quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010 e minhas ponderações


Último post no ano, já que em breve fugirei de toda essa muvuca de Reveillon me enfiando em algum buraco qualquer e não postarei tradicionalmente na sexta. Então hoje vai ser algo mais relaxado mesmo, porque estou na correria. Todo mundo animado pra festança?

Tava fazendo um balanço do ano que passou. Este foi um dos mais agitados ultimamente. Não num sentido positivo, mas de tanta coisa que aconteceu comigo, que me fez pensar e mudar minha maneira de ser. E isso em vários sentidos: profissional, relacionamento, saúde... foi um verdadeiro ano de transições.

Mas não é assim que sempre deveria ser? Sinceramente, eu gosto de desafios. Nos últimos anos, tudo estava bem, tudo caminhava numa boa, mas era meio... chato, vamos dizer. A gente não aprende nada quando tudo dá certo. São as dificuldades que nos moldam e tornam aquilo que somos. Só assim ganhamos sabedoria e conhecimento, e isto é o mais importante na vida pra mim.

Eu mudei? Creio que sim. Muitas pessoas me falaram isso. Vários acontecimentos no primeiro semestre foram modificando minha personalidade, culminando em uma grande mudança no meio do ano. Enfim, eu basicamente deixei de me preocupar tanto com as coisas. Passei a me preocupar mais comigo, a fazer minhas vontade. E mandei tudo à merda.

Continuo o mesmo, basicamente. Só estou ainda mais cínico, sarcástico e egocêntrico. E isso não me estragou, sacam? Fez com que eu voltasse no tempo, pra minha real personalidade que passou muito tempo adormecida. Isso me fez muito bem... fez com que eu me reencontrasse!

Então, apesar do pesares, termino o ano de 2010 muito animado! Vejo esse ano como um período de preparação para as mudanças verdadeiras que ocorrerão agora, em 2011. Eu não estaria preparado pra elas sem esses agitos recentes. Então só tenho o que agradecer!

Agradecer e, piegas e clichê, desejar pra todos um feliz Ano Novo! Que mais e mais problemas aconteçam em suas vidas e que vocês consigam tirar tudo de letra e crescer com isso! Não, nada de dinheiro, amores perfeitos e blá blá blá... CORRAM atrás daquilo que acreditam! Não percam tempo com promessas... orações e anseios não salvam ninguém: SEJAM a mudança que tanto buscam!

Feliz 2011!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Meu top 10 de melhores músicas de todos os tempos



Fim de ano chegando e algo que nunca sai de moda são as famigeradas listas top das coisas que marcaram o ano. Pois falando nelas, eu estava lendo esses dias a edição especial da revista Rolling Stone que elege as 500 maiores músicas de todos os tempos. Uma leitura bem agradável pra acompanhar todo o panorama musical do século passado e deste começo de século.

Claro que há algumas escolhas questionáveis, mas, enfim, vivemos numa democracia e cada um tem seu gosto peculiar. Eu mesmo sou bem eclético... acho que o pior erro que existe é você se encaixar num estereótipo ou fazer parte de algum grupo. Claro, isso é devido ao meu egocentrismo, mas todo mundo já sabe disso mesmo, hehe!

No final da edição há um compacto dos números da lista. Interessante ver que a maioria das músicas eleitas as melhores de todos os tempos são da década de 60 (com 195 eleitas!) e 70 (com 131). É até vergonhoso ver que atualmente não há quase nada que preste, quase nada que seja marcante (na lista, 2000 entra com 27 músicas e os anos 90 com 21). Vergonhoso, mas nenhuma novidade em nosso mundo fast food. Falta muita criatividade atualmente...

Há ainda na edição a opinião de músicos conceituados como Brian Wilson, Ozzy Osbourne, Slash, James Hetfield, entre outros, escolhendo o seu "top 10" de músicas. Fiquei pensando após a leitura no MEU top 10. Caramba, é uma tarefa muito ingrata escolher 10 músicas, mas vou tentar lembrar de canções que foram marcantes pra mim.

1. "Roundabout" (Yes)
Injustamente, não há NADA de Yes na lista da Rolling Stone. Caramba, como isso? A banda tinha tudo: excelentes harmonias vocais, instrumentistas virtuosos, melodias marcantes... Rock Progressivo é considerado chato por muitas pessoas. Pra mim, Roundabout é a prova de que NÃO é, principalmente em sua versão ao vivo, mais agitada.

2. "Stairway to Heaven" (Led Zeppelin)
Sempre fui meio preconceituoso com modismos. Nunca tinha prestado atenção em Stairway to Heaven... só conhecia o riff inicial, mas nunca me interessei em ouvir direito. Até o dia que ouvi meu irmão escutando-a... havia chegado na parte do "Oh, It Makes Me Wonder" e achei a melodia fantástica! Só aí fui ouvir com mais atenção. É, preconceito é uma merda mesmo...

3. "Space Truckin" (Deep Purple)
Deep Purple é uma das minhas bandas favoritas e essa é melhor canção deles, na minha opinião. Desde o riff marcante, que gruda na cabeça, até o vocal explosivo do Ian Gillan, pra mim é uma trilha sonora "putônica", uma das melhores músicas pra se ouvir com o volume no máximo.

4. "Baba O'Riley" (The Who)
A união entre o hard rock e o eletrônico. Todo o peso da música, com a interpretação majestosa de Daltrey e a linha melancólica cantada por Townshend ("Dont Cry/Don't Raise Your Eyes/It's Only Teenage Wasteland"), encerrando com um solo de violino com inspiração indiana. Realmente mágico.

5. "Space Oddity" (David Bowie)
Eu costumo dizer que a música boa pra mim é aquela que causa arrepios quando eu a escuto. Foi o que aconteceu quando ouvi pela primeira vez Space Oddity, na parte "Here, am I floating round my tin can". Uma melodia que te leva pro espaço, literalmente.

6. "Supper's Ready" (Genesis)
Outro clássico do Rock Progressivo. Apesar de grande, não é uma música cansativa. É a união da música com o teatro, graças à performance de Peter Gabriel. Uma canção verdadeiramente épica e de tirar o fôlego, que é ainda melhor vista ao vivo.

7. "You Really Got Me" (The Kinks)
The Kinks deveria ser muito mais conhecido aqui no Brasil. Adoro o sarcasmo e a ironia de Ray Davies. Ouvi You Really Got Me pela primeira vez jogando Battlefield Vietnam (que por sinal tem uma ótima seleção de músicas da época) e desde então pirei pelo Kinks. Essa música é uma das precursoras do Heavy Metal.

8. "I Can't Stand Losing You" (The Police)
Essa é outra canção que surgiu do nada pra mim. Meu irmão assistiu de madrugada na MTV e no dia seguinte a gente tava procurando a música na net. Claro, eu conhecia o básico do Police, mas I Can't Stand Losing You tem um ritmo muito gostoso e agitado.

9. "Wouldn't Be Nice" (The Beach Boys)
Uma música bonitinha que fala sobre o amor de uma forma inocente e pura. Acho a trilha sonora ideal pra esses romances inesperados de férias ou coisa parecida. Além disso, foi a música que fez eu prestar mais atenção nos Beach Boys - nem preciso comentar nada sobre o vocal deles, né?

10. "Suite: Judy Blue Eyes" (CSN)
Crosby, Stills e Nash são os reis da harmonia vocal pra mim. A voz deles é tão perfeita, combina de forma tão única, que parece irreal. Suite: Judy Blue Eyes é uma canção de Stills para sua ex-namorada, Judy Collins, e fala sobre a separação do casal. Eu queria que meus pés-na-bunda me fizessem escrever algo assim...

Poxa, eu podia colocar muito mais... é muito injusto mesmo escolher somente 10. Mas, aproveitando então esse clima de fim de ano, está aí a minha lista de melhores canções (pra variar, NENHUMA atual, hehe). Fica a dica pra quem curte boa música (alguém?) vasculhar um pouco, fugir da mesmice atual.

Logo mais eu volto com o último post do ano!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Então é Natal... e daí?


Sou só eu ou mais alguém aqui não liga pro Natal? Sério, pra mim a data não tem relevância nenhuma. Respeito quem gosta, mas pra mim muitos falam da boca pra fora sobre a data, assim como falam da mesma maneira sobre amor ou religião, por exemplo.

Vamos lá: o motivo principal pra mim é reunir a família e comer bem. Felizmente, isso eu já tenho na maioria das noites do ano. Afinal, estou sempre junto dos meus pais e irmãos e, diga-se de passagem, os dotes culinários da maioria aqui são excelentes! Até aqui então, dane-se o Natal.

O lado religioso é esquecido pela maioria das pessoas. Toda a história do nascimento de Jesus e tudo mais - que, por sinal, NÃO nasceu no dia 25 de dezembro - transforma-se no aumento da atividade econômica com todos os presentes associados à data. Claro, esse é o principal motivo da comemoração, assim como de qualquer outra data comemorativa ao longo do ano: desculpas esfarrapadas pra aquecer a economia.

Sem contar que, pra nossa cultura, nada disso faz sentido. Estamos num puta de um calorão e vemos nas propagandas o bom velhinho todo encapotado, toda aquela neve que boa parte da população nunca viu... simplesmente ridículo. Eu tenho pena dos aposentados que fazem bico de Papai Noel, com toda essa vestimenta.

Enfim, toda paz, fraternidade e amor desejados hoje deviam permanecer por todo ano. O irritante pra mim é a hipocrisia. Às vezes você pega famílias ou conhecidos onde ninguém se bica, e todo mundo desejando Feliz Natal e entoando canções natalinas por uma noite... tosco ao extremo!

Nunca liguei pra datas mesmo. Até meu aniversário eu me recuso a comemorar. Acho que você não precisa de uma dia pra expressar os valores citados acima ou mostrar pra alguém o quanto essa pessoa é especial. Eu costumo fazer isso diariamente, através dos meus atos.

Toda essa bronca minha pode parecer algo amargo, mas não é não... só um pouquinho de sarcasmo e ironia, pra variar!

E, convenhamos, presentão de Natal quem ganhou mesmo foram os nossos parlamentares, com o aumento de salário do Legislativo! Enquanto o povo luta por um aumento mixuruca de 30 reais, eles aprovam em tempo recorde um projeto pra aumentar o deles em cerca de 10 mil reais! Êêêê, Brasilzão!!!

Mas então é Natal...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Espero morrer antes de ficar velho

O título do post hoje é uma das linhas mais conhecidas do rock'n'roll, na canção My Generation, do Who - diga-se de passagem, uma das minhas bandas favoritas. Pra mim, a expressão "I hope I die before I get old" pode ser usada num contexto atual pra sintetizar a velhice idiota que temos hoje em dia, em que as pessoas sofrem da Síndrome do Peter Pan: querem viver uma eterna juventude, como se envelhecer fosse uma doença.

Ligue a TV e você verá inúmeros "artistas" que seguem essa linha. Caramba, o que há de errado em ser velho? Lembro quando tinha o programa do João Kléber (desaparecido, graças a Deus) e eu e meus irmãos zoávamos do visual "meninão" dele. Claro, eu sou suspeito pra dizer algo, já que ainda vivo nos anos 70: naquela época, as pessoas pareciam adultas. Porra, pegue os grupos de rock do passado e compare com a criançada que temos hoje. Essa galera "happy rock" tem 20 anos e cacetada, mas parece uma molecada de 12!

Mas, voltando ao assunto, uma das pessoas que mais exemplifica essa velhice idiota atual é a Susana Vieira. Dá até pena: ela quer parecer tão jovial, tão meninona, que vira e mexe vive pagando mico. Até a arrogância dele é provavelmente um escudo pelo fato de tão ridícula que é. Digna de pena mesmo. A última idiotice dela foi protagonizada na droga do Domingão do Faustão:



Tem mais uma parte (que não vou postar aqui porque o youtube apaga tudo) dela sentando no colo do namorado e ficando com os peitos de fora. Se alguém gosta de bizarrice, é só procurar no youtube.

Veja bem: nada contra idosos. Nada contra quem é jovial de verdade: quem leva a vida numa boa, sem pesar as coisas por causa da idade, quem sabe aproveitar tudo independente do passar dos anos. O problema é quando não há senso do ridículo. Quando querem mostrar uma mocidade artificial. Caramba, a mulher tem quase 70 anos pra ficar fazendo papel de otária na TV. Péssima atriz, cantora medíocre... como diabos alguém dá ibope pra uma porcaria dessas? É aquilo que sempre falo aqui: estão tirando grana daqueles que merecem. Daqueles que atuam, que cantam de verdade. É realmente um absurdo.

Envelhecer não é algo ruim. Nunca foi. Não é uma doença. Inúmeras coisas boas surgem com o tempo. Ainda sou novo... tenho 26 anos. Mas estou certo de que terei muito orgulho das minhas rugas e cabelos brancos. Ser jovial ou não é simplesmente um estado de espírito. Não há como forçar a barra ou parecer aquilo que não somos. Fica tosco. Fica artificial. Ou simplesmente ridículo, como no caso citado acima.

Portanto, ao contrário do Who, eu não espero morrer antes de ficar velho. Que isso aconteça antes de me tornar ridículo.

Isso sim é pior do que envelhecer.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A era do politicamente correto


Um post mais nerd, pra variar, mas com um tema que achei bizarro. Pra quem não sabe (e eu creio que a maioria não deve saber), o camarada grandão do desenho ali é o Heimdall, um deus da mitologia nórdica, da forma como aparece nos quadrinhos do Thor - que, por sinal, não acompanho... nunca fui nerd de quadrinhos. Já o camarada à direito é um tal de Idris Elba, DJ de Hip Hop - que, por sinal, nunca vi mais gordo.

A polêmica? Ele irá interpretar o deus nórdico citado na adaptação do Thor para o cinema, o que levou um monte de gente a protestar com a escolha de um negro para o papel. Um tal de "Conselho dos Cidadãos Conservadores" promoveu um boicote ao filme por causa disso.

Vejam bem, eu não acho que isso é racismo. Caramba, tudo bem, é quadrinho, fantasia... mas é baseado na mitologia nórdica! Realmente, não faz sentido nenhum a escolha do DJ pro papel. Qual o sentido nisso? O politicamente correto? Tenho acompanhado inclusivo o comentário de pessoas negras que não vêem lógica na escolha.

E se fosse o contrário? E se alguém escolhesse um ator branco para o papel de alguma divindade africana ou algo parecido da cultura negra? Com certeza, acusariam os responsáveis de racismo, de neonazista e blá blá blá. Isso não passa de uma tremenda hipocrisia.

Temos que ser politicamente corretos então? Num filme sobre vikings, coloquem um negro no meio, afinal, é racista pensar que eles eram somente ruivos ou loiros. Ou então numa futura adaptação de Camelot, coloquem um dos cavaleiros como negro. Francamente, tem coisa que é o cúmulo da estupidez.

Ainda nessa linha do absurdo, os livros de Monteiro Lobato estão sendo censurados por serem considerados racistas. Caramba, querer tirar das escolas a literatura de Lobato por causa de uma ou outra expressão sem nenhum cunho ofensivo é outra coisa absurda. É o verdadeiro atestado à ignorância, não só do povo brasileiro, mas do mundo todo.

Quem são os verdadeiros preconceituosos? Quão tênue é a linha do que é permitido ou não?

Sei lá... só espero que no futuro eu não seja proibido de chamar um amigo negro de... "negro". Se eu chamo um branquelo de "alemão", tudo bem... mas se eu chamo um negro de negro estou sendo racista?

É... não consigo entender o politicamente correto.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Os tempos estão mudando


Ainda tenho acompanhado a repercussão do caso WikiLeaks (afinal, não se fala em outra coisa). Li alguns textos interessantes sobre os problemas que a divulgação dos documentos secretos (alguns nem tanto assim) acarretará - e isso porque muito POUCO foi revelado até o momento. Um deles envolve a repressão.

Tudo isso serviu pra mostrar como o conceito de liberdade de expressão é extremamente frágil, como já comentei no post passado. Pra mim, isso não passou sempre de uma grande mentira. Como ex-jornalista, sei que a liberdade vai até onde aqueles que seguram a coleira permitem. Lembro uma vez que falei sobre nepotismo na prefeitura quando trabalhava numa rádio e depois levei um puxão de orelha do dono, já que o prefeito bancava o lugar e não podia falar essas coisas...

Enfim, a WikiLeaks provou internacionalmente que a liberdade de expressão é ilusória. A CIA passou a combater os atacar blogues e sites que lutam contra a corrupção política e militar nos EUA, perfis de hackers usuários do Facebook que publicamente apoiam Assange foram excluídos... e agora a censura passa pro Twitter, com o tema WikiLeaks não aparecendo nos Trand Topics do site. Se abusar, daqui a pouco até um bloguezinho mixuruca como o meu passa a sofrer censura, haha!

É, isso é a prova da Nova Ordem Mundial que está por vir, meus amigos. Eles tentam encher vocês com o "pão e circo", evitando que pensem a todo custo. E quando surge algo que os faz pensar, é prontamente censurado. Porque não é isso que querem. Vocês estão proibidos de pensar!

O que vocês acham? A WikiLeaks foi o estopim pra repressão cibernética, na minha opinião. As coisas só irão piorar, daqui pra frente. Tudo com a justificativa de proteger os direitos alheios. Tudo isso caminha pra NOM - a Nova Ordem Mundial, tão alardeada pelos teóricos da conspiração. Enfim, isso é uma algo bem possível e aterrorizante.

E sabe o que é pior? As pessoas não conseguem ver a verdade nem quando está diante de seus olhos. É capaz que o povo aceite de bom grado as mudanças e passe a viver definitivamente como o rebanho que sempre aparentou.

The times they are a-changin...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma ditadura disfarçada



Tenho acompanhado toda a repercussão em torno da WikiLeaks e o desdobramento mais interessante ocorreu agora, após a prisão do Assange, com os ataques promovidos pelo grupo "Anonymous" (cujo símbolo ilustra o post de hoje). Quem são os verdadeiros terroristas da história?

Os EUA sempre se gabaram de ser a terra da liberdade, da oportunidade, e blá blá blá. Entretanto, isso só funciona da boca pra fora, como sempre. Aliás, as pessoas são especialistas em seguir algo somente enquanto está tudo sobre controle, pulando fora do barco quando chega a tempestade.

Costumo sempre escrever aqui que vivemos uma ditadura disfarçada através do consumismo. As pessoas tem a ilusão de que todos são iguais, de que todos possuem as mesmas oportunidades, mas não é assim que funciona. O fato de você trabalhar num emprego medíocre e ter uma parca grana pra enfrentar trânsito no feriado e se apinhar com trocentas pessoas na mesma situação funciona como um cabresto pra ti... bem vindo ao pão e circo atual.

As pessoas são encorajadas à seguir o pensamento de manada. As propagandas estão cheias de informações do tipo: vista tal roupa e seja como todo mundo. Ser diferente é errado. Não pense diferente! Não ouse ser diferente! Ironicamente, as pessoas buscam tanto uma identidade própria que acabam se tornando todas iguais. Patético!

Mas, veja bem, nós temos uma válvula de escape hoje em dia! Esse é o papel da internet, que torna possível uma luta modesta contra o "sistema". Algo exemplificado pela WikiLeaks e o vazamento de dados. O direito à verdade não deveria ser comum à todos? A liberdade de expressão não deveria ser algo encorajado? Ou será que nós só deveríamos seguir a "verdade" que nos é imposta?

Apoio os ataques promovidos pelo "Anonymous" e seu desejo de vingar o WikiLeaks. Vejo isso como uma prova irrefutável do poder do virtual na busca pela liberdade de expressão. Eu sou completamente à favor da anarquia. Esses dias me perguntaram sobre política. Eu não sigo NADA: idéias são boas somente no papel, mas quando as pessoas se reúnem, elas se desvirtuam. E, sinceramente, eu não preciso de alguém dizendo o que devo fazer: eu faço aquilo que quero, na hora que quero, como quiser.

Enquanto isso, as pessoas estão perdidas na doce ilusão de viver, sem querer acordar pra realidade...

Você vive ou simplesmente existe?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A invasão das drogas culturais

O maior problemas das drogas são aqueles que as consomem. Sem consumidores, ficariamos livres desse lixo em pouco tempo. Calma, meu amigo nóia, não estou falando dos tóxicos em si: estou falando das "drogas culturais", tão ou até mais nocivas das que percorrem as bocas de fumo devido ao seu poder de corroer rapidamente a mente dos facilmente sugestionáveis.

(Mesmo porque, se é um drogado ou não, pouco me importa o que faz com a sua vida, desde que não me encha o saco)

Infelizmente, há algumas drogas que nem ao menos podem ser consideradas culturais: as subcelebridades. Eu já acho o termo celebridade uma escrotidão, não precisava nem rebaixar a palavra. O que uma celebridade faz? Absolutamente nada. É um infeliz sem talento nenhum que surge na mídia justamente porque o povão engole esse tipo de lixo. Uma pena que o conceito de artista está cada vez mais podre...

Enfim, voltando às subcelebridades, caso da - já citada por este blog - Geisy Arruda. Esses dias eu vi um trecho de um entrevista dela no "Estranho Mundo do Zé do Caixão".



Além da óbvia burrice da criatura, qual a relevância pra sociedade a entrevista com um diabo do tipo? Caramba, o Mojica é um cara inteligente... será que não tinha ninguém melhor pra entrevista não? Aliás, fico pensando qual será o tal fetiche da moça com estatura. Talvez ela tenha tara por anão... bom pro camaradinha ali!

Enfim, esse tipo de droga só existe porque tem quem consome. É realmente de dar pena ver, por exemplo, inúmeros comediantes bons na rua enquanto temos aquela porcaria do Zorra Total ou A Praça É Nossa. Ou então ouvir um Restart na rádio enquanto tem muito músico bom batalhando em barzinho por aí (como costumo dizer, estão roubando o MEU dinheiro!).

Será que as pessoas não consomem algo de qualidade? O problema é que há um conceito errado no termo "qualidade". No Brasil, costumam pensar que algo bom está restrito às elites, é algo intelectualóide. A velha questão do complexo de vira-lata: o brasileiro típico se acha indigno de conseguir algo melhor, de buscar algo melhor pra si, então se contenta com seu pagode, futebolzinho e novela das oito... tsc, tsc.

Quando falo em qualidade, não estou me referindo à música clássica ou algo do tipo. É possível você fazer um rock MUITO bom, com sonoridade marcante e voltada pro povo. Mesmo porque o termo "indie" ou alternativo nunca me atraiu... se for pra ser conhecido por meia dúzia só, prefiro largar tudo. Isso pra mim é um complexo de perdedor... "Ah, minha música não é compreendida pela maioria"... balela!

Enfim, pra mudar isso, só mudando a mentalidade do povo brasileiro. Só quando ele quiser mais. Mas ele se contenta com tão pouco, né? Caramba, você tem um mundo inteiro à sua disposição e vai se contentar com somente aquilo que vê?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A vida dá um jeito


Após grandes especulações e estardalhaço, a NASA anunciou nesta quinta feira uma descoberta importante pra ciência: uma bactéria que incorpora o arsênico ao seu DNA, elemento venenoso que supostamente não deveria fazer parte da química da vida - os elementos tradicionais são o fósforo, o carbono, o hidrogênio, o nitrogênio, o oxigênio e o enxofre.

Muita gente esperava revelações bombásticas em relação à extraterrestres - talvez relacionados com o vazamento de dados da WikiLeaks, quem sabe? Vai que um líder mundial aí é um ET disfarçado!

Enfim, eu esperava algo emocionante. Não deixa de ser algo importante, mas é meio óbvio até. É muita prepotência achar que a vida só acontece da forma como conhecem. O ser humano tem a mania de achar que sabe de tudo e que só aquilo que consegue enxergar é real. É como costumo dizer: enxergam os ponteiros do relógio, mas não vêem todo o maquinário que faz ele girar.

Já parou pra pensar que vocês podem não ter importância nenhuma pra vastidão da galáxia em si? Que estão isolados nos confins dos cosmo, visitados ocasionalmente por algum ET que virou à esquerda ao invés da direita na Alfa Centauro e só parou aqui pra mijar e bater umas fotos? Que são como uma cidadezinha de caipiras com suas crenças primitivas, ridicularizados pelos outros?

Claro, são só especulações. Mas eu vejo a Terra como a América antes do descobrimento. Sim, vocês são os índios, só aguardando a chegada das caravelas. Hmmmm... se isso acontecesse, seria interessante, levando em conta que os europeus acabaram com boa parte das civilizações indígenas. Imagina só: o ser humano, com toda sua arrogância, vendo que não sabe nada de nada. Quanto tempo ainda temos?

Deixando as piadas de lado, a "descoberta" da NASA abre espaço pra inúmeras novas pesquisas e maneiras diferentes de enxergar o universo. Aliás, se a vida só existisse como conhecemos na Terra, seria algo muito chato. Eu quero todas as pirações que vejo nos livros e filmes de ficção científica!

A vida é capaz de florescer mesmo no lugar mais inóspito... o Criador possui uma imaginação fértil, saibam disso. Por outro lado, tudo aquilo que vive o ser humano tem o dom de destruir. Eu vou esperar por caravelas.

A verdade está lá fora, meus amigos.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Me sentindo um viajante astral...

Depois de um pequeno atraso, aqui estou com as habituais atualizações do blog. E hoje o post vai ser mais pessoal... tive um fim de semana maravilhoso e gostaria de compartilhar com vocês. Afinal, nem sempre é bom ler apenas críticas e mais críticas mau humoradas. Nada como uma postagem leve pra relaxar...

No último domingo fui curtir o Yes em São Paulo e estou até agora pasmo com o show. Foi algo fodástico mesmo. Aliás, esse foi o show mais rock'n'roll que fui recentemente. Me senti em casa entre os barbados e cabeludos locais (e, claro, entre as belas roqueiras de SP - o que me faz detestar ainda mais Taubaté), curtindo um rock de verdade, não frescurada poser por aí (na verdade, só tinha um bêbado chato - mas muito engraçado - por perto).

Enfim, o show foi espetacular. Muitos reclamaram que não seria a mesma coisa sem o Jon Anderson, mas eu achei o Benoit David uma substituição à altura. O timbre é bem parecido e o cara canta pra caralho também. Certamente, as harmonias vocais do Yes servem de muita inspiração pra mim e meus irmãos, e elas continuam excelentes, pra variar (destaque pro vocal fodástico do Chris Squire nas harmonias).

Quanto ao teclado, o Oliver Wakeman não tem a mesma presença do pai, mas não compromete a apresentação, mesmo não viajando nas loucuras espaciais como Rick Wakeman. Já o Alan White demonstrou sinais de cansaço: a bateria não foi nada excepcional (inclusive achei o solo dele em Astral Traveller bem fraquinho).

E o que falar do Chris Squire? O baixo continua com a mesma pegada de sempre... simplesmente é muito foda ver Squire debulhando o instrumento em Roundabout e outras canções. Além de tudo, ele parecia bem à vontade, interagindo com o povo... tava bem simpático!

Só tenho uma coisa a falar sobre Steve Howe: mito. Eu poderia passar o tempo todo falando de sua habilidade na guitarra, mas isso seria muito óbvio. É como se ele e seu instrumento fossem uma coisa só. Quem não o conhece olha pro cara, com seu visual de "múmia", de cientista louco, e pode não dar nada... até o momento em que ele começa a tocar e mostra porque é considerado um dos melhores guitarristas do mundo! Só estando lá e vendo ele solando do seu lado pra saber mesmo... uma emoção indescritível.

Apesar de curto (e do atraso de uma hora e vinte graças às nossas companhias aéreas), eu achei o show fantástico. Certamente um dos melhores que fui ultimamente. E, mesmo com a reclamação do povo sobre a falta do Jon Anderson, do repertório pequeno e todo blá blá blá... caralho, é Yes! E, pra mim, isso foi uma oportunidade única!

Caso duvidem de como foi foda, isso aqui não me deixa mentir:



E pensar que uma semana depois o mesmo palco vai receber o Restart... quase como ir do céu ao inferno em questão de dias!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rio 40 Graus


E mais uma vez o Rio de Janeiro está em pé de guerra. É um absurdo num país como o nosso coisas do tipo acontecerem, ainda mais se formos levar em conta que sediaremos a Copa e as Olímpiadas nos próximos anos. O mais absurdo é ver o poderio dos criminosos e sua mobilização. E, obviamente, quem paga o pato com a onda de violência é o população.

Como viver com tamanha insegurança? Aliás, não é preciso nem ir muito longe: eu não me sinto nem um pouco seguro neste fim de mundo onde vivo. Sempre fui meio paranóico com essa questão da segurança, talvez pelo fato de ter morado boa parte da minha vida no Rio de Janeiro. Eu, particularmente, não confio em ninguém. Vivo pasmo com conhecidos que dão trela pra desconhecidos na rua, que pegam carona com estranhos e etc e tal.

Vivemos num estado perpértuo de medo, mas mascaramos as coisas. Achamos que levamos uma vida normal para não enlouquecermos. A civilização, a sociedade... tudo isso é uma grande piada, sustentada por um pilar muuuuito frágil. Lembram-se dos ataques do PCC há alguns anos? Como bastou um simples movimento para que uma cidade como São Paulo ficasse vazia, com o povo acuado como ratos em suas casas?

Ações como a que ocorrem no Rio neste momento são um teste. Creio que é possível consertar as coisas, mas para isso é preciso combater a corrupção e obedecer as leis. Num post antigo, eu perguntei do que o brasileiro reclamava sobre os corruptos se ele era tão corrupto quanto! Como exigir algo dos outros se você não segue nada disso? Infelizmente, no Brasil, impera a impunidade e o jogo de cintura. E sem um pulso firme pra combater esse "mal", nada dará certo!

É como no bom e velho "O Príncipe"... depois de um momento de bagunça e insanidade, tá na hora de alguém aparecer e colocar ordem na casa. E quem será essa pessoa?

Não quero ser pessimista, mas há uma tempestade se aproximando...

domingo, 21 de novembro de 2010

O Papa e o preservativo

Recentemente, o Papa Bento 16 admitiu o uso de preservativos em determinados casos, em especial para reduzir o risco de contágio do vírus HIV. Mesmo assim, o próprio Vaticano diz que isso não é uma grande revolução, já que fica restrito a casos excepcionais. Para mim, nada mais do que um pequeno passo, mas ainda assim um avanço.

Eu só não consigo entender o motivo de tanto estardalhaço. O que a igreja pensa? Que a liberação dos preservativos tornará as pessoas promíscuas? Que amanhã estarão todos trepando nas ruas porque o Papa autorizou o uso da camisinha? As pessoas fazem o que querem, independente do que determinada instituição diz ou não. O ato mais sensato seria justamente pregar à favor dos preservativos. O problema é que as religiões pararam no tempo e tratam seus devotos como no passado, como cordeirinhos manipuláveis.

O mais importante pra mim é: Deus me amaria menos por fazer sexo com ou sem preservativo? Eu posso ser uma pessoa moralmente boa, mas o fato de transar sem preservativo me condenaria ao inferno? Lembrando que a Igreja proibe o uso de preservativos mesmo entre casais estáveis. Sinceramente, isso não faz sentido nenhum. E, aliás, pra mim não faria sentido nem se eu fosse a pessoa mais promíscua do mundo (eu ainda chego lá!).

Não seria uma atitude mais correta se simplesmente liberassem o uso dos preservativos? Isso evitaria gravidez indesejadas entre a maioria dos casais, que colocam crianças inocentes no mundo sem as mínimas condições de cuidá-las ou sustentá-las. Evitaria a propagação de inúmeras doenças. Aliás, o ato de usar preservativos é se cuidar, respeitar o seu corpo. Será que os religiosos não vêem que apoiar isso é muito melhor do que se sustentar em pregações que mal funcionavam na antiguidade?

O que eu faço entre quatro paredes diz respeito somente a mim. Não acho que Deus me amaria menos por gostar de sexo, por não usar preservativos ou blá blá blá. Afinal, não estou fazendo mal para ninguém - a menos que eu vá lidar com corações partidos depois de uma boa noitada, claro!

Enfim, seja como for, eu vejo isso como um avanço. Acredito que um dia as religiões irão ouvir e atender as necessidades de seus devotos. Acredito numa revolução... nada muito extravagante! É a simples questão de ouvir e adequar os seus ensinamentos à atualidade, coisa que nenhuma religião fez até agora. Concentrem-se mais no respeito, no amor ao próximo e tudo o que elas mal pregam direito hoje e deixem casos como esse - de saúde pública, nesse exemplo específico - para as autoridades relativas.

Simples assim.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A arte de dominar um povo

Acabei de ler uma matéria sobre uma pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que mostra como a população enxerga os serviços de utilidade pública e sua importância para sociedade. Nesta quarta, foram divulgados os dados relativos à cultura e justiça. Segundo a maioria dos entrevistados, preço alto, barreira social e distância dificultam o acesso às atividades culturais no país. Leiam aqui a matéria na íntegra: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/11/17/brasileiro-se-sente-distante-de-oferta-cultural-diz-ipea.jhtm.

O que mais me chamou a atenção na pesquisa não foram estes dados. Meio óbvio até... como querer que o povo tenha acesso à cultura se custam os olhos da cara? O fato é que o brasileiro em si não se interessa por atividades culturais. Segundo a pesquisa, se tivessem tempo livre, somente 9,9% dos entrevistados o dedicariam à pesquisa, leitura e estudos. Aqueles que frequentariam práticas culturais e de lazer equivalem à 7,7%. E, finalmente, a realização de práticas artísticas em 3,6%.

Educação e cultura são o primeiro passo para o avanço de um povo. É realmente um absurdo estes números, apesar de não serem nenhuma novidade. Lembro-me de quando era criança e mostrava para os outros os livros que lia. A maioria estupidamente dizia: "Nossa, você consegue ler tudo isso?". Por que para a maioria das pessoas ficar com o rabo quieto num lugar lendo é uma tortura? Hmmm... isso provavelmente cai naquilo que comentei no post passado... cinco minutinhos, lembram?

O mais engraçado é que o brasileiro se orgulha de sua ignorância. Ele se orgulha de sua burrice. E isso é algo que mais me irrita. Vale a pena salvar um povo como esse? A culpa não é somente dos governantes. Para eles, um povo burro é mais fácil de ser manipulado. O povo burro só precisa da sua novela das 8, um futebolzinho e uma esmola do governo. E eles lá vão ligar pra algum escândalo sobre corrupção?

Ontem falava sobre música com um amigo e discutíamos quase a mesma coisa. Vamos ver a indústria musical. Para os produtores, não é mais fácil lançar algo descartável? Você pega um favelado qualquer, dá um banho de loja nele e amanhã estão todos cantando "Créu". Não é preciso talento, não é preciso mais nada... o povo já o idolatra! Afinal, é mais fácil manipular alguém que canta o "Créu" do que "Pra Não Dizer Que Falei de Flores" (se bem que o povão de hoje dificilmente vá entender a letra...).

Qual a solução? Investir em educação e cultura, como já citado. Mas a questão mais importante: será que os governantes se interessam nisso? Vivemos uma ditadura disfarçada, meus amigos, em que você tem a doce ilusão de que é alguém e de que somos todos iguais. A melhor maneira de dominar um povo é eliminando sua cultura. Pois é... conseguiram.



Bom, lançaram a biografia da Geisy Arruda... talvez leiam isso, né? Quem sabe com uns desenhos no meio...

domingo, 14 de novembro de 2010

Apenas cinco minutos

Esses dias eu li um comentário interessante num vídeo do Led Zeppelin no Youtube. Era uma performance da banda em 68, na Dinamarca, tocando Babe I'm Gonna Leave You. Algumas pessoas questionam como a platéia pode ficar sentada diante de uma das maiores bandas de rock da história.

Caramba, e qual o problema nisso?

Eu não sou o tipo de fã de rock poser... aquele que adora encher a cara e ficar macaqueando de um lado pro outro. Ele berra, corre pra lá e pra cá, faz todo tipo de estripulia ao invés de prestar atenção naquilo que é mais importante: a música. Claro, cada um tem seu jeito de curtir, mas eu não suporto esses tipinhos, que não manjam porra nenhuma e acham que são "rock'n'roll". Rock é muito mais do que isso, crianças: é ter atitude, ser autêntico naquilo que faz. Pessoas como vocês só denigrem a imagem do rock com suas atitudes forçadas.

Voltando para o vídeo do Led Zeppelin, um comentário lá me chamou a atenção. Um camarada dizia que o grande problema é justamente esse: a nossa geração não consegue ficar cinco minutos parada. Os músicos de antigamente apreciavam esse domínio sobre a platéia... as pessoas sentavam-se hipnotizadas, prestando atenção em cada acorde. Muito diferente das hordas histéricas que se formaram quando Plant tentou tocar a música recentemente. Caramba, vejam vídeos de festivais de antigamente: a galera tá lá, sentada numa boa, curtindo o som...

Então, o fato do povo estar sentado não mostra desinteresse. Muito pelo contrário. Como músico, eu prefiro muito mais tocar quando o povo tá sentado, prestando atenção. Claro, a molecadinha (às vezes nem tão moleques assim) que se junta na beira do palco, pulando e berrando, é divertida. Mas geralmente esses são tão vazios que não irão absorver o que a música deveria passar. E aí caímos na velha "sociedade do fast-food" (nos primeiros posts eu expliquei o motivo do nome do blog).

Isso me lembra uma vez quando saí com uma garota pra assistir (coincidentemente) um show do Led cover. Ela debateu nossas "diferenças" porque eu preferi curtir o show sentado numa mesa ao invés de ir pra frente do palco. Então ser "rock'n'roll" é isso? Talvez pra ela sim, mas a coitadinha era alguém que vivia de aparência: o fato de ir pra frente e dançar não era porque curtia o show, mas sim uma patética tentativa de ser notada. E muitos dos "jovens fast-food" de hoje são exatamente assim: tudo não passa de um tentativa de chamar atenção.

E, convenhamos, eu nunca precisei disso, né?

Claro, estou generalizando. Há quem pule e curte e há quem senta e viaja. Afinal, as pessoas agem de forma diferente (ainda bem!). O motivo do post hoje foi justamente debater essa geração inquieta, que não consegue absorver nada e vive na já citada Terra do Faça O Que Quiser, preocupada apenas com o seu umbigo. Jovens como os playboyzinhos que espancaram outros esta madrugada na Av. Paulista, sem motivo algum, só pra canalizar esse grande vazio da nossa sociedade... Jovens de classe média alta, com boas notas, certamente nossos futuros médicos, advogados e engenheiros. Ah, mas logo papai e mamãe aparecem dizendo que era apenas uma brincadeirinha inocente!

E você? Consegue ficar parado por cinco minutos? Ou está na hora de espancar alguém?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Karma e Newton

"Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário."

Esse é o princípio do karma. Bastante semelhante à Terceira Lei de Newton, o princípio de Ação e Reação:

"Se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B, receberá deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e de sentido contrário."

No post passado, eu falei um pouco sobre fé e todo aquele blá blá blá religioso. Comentei sobre a ligação, no meu ponto de vista, entre fé e ciência, que não devem ser vistas como forças antagônicas, mas como aspectos que se complementam. E eu acho que o karma e o princípio de Ação e Reação exemplificam um pouco o que quero passar.

Resolvi escrever sobre isso porque conversava sobre vingança com um conhecido meu que estava na fossa. Vingança é sempre algo desnecessário, na minha opinião. Desde que me conheço por gente, sempre pude testemunhar a velha lição do "aqui se faz, aqui se paga". Tudo o que fazemos para os outros, volta pra gente. Pode levar anos pra acontecer, mas essa é uma das certezas que tenho da vida, seja do meu lado lógico ou do meu lado espiritual.

Eu poderia passar a tarde dando inúmeros exemplos de pessoas que quebraram a cara por suas ações. Veja bem, nunca precisei me vingar dos meus desafetos (poucos, diga-se de passagem). A própria vida se encarregou disso por mim. Quando pisam na bola comigo, eu simplesmente apago as lembranças ruins dessa pessoa. Chego inclusive a guardar as boas, mesmo que não fossem verdadeiras. Afinal, pra que perder tempo com o rancor, remoendo coisas ruins? Isso só nos prejudica... nosso corpo funciona como um esponja, absorvendo toda essa energia ruim, o que refletirá em nossos aspectos físicos e mentais. O fato de você desejar o mal pra alguém faz com que, inconscientemente, coisas ruins aconteçam com você, justamente por "sugar" toda essa energia má, o que atrairá coisas piores. Mais uma vez, o velho princípio do karma, da ação e reação.

Claro, eu não sou um santo. Quando pisam na bola comigo, é natural sentir raiva... é a reação natural de todo mundo. Mas isso é sempre passageiro. O tempo sempre cura tudo. Então, ao invés de perder seu tempo remoendo mágoas, saia, se distraia um pouco, deixa a poeira baixar. Ah, sim, eu ainda tenho um diferencial: eu JAMAIS esqueço o que me fizeram. Não acredito na redenção alheia: quem pisa na bola uma vez, vai pisar na bola sempre. Simplesmente deixo a raiva de lado e sigo em frente.

Portanto, o melhor é utilizar todos esses princípios à nosso favor. Pense positivo, não sacaneie os outros, ajude sem querer nada em troca, leve uma vida "paz e amor"... cultive esses bons sentimentos que, tal qual a esponja mencionada acima, eles irão atrair coisas boas, tenho certeza disso. E lembre-se sempre que momentos ruins SÃO necessários: afinal, a vida seria muito sem graça sem desafios. São oportunidades de refletirmos e crescermos sempre!

Afinal, nada mais verdadeiro que "The End", dos Beatles:

"And in the end the love you take is equal to the love you made"

E no final, o amor que você recebe é igual ao amor que você doa...

domingo, 7 de novembro de 2010

Um pouco sobre fé

Eu sou uma pessoa de extrema fé, mas não sigo religião nenhuma. Creio que deve existir um objetivo maior em relação à nossa existência, senão viver não faria sentido nenhum (se é que precisa ter algum sentido...). Tal qual um grande "BBB", deve existir algo dando uma "espiadinha básica" no que fazemos... a entidade suprema louvada pela maioria das religiões. Não cabe a nós discutirmos o objetivo de tudo... nós só vemos o ponteiro do relógio, não suas engrenagens!

Portanto, eu creio nessa entidade, mas as minhas crenças são baseadas no pouco que estudei de vááários textos religiosos. Sempre gostei de pesquisar sobre tudo e não seria diferente no caso de religiões. Eu não acredito em algo só porque um padre, pastor ou sei lá quem diz que isso é verdade. Eu busco as MINHAS verdades. Se fazem sentido pra você ou não, pouco me importa. Funcionam pra mim e isso basta.

Religiões foram criadas pelo homem e, sem sombra de dúvidas, perdem mais tempo discutindo sobre uma suposta divindade do que aquilo que deveria ser o mais importante: amor e respeito ao próximo. Pra mim, religiosos sempre foram grandes hipócritas. Aqueles que seguem determinado ensinamento somente quando funciona pra eles, fazendo vista grossa quando cruzam a linha. Eles acham que passar horas ajoelhados rezando ou tentando converter o vizinho irão torná-los pessoas boas. Digo sem sombra de dúvida: todas pessoas que discursaram sobre religião ou sobre certo e errado pra mim não faziam nada daquilo de que tanto se orgulhavam.

Por exemplo, as religiões discutem sobre a divindade de Jesus. Qual a verdadeira importância disso? Qual a importância de saber se ele andou na água, ressuscitou, casou-se, teve filhos, voava por Jerusalém soltando raios nos infiéis...? Aliás, não é nem mesmo importante saber se ele era filho ou não de Deus. O mais importante, suas palavras e ensinamentos, passam esquecidos pela maioria das pessoas, que preferem queimar na fogueira aqueles que pensam de forma contrária à "divindade de Jesus". O fato de ser uma pessoa comum tornariam suas palavras menos importantes? Não existiria valor nenhum em amar e respeitar o próximo só porque Jesus era alguém como eu e você?

Sem contar que as religiões foram criadas pelo HOMEM. E nesse eu não confio de jeito nenhum. Ou você acha que vou perder meu tempo me confessando pra alguém como o padre peruano que foi flagrado transando com a faxineira da igreja (aqui http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4772716-EI8140,00-TV+peruana+mostra+padre+fazendo+sexo+com+a+faxineira+da+igreja.html)? Que moral um diabo desse tem em relação à mim?

Uma consciência tranquila é a melhor coisa que você pode ter. Ajudar alguém, com um simples sorriso que seja, e se sentir bem por isso vale mais do que qualquer outra coisa. Sentir-se bem só pelo fato de alguém estar feliz, seja por sua presença ou não. E fazer tudo isso porque parte do seu coração, não porque "Deus" lhe mandou fazer isso pra ganhar uns pontinhos no céu. De certa forma, ser autêntico sempre. As pessoas geralmente dizem que transmito paz pra elas... acho que é por seguir essa linha de pensamento.

E, pra finalizar, pra mim a fé e a crença em algo superior deve ser vista como algo complementar, não como uma muleta. Os grandes sábios do passado sempre uniram ciência e fé... nunca vi essas duas forças como coisas antagônicas. Eu acho um grande erro um querer anular o outro, quando deveriam agir em conjunto sempre.

Eu acredito em mim, em primeiro lugar. Acredito nos meus valores, nos meus ideais e na certeza que não serei responsável pelo sofrimento alheio. Eu não preciso me confessar ou me curvar perante os outros enquanto sempre seguir as minhas verdades. E isso não é egocentrismo: é amor próprio!

E eu nunca me contentaria em ser apenas uma ovelha mesmo...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Terra do Faça-O-Que-Quiser

Sejam bem vindos à tecnologia! Bem vindos à Era da Informação! Bem vindos ao mundo globalizado, em que você conversa com alguém do outro lado do mundo e não sabe quem é o seu vizinho! Em que você se gaba de ter trocentos "amigos" e seguidores num orkut ou twitter da vida, mas nem ao menos dá bom dia para seus pais! Bem vindos ao mundo do faz-de-conta virtual!

Viver no mundo virtual é tão bom, né? Veja só... analise o perfil dos seus amigos em alguma rede social. Todos possuem fotos maravilhosas, todos são felizes, todos possuem frases de efeito caprichadas... nossa, as pessoas parecem tão lindas, charmosas, inteligentes. Ninguém possui problemas, ninguém vive de saco cheio, ninguém acorda de mau humor. A grande questão é: onde elas estão no mundo real? Eu estou cercado de mediocridade, na maioria das vezes. Eu procuro carruagens e só encontro abóboras...

Vivemos numa sociedade tão fútil que as pessoas se escondem atrás de uma falsa imagem virtual. Patético! E a questão é que isso piore ainda mais. Quem já leu algum texto sobre um hipotético futuro cyberpunk sabe que o alcance da rede será ainda maior. Hoje em dia já temos caso de pessoas que sofrem um colapso após passar horas conectados, normalmente em jogos online.

Vamos pegar o caso do Second Life, tão badalado há algum tempo. Agora imagine esse mesmo mundo virtual somado às tecnologias de hoje, como o projeto Natal, da Microsoft, que aposenta os obsoletos joysticks: o sensor do console capta seus movimentos e sua voz. Muito em breve será possível realmente entrar num jogo ou num mundo virtual. Agora, imagina quantas pessoas não escolherão deixar pra trás suas vidas medíocres para ser transportado em um mundo onde ela é capaz de tudo? Imagina o impacto que tudo isto terá na sociedade logo, logo?

Sem contar que a Rede é uma terra sem lei, na visão de muita gente. Como exemplo, cito o caso da Mayara Petruso, que escreveu algumas abobrinhas no Twitter e agora responderá devidamente por isso. A tendência é muita gente rodar junto, enquanto a legislação virtual caminha acertadamente.

Aliás, o mais irônico da notícia é que a jovenzinha ingênua é uma estudante de... Direito. Sem comentários... tão estúpido quanto os filhinhos de papai que promoveram recentemente o Rodeio das Gordas na UNESP, uma grande "brincadeira", segundo um dos camaradas. Opa, que maravilha! Da próxima vez ele deveria levar a mãe dele então... tô doido pra dar uma montada!

Você quer liberdade de expressão? Ok! Mas também deverá responder por suas palavras! Uma vez que elas saem de sua boca (ou dedos), não há mais volta, portanto, muito cuidado com as bobeiras que alardeia.

Bah... mas de que adianta o alerta? Essas pessoas vivem na Terra do Faça-O-Que-Quiser... pelo menos até a dura realidade mostrar como as coisas funcionam de verdade!

domingo, 31 de outubro de 2010

É, Dilma... Feliz Dia das Bruxas!!!

Brrrr... que coisa mais mórbida! Eleição no dia 31 de outubro com os candidatos mais bizarros possíveis! Eu ainda aproveitei pra passear e curtir uma praia depois deste valoroso ato de patriotismo (sim, perceba a ironia).

Nunca esperei nada de ninguém. Nem da minha família, nem dos meus amigos, nem de Deus... acham que vou esperar algo de um presidente? Esse é o problema da maioria das pessoas! Elas esperam demais... acham que tudo vai se resolver e cair de mão beijada no colo delas. Francamente, esse é o pensamento típico do nosso povinho! Afinal, é mais fácil correr atrás das coisas ou arranjar um monte de filhos e ganhar uma esmolinha do governo? Pois é...

Não vejo grande diferença entra Serra e Dilma. Não vejo diferença entre esquerda e direita. E também não acredito no Bem e no Mal. No fim, o que sobram são apenas pessoas... e essas são em sua maioria PATÉTICAS. Posso contar no dedo de uma só mão aquelas que despertam alguma admiração minha. Aquelas que honram a sua palavra e vivem de cabeça erguida. Boa parte das pessoas que conheço apenas rastejam pelos cantos.

Então, eu não vou perder meu tempo me lamentando se determinado candidato ganhou ou não. Acho que o maior erro possível é seguir fielmente alguma coisa. Eu nunca vou seguir partido algum ou qualquer coisa que seja. Claro que sou assim devido ao meu egocentrismo extremo, que tem se tornado pior a cada dia, hahaha.

Ok, falando sério agora, isso é uma coisa pra refletirem. Não percam seu tempo esperando algo dos outros. Se querem algo, vão em frente e sigam sua intuição (tá, eu sou suspeito pra escrever isso, é o refrão de uma de minhas músicas). Perder tempo se lamentando porque as coisas não vão pra frente é muito fácil: quero ver é você levantar sua bunda burguesa ou seu traseiro pseudo-comunista fajuto e fazer alguma coisa por você!

Minha atitude pode parecer um tanto egoísta, mas não! Seria egoísmo se eu ferrasse os outros... e tal qual o bom Scarface, eu nunca fodi quem não merecesse! Isso é simplesmente pensar naquilo que é bom pra você e correr atrás sem pensar nas consequências, sem esperar que alguém vá lhe mostrar algum caminho. Vá atrás de seus sonhos, lute, independente do que vão lhe dizer.

Você só precisar parar e PENSAR! Ah, sim, por isso as coisas estão difíceis, né? Esqueceu como fazer isso só porque as coisas são vomitadas e você absorve tudo mastigadinho? Tsc, tsc...

Sonhos estão flutuando por aí, só esperando pra serem fisgados!

Eu estou seguindo em frente... e NADA vai me parar jamais!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Falando sobre fases...

Depois de muito tempo, aqui estou novamente. Normalmente eu escrevo quando estou me sentindo pra baixo, mas acho que sosseguei depois de muito tempo. Faço isso pra exorcizar meus demônios internos, pra colocar tudo pra fora... não deixa de ser uma boa terapia. Mas, enfim, acho que voltei a ser o que era, depois de uma longa, longa noite. Nada é tão ruim que possa durar pra sempre...

E é justamente sobre isso que escrevo hoje! Fases! Eu passei os últimos três meses meditando sobre os acontecimentos recentes de minha vida. Muitas vezes reclamamos das coisas ruins que acontecem com a gente, sem entender o significado de tudo. Eu cheguei a conclusão de que não adiante fazer os ponteiros do relógio girarem ao contrário. Não adianta você pensar "E se eu tivesse feito isso ao invés disso". Porque se começarmos a pensar assim a vida não passará de um bando de "se"!

Não existem decisões certas ou erradas! Aquelas atitudes que tomamos são as melhores possíveis pra determinado momento. E quem pode dizer que as coisas não acontecem como esperávamos? É muito difícil lutar contra a tempestade... nessas horas o melhor é segurar-se com força e atravessá-la da melhor maneira possível. Porque ela não irá durar pra sempre! Nunca será eterna!

E é aí que entram as fases! Boas, ruins... a vida está repleta delas. Eu analisei muita coisa que aconteceu comigo desde meados do começo do ano passado, quando terminei um namoro duradouro. E nesse meio tempo aconteceu MUITA coisa! Amigos que surgiram e desapareceram, lugares interessantes que conheci, risadas, discussões... tanta coisa variada! Pude perceber que fui transitando de grupo em grupo nesse tempo, sem querer forçar nada, me adaptando às situações.

Eu tive uma outra fase boa este ano. E quando tentei lutar contra a tempestade, eu naufraguei de forma terrível (bah... que tosco usar essas metáforas náuticas, haha). Eu deveria ter comprendido e deixado tudo acontecer, me adaptando da melhor maneira possível. Mas nunca é tarde pra aprender! Quando falei sobre fases com uma amiga, ela me julgou uma pessoa fria. "Então tudo não passa de uma fase pra você?". Não neste sentido... acho que não devo querer mudar o mundo. Cada pessoa tem seu karma... eu só posso cuidar de mim, das minhas coisas. Quando passei a compreender isso, eu me tornei uma pessoa inteira!

Isso não é egoísmo! Cada pessoa tem o seu caminho, a sua verdade... eu respeito muito às decisões alheias. Dizem que não há como discutir comigo porque eu julgo ter sempre a razão. Não é isso... eu exponho sempre o meu ponto de vista, a minha "verdade", mas sempre respeito o lado oposto. Costumo ser muito idealista e inabalável... e sei que nem sempre isso é bom.

E o que aprendemos com tudo isso? Impulsivo como sou, sou a pior pessoa possível pra dar conselhos do tipo, mas acho que, como disse, o melhor é esperar, relaxar um pouco, esfriar a cabeça. Tudo acontece no seu tempo! Lembrem-se sempre que as fases vem e vão, sejam elas boas ou ruins. O importante é absorver todo o conhecimento que elas transmitirão!

Não sei quanto à vocês, mas me sinto em paz como há muito não me sentia... :)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quem é o culpado?

Tenho acompanhado a repercussão do atropelamento do Rafael Mascarenhas, filho da Cissa Guimarães, morto no começo da semana, e há algumas coisas que me deixam abismado. Uma delas, claro, é a liberação do carro avariado pela PM... mas isso, sem comentários, né? Se depender da polícia pra algo hoje estamos ferrados!

A outra coisa é a atitude do pai do moleque que atropelou Rafael, que poucas horas após o acidente correu pra uma oficina mecânica pra reparar o carro... que, segundo informações, tinha pedaços de pele da vítima ainda. Caramba, acho que a resposta está justamente aí, sobre as coisas andarem tão erradas hoje em dia.

Faltam pais e mães REAIS na sociedade.

Com o passar dos anos, o papel dos pais na criação de um filho foi suavizado. Em parte, por eles mesmos, que acham que o pai moderno é aquele que passa a mão na cabeça dos filhos. Muitos não sabem as coisas que acontecem debaixo do próprio teto, mas qual o problema? Ele dá tudo pro filhão, então ele é um bom pai!

O cacete que é!

Um bom pai é aquele que realmente educa, ensinando o que é certo ou errado. Nesse caso, temos um filho que atropela, enrola os policiais que o abordaram e foge. Do outro lado, temos um pai que engana e tenta esconder o ocorrido. Como culpar então o moleque se esse é o tipo de educação que recebeu? Caramba, não estamos falando de uns coitados... eram pessoas de renda boa, com educação, que deveriam ter um discernimento do certo e do errado... que diabo de sociedade é essa?

Nunca tive a melhor das relações com o meu pai, mas se tem algo que admiro nele é a certeza de que, se um dia eu tivesse feito merda do tipo, ele seria o primeiro a me entregar e fazer com que pagasse pelos meus atos. E, sim, isso é um motivo de muito orgulho pra mim!

Enfim, o estrago já está feito, um jovem já morreu e provavelmente tudo irá acabar sem nenhuma resolução. E, olha, nem digo coisas como "Ah, é o Brasil", porque creio que em todo lugar é assim. É essa droga de sociedade em que vivemos, em que não há mais valor nenhum e em que a palavra das pessoas não vale nada.

Quanto menos eu depender das pessoas ou da sociedade, melhor...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Idealismo

Eu sou uma pessoa imutável, tenham certeza disso. Sempre serei guiado pelos meus ideais ao invés de pensar na praticidade da situação. É uma forma difícil de viver, claro, mas extremamente compensadora, no fim das contas. Porque, de alguma maneira, tudo sempre termina muito certo pra mim.

Poucas pessoas que conheço sustentam suas palavras. Tudo é muito bonito da boca pra fora, na teoria... mas e na hora de colocar em prática? Será que você é capaz de seguir adiante? Será que não é mais fácil desistir do que lutar pelo que acredita?

Já disseram pra mim que o idealismo não enche a barriga de ninguém. Ora, o idealismo mudou o mundo! Foram as idéias proferidas por pessoas que não se abalaram diante de um crise que conseguiram derrubar tiranos e lutar pelo bem estar do povo. E são essas pessoas que admiro e almejo alcançar um dia, que abandonaram a praticidade do dia a dia pra ser tornarem história.

E, sinceramente, eu nunca liguei para o material. Eu acho que viver é muito mais do que aquilo que enxergamos. Aquilo que consideramos realidade é uma grande mentira, na maioria das vezes. O que pode ser real pra um, não é pra outro e vice e versa. Então, por que se preocupar com as consequências? Por que dar o braço a torcer e deixar de lado o que acreditamos?

Eu JAMAIS irei mudar. Por mais difícil que a situação seja, por mais que esteja afundado na lama, por mais que a vida insista em me estapear... porque estou em busca da MINHA realidade. E vocês deveriam fazer o mesmo. Nós somos os verdadeiros astros e estrelas de nossas vidas. Nunca se dobrem diante de uma situação, diante de uma pessoa, diante de um problema... sigam sempre em frente, confiando em si mesmo e em seus corações que tudo dará certo.

Porque tudo na vida é ação e consequência.

E eu viverei seguindo minha filosofia até morrer... =)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Situações engraçadas

Vira e mexe acontecem coisas sem nexo comigo quando saio nas ruas. Não sei o motivo, mas parece que eu e meus irmãos atraímos essas situações inusitadas. Tento encontrar uma razão, mas sei lá, vai saber qual o significado de tudo isso?

Ontem estava na Dom Epaminondas com meus irmãos e minha mãe, procurando roupa pra um casamento. Rodamos o shopping e a cidade até encontrar algo que servisse bem no meu irmão do meio, já que ele é um anão (não literalmente falando, claro).

Estava eu de saco cheio da procura e resolvi sair de uma das lojas e respirar o ar puro da praça (sim, uma ironia). Tava lá distraído, com o Matheus do lado, vendo um bando de ciganos tocar música sertaneja quando um homem se aproxima da gente. Ele tinha uma aparência meio brucutu, tipo caminhoneiro carga pesada. Vi ele se aproximando, olhando pra nós e já pensei: "Pronto, lá vem".

Calmamente, ele falou que eu parecia com Jesus Cristo e me cumprimentou. Fez o mesmo com meu irmão, abraçando-o e beijando-o. Eu já estava desconfiado... afinal, o John Lennon foi morto por um maluco, vai saber quem era essa cara? Mas, apesar de tudo, ele não tinha uma energia ruim, então fiquei só olhando.

Então ele se voltou pra mim e pediu, com a voz embargada, um abraço, pois disse que estava precisando de um. Daí me abraçou, beijou e falou algumas coisas pra mim que eu não entendi direito, porque tava desatento com tudo. Lembro que falou algo do tipo: "Não deixe as pessoas desacreditarem você". Foi praticamente a única coisa que guardei. Daí o camarada sorriu e foi embora.

Fiquei meio sem graça, rindo, sem entender, assim como as pessoas ao meu redor. Mas não achei algo ruim. Eu estava meio desanimado com algumas coisas nos últimos dias, mas esse fato inusitado me fez pensar sobre tudo. Não sei qual o motivo desse encontro (ou mesmo se há um), mas isso me deixou mais leve. Seja lá quem for o camarada, valeu pela tranquilidade.

Estou pensando seriamente em fazer o cabelo e a barba...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tá reclamando?

Dias atrás recebi um email com esse nome e achei bem interessante. Fala justamente sobre a atitude do povo brasileiro em relação à honestidade, valores e tudo mais. E era tudo a mais pura verdade. Vou reproduzir o conteúdo aqui pra vocês:

"Tá reclamando do Lula? Do Serra? Da Dilma? Do Arrruda? Do Sarney? Do Collor? Do Renan? Do Palocci? Do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? Do Jucá? Do Kassab? Dos mais 300 picaretas do Congresso?

E você? Brasileiro reclama de quê? O Brasileiro é assim:

1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8. - Viola a lei do silêncio.
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar aotrabalho.
13. - Faz "gato" de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos comoclipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezesnão devolve.

E quer que os políticos sejam honestos... Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas... Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não? Brasileiro reclama de quê, afinal?"

É triste, mas é a mais pura verdade. Como você vai exigir de alguém algo que você não tem? Falta muita educação, cidadania e cultura pro povo brasileiro. É uma simples questão de fazer a sua parte por ser a coisa certa a ser feita.

Hoje o país vai relativamente bem, mas isso de nada adianta se o povo não souber usufruir desse bem estar pela falta de educação. Eu conheço muita gente hipócrita, que reclama do governo e faz muito do que foi mostrado. Daí não adianta nada... você não pode combater o "mal" tornando-se parte dele.

Vamos lutar pra sermos pessoas melhores e deixar esses valores para nossos descendentes. No fundo, eu sou um otimista... não é algo muito difícil de realizar, mas levará tempo. Vamos ser a mudança que queremos ver pro país.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Retornando

Após um longo período de inatividade, volto a escrever um pouco aqui, sempre com as mesmas besteiras de sempre. Recentemente conversei com um pessoal e creio que eu costumo generalizar um pouco as coisas... talvez as pessoas ainda saibam ler e escrever! E, seja como for, uma idéia é sempre uma idéia, e eu tenho muita coisa pra falar! Cabe a vocês decidirem o que fazer com a informação!

Então, hoje é dia só de tirar a poeira dos móveis. Estou numa nova fase da vida e preciso treinar minha disciplina. Estou realizando várias coisas que sempre tive vontade de fazer. E não há nada melhor do que isso... ser livre pra fazer o que quiser, como quiser e quando quiser.

Eu? Eu tenho todo o tempo do mundo. A vida é pra ser sorvida lentamente, apreciando o sabor de cada acontecimento enquanto não chego ao fim da taça...