documentos secretos (alguns nem tanto assim) acarretará - e isso porque muito POUCO foi revelado até o momento. Um deles envolve a repressão.

Tudo isso serviu pra mostrar como o conceito de liberdade de expressão é extremamente frágil, como já comentei no post passado. Pra mim, isso não passou sempre de uma grande mentira. Como ex-jornalista, sei que a liberdade vai até onde aqueles que seguram a coleira permitem. Lembro uma vez que falei sobre nepotismo na prefeitura quando trabalhava numa rádio e depois levei um puxão de orelha do dono, já que o prefeito bancava o lugar e não podia falar essas coisas...

Enfim, a WikiLeaks provou internacionalmente que a liberdade de expressão é ilusória. A CIA passou a combater os atacar blogues e sites que lutam contra a corrupção política e militar nos EUA, perfis de hackers usuários do Facebook que publicamente apoiam Assange foram excluídos... e agora a censura passa pro Twitter, com o tema WikiLeaks não aparecendo nos Trand Topics do site. Se abusar, daqui a pouco até um bloguezinho mixuruca como o meu passa a sofrer censura, haha!

É, isso é a prova da Nova Ordem Mundial que está por vir, meus amigos. Eles tentam encher vocês com o "pão e circo", evitando que pensem a todo custo. E quando surge algo que os faz pensar, é prontamente censurado. Porque não é isso que querem. Vocês estão proibidos de pensar!

O que vocês acham? A WikiLeaks foi o estopim pra repressão cibernética, na minha opinião. As coisas só irão piorar, daqui pra frente. Tudo com a justificativa de proteger os direitos alheios. Tudo isso caminha pra NOM - a Nova Ordem Mundial, tão alardeada pelos teóricos da conspiração. Enfim, isso é uma algo bem possível e aterrorizante.

E sabe o que é pior? As pessoas não conseguem ver a verdade nem quando está diante de seus olhos. É capaz que o povo aceite de bom grado as mudanças e passe a viver definitivamente como o rebanho que sempre aparentou.

The times they are a-changin...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma ditadura disfarçada



Tenho acompanhado toda a repercussão em torno da WikiLeaks e o desdobramento mais interessante ocorreu agora, após a prisão do Assange, com os ataques promovidos pelo grupo "Anonymous" (cujo símbolo ilustra o post de hoje). Quem são os verdadeiros terroristas da história?

Os EUA sempre se gabaram de ser a terra da liberdade, da oportunidade, e blá blá blá. Entretanto, isso só funciona da boca pra fora, como sempre. Aliás, as pessoas são especialistas em seguir algo somente enquanto está tudo sobre controle, pulando fora do barco quando chega a tempestade.

Costumo sempre escrever aqui que vivemos uma ditadura disfarçada através do consumismo. As pessoas tem a ilusão de que todos são iguais, de que todos possuem as mesmas oportunidades, mas não é assim que funciona. O fato de você trabalhar num emprego medíocre e ter uma parca grana pra enfrentar trânsito no feriado e se apinhar com trocentas pessoas na mesma situação funciona como um cabresto pra ti... bem vindo ao pão e circo atual.

As pessoas são encorajadas à seguir o pensamento de manada. As propagandas estão cheias de informações do tipo: vista tal roupa e seja como todo mundo. Ser diferente é errado. Não pense diferente! Não ouse ser diferente! Ironicamente, as pessoas buscam tanto uma identidade própria que acabam se tornando todas iguais. Patético!

Mas, veja bem, nós temos uma válvula de escape hoje em dia! Esse é o papel da internet, que torna possível uma luta modesta contra o "sistema". Algo exemplificado pela WikiLeaks e o vazamento de dados. O direito à verdade não deveria ser comum à todos? A liberdade de expressão não deveria ser algo encorajado? Ou será que nós só deveríamos seguir a "verdade" que nos é imposta?

Apoio os ataques promovidos pelo "Anonymous" e seu desejo de vingar o WikiLeaks. Vejo isso como uma prova irrefutável do poder do virtual na busca pela liberdade de expressão. Eu sou completamente à favor da anarquia. Esses dias me perguntaram sobre política. Eu não sigo NADA: idéias são boas somente no papel, mas quando as pessoas se reúnem, elas se desvirtuam. E, sinceramente, eu não preciso de alguém dizendo o que devo fazer: eu faço aquilo que quero, na hora que quero, como quiser.

Enquanto isso, as pessoas estão perdidas na doce ilusão de viver, sem querer acordar pra realidade...

Você vive ou simplesmente existe?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A invasão das drogas culturais

O maior problemas das drogas são aqueles que as consomem. Sem consumidores, ficariamos livres desse lixo em pouco tempo. Calma, meu amigo nóia, não estou falando dos tóxicos em si: estou falando das "drogas culturais", tão ou até mais nocivas das que percorrem as bocas de fumo devido ao seu poder de corroer rapidamente a mente dos facilmente sugestionáveis.

(Mesmo porque, se é um drogado ou não, pouco me importa o que faz com a sua vida, desde que não me encha o saco)

Infelizmente, há algumas drogas que nem ao menos podem ser consideradas culturais: as subcelebridades. Eu já acho o termo celebridade uma escrotidão, não precisava nem rebaixar a palavra. O que uma celebridade faz? Absolutamente nada. É um infeliz sem talento nenhum que surge na mídia justamente porque o povão engole esse tipo de lixo. Uma pena que o conceito de artista está cada vez mais podre...

Enfim, voltando às subcelebridades, caso da - já citada por este blog - Geisy Arruda. Esses dias eu vi um trecho de um entrevista dela no "Estranho Mundo do Zé do Caixão".



Além da óbvia burrice da criatura, qual a relevância pra sociedade a entrevista com um diabo do tipo? Caramba, o Mojica é um cara inteligente... será que não tinha ninguém melhor pra entrevista não? Aliás, fico pensando qual será o tal fetiche da moça com estatura. Talvez ela tenha tara por anão... bom pro camaradinha ali!

Enfim, esse tipo de droga só existe porque tem quem consome. É realmente de dar pena ver, por exemplo, inúmeros comediantes bons na rua enquanto temos aquela porcaria do Zorra Total ou A Praça É Nossa. Ou então ouvir um Restart na rádio enquanto tem muito músico bom batalhando em barzinho por aí (como costumo dizer, estão roubando o MEU dinheiro!).

Será que as pessoas não consomem algo de qualidade? O problema é que há um conceito errado no termo "qualidade". No Brasil, costumam pensar que algo bom está restrito às elites, é algo intelectualóide. A velha questão do complexo de vira-lata: o brasileiro típico se acha indigno de conseguir algo melhor, de buscar algo melhor pra si, então se contenta com seu pagode, futebolzinho e novela das oito... tsc, tsc.

Quando falo em qualidade, não estou me referindo à música clássica ou algo do tipo. É possível você fazer um rock MUITO bom, com sonoridade marcante e voltada pro povo. Mesmo porque o termo "indie" ou alternativo nunca me atraiu... se for pra ser conhecido por meia dúzia só, prefiro largar tudo. Isso pra mim é um complexo de perdedor... "Ah, minha música não é compreendida pela maioria"... balela!

Enfim, pra mudar isso, só mudando a mentalidade do povo brasileiro. Só quando ele quiser mais. Mas ele se contenta com tão pouco, né? Caramba, você tem um mundo inteiro à sua disposição e vai se contentar com somente aquilo que vê?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A vida dá um jeito


Após grandes especulações e estardalhaço, a NASA anunciou nesta quinta feira uma descoberta importante pra ciência: uma bactéria que incorpora o arsênico ao seu DNA, elemento venenoso que supostamente não deveria fazer parte da química da vida - os elementos tradicionais são o fósforo, o carbono, o hidrogênio, o nitrogênio, o oxigênio e o enxofre.

Muita gente esperava revelações bombásticas em relação à extraterrestres - talvez relacionados com o vazamento de dados da WikiLeaks, quem sabe? Vai que um líder mundial aí é um ET disfarçado!

Enfim, eu esperava algo emocionante. Não deixa de ser algo importante, mas é meio óbvio até. É muita prepotência achar que a vida só acontece da forma como conhecem. O ser humano tem a mania de achar que sabe de tudo e que só aquilo que consegue enxergar é real. É como costumo dizer: enxergam os ponteiros do relógio, mas não vêem todo o maquinário que faz ele girar.

Já parou pra pensar que vocês podem não ter importância nenhuma pra vastidão da galáxia em si? Que estão isolados nos confins dos cosmo, visitados ocasionalmente por algum ET que virou à esquerda ao invés da direita na Alfa Centauro e só parou aqui pra mijar e bater umas fotos? Que são como uma cidadezinha de caipiras com suas crenças primitivas, ridicularizados pelos outros?

Claro, são só especulações. Mas eu vejo a Terra como a América antes do descobrimento. Sim, vocês são os índios, só aguardando a chegada das caravelas. Hmmmm... se isso acontecesse, seria interessante, levando em conta que os europeus acabaram com boa parte das civilizações indígenas. Imagina só: o ser humano, com toda sua arrogância, vendo que não sabe nada de nada. Quanto tempo ainda temos?

Deixando as piadas de lado, a "descoberta" da NASA abre espaço pra inúmeras novas pesquisas e maneiras diferentes de enxergar o universo. Aliás, se a vida só existisse como conhecemos na Terra, seria algo muito chato. Eu quero todas as pirações que vejo nos livros e filmes de ficção científica!

A vida é capaz de florescer mesmo no lugar mais inóspito... o Criador possui uma imaginação fértil, saibam disso. Por outro lado, tudo aquilo que vive o ser humano tem o dom de destruir. Eu vou esperar por caravelas.

A verdade está lá fora, meus amigos.