quarta-feira, 27 de abril de 2011

Acreditar


Ouch... acho que tenho me sentido em paz. Estou pensando em algo pra escrever, mas a inspiração não vem. Muito mais interessante quando estou em fúria e preciso esbravejar um monte de coisas. Mas tudo está tão ... calmo!

Acho que sou amante de uma causa. Do tipo daqueles que estão sempre se engajando numa luta atrás da outra. Simplesmente não consigo ficar parado, como se viver fosse mais do que o padrão que as pessoas almejam. Nunca me vi num escritório, numa fábrica, recebendo ordens de alguém provavelmente incompetente, passando o resto da vida fazendo a mesma coisa (com pausas esporádicas pra uma balada tediosa nos finais de semana, e feriados e finais de ano em Ubatuba)... pronto, acho que elaborei o estereótipo padrão do futuro que muitos almejam aqui... argh!

Enfim, viver é mais do que isso. A maioria das pessoas leva uma vida do tipo. Não vivem: existem. Se você fala em ser algo mais, elas rirão de ti. Para suas mentes limitadas, como fugir do "status quo"? O problema é quando VOCÊ passa a acreditar que elas estão certas. A partir do momento que você tem controle do seu destino e vive em sua totalidade, não há como não conseguir aquilo que deseja.

Falando de música agora. Muitos dos meus artistas favoritos passaram por inúmeras dificuldades. Até os Beatles foram rejeitados por gravadoras, que acharam que a moda das guitarras não ia pegar. Caramba, até mesmo Crosby, Stills & Nash, uma das melhores harmonias do rock, foram rejeitados. Eu poderia passar a noite escrevendo sobre artistas famosos desacreditados.

O que os diferenciava dos demais?

Acreditar.

Não acreditar quando está todo mundo do seu lado. Convenhamos, é muito bonitinho seguir em frente quando todo mundo está passando a mão na sua cabeça. Mas é preciso acreditar sempre. É preciso acreditar mesmo se estiver na lama, com todo mundo pisando em você. É quando você se levanta e continua a caminhada como se nada tivesse acontecido. Isso é acreditar!

Portanto, acreditem em vocês. Acreditem na divindade que cada um carrega dentro de si. Acredite em todo seu potencial, pois é isso que irá lhe diferenciar daqueles que vivem de forma automatizada.

E disso, infelizmente, o mundo está cheio.

(Realmente, eu só preciso começar a escrever... eu nem tinha um tema hoje, foi só começar a digitar que o texto apareceu... agora só definir um título, escolher uma imagem porreta e... voilá!)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Felicidade


A felicidade realmente é um dom. Há pessoas que por mais que tentem jamais conseguirão encontrá-la. Justamente porque não percebem que ela não é o fim, e sim o meio em si. Eu não tenho o que reclamar das coisas. Como escrevi no texto anterior, não sou de ficar me lamentando. Acho que o segredo está justamente nisso.

Claro, tem também o meu egocentrismo. Nunca o vi como algo ruim. Aliás, não é uma coisa que afasta as pessoas. É simplesmente confiar em si mesmo. Acho que as pessoas hoje são muito inseguras porque elas esperam a opinião dos outros. Querem agradar outras pessoas, como se só fossem alguém devido à concepção de quem está ao redor.

Nunca pensei em agradar ninguém. Inclusive me acho uma das pessoas mais egoístas existentes. Quando quero algo, quero agora e quero do meu jeito. E, independente do tempo, sempre acho que as coisas vão melhorar. É o mesmo sentimento que motivou pessoas grandiosas no passado: sentir que o destino lhe reserva algo especial. E eu sempre pensei assim. Não sou o tipo de pessoa que pensa pequeno.

Por isso posso dizer sem sombra de dúvidas que sou uma pessoa feliz. Posso até não ter tudo o que quero - ainda - mas estou avançando neste sentido. Ironicamente, isso acontece porque eu tenho uma visão meio niilista da vida, não acreditando que existe muito sentido nas coisas (e muitos me consideram frio por isso). Talvez até tenha, mas poucos são aqueles que conseguem entender. Então não tenho a mesma visão prática que as pessoas tem, tornando-me muito idealista.

Acho que é mais ou menos a minha opinião sobre a espiritualidade. Você não encontra o tal "Deus", seja lá o que isso significa pra ti. Você simplesmente o sente. Sente nas pequenas coisas, naquilo que parece ser o mais insignificante possível. Se não conseguir senti-lo dessa maneira, nem adianta procurar que estará fadado ao fracasso.

A felicidade também funciona do mesmo modo. Há várias maneiras de encarar a vida, há muitos caminhos a seguir... tudo só depende de VOCÊ, das SUAS decisões. No fim das contas, é a SUA vida: você é o astro principal, seja lá quem diabos seja, um rei ou um andarilho. Então cabe a ti ter a sabedoria de escolher a melhor estrada e aproveitar a viagem.

Ou como diria Carlos Drummond de Andrade:

"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade"

terça-feira, 19 de abril de 2011

Mimimi



Cara, eu odeio chorões. Sério, uma das coisas que acho mais tediosas é acompanhar a lamentação alheia (e acho que todo mundo que participa de uma rede social acaba fazendo isso involuntariamente). Como se só a vida deles tivesse algum problema. Como se eles merecessem alguma compensação por sua vida "sofrida". Como se chorar resolvesse o que há de ruim.

Dificilmente eu fico me lamentando por algo. Não que eu não veja problema nas coisas ou minha vida seja um mar de rosas. Aliás, é só ler o blog aqui... eu costumo criticar quase tudo. Quem não me conhece deve achar que sou uma pessoa extremamente amarga. Muito pelo contrário!

Eu tento dar minha opinião sobre as coisas que discordo de forma bem humorada, com um pouquinho de ironia e sarcasmo bem colocados. Quando as coisas dão errado pra mim (e, ao contrário da crença popular, isso acontece... eu não sou um super-herói), não fico prostrado num canto, me lamentando. E também não fico esperando afago dos outros! Eu resolvo as coisas... e, se não for possível, mando pra pqp e sigo em frente!

De que adianta se lamentar? De que adiantam desculpas? Depressão? Não, não... isso tudo é muito inútil. Sou uma pessoa bem direta, bem franca... ou eu FAÇO ou eu NÃO FAÇO. Não tem meio termo. Não faço cagadas e fico me lamentando depois. Assumo, se precisar pedir desculpas eu peço e fim de papo. Eu sigo todas minhas vontades, custe o que custar!

A grande ironia de tudo é que isso me torna uma pessoal difícil de lidar. Eu acho que a sociedade em geral não está acostumada com a franqueza alheia. Com decisões práticas. As pessoas parecem gostar daquilo que é complicado, daquilo que dá errado... de se foder mesmo (pra ser bem direto).

Enfim, lamentações não salvam ninguém. Aprendam a ver as coisas com um sorriso sarcástico e bola pra frente. Nada vai ser 100% perfeito ou dar 100% errado.

E, sinceramente? É isto que faz tudo valer a pena!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aphrodite's Child



Semana passada, quando voltava das gravações em Santo André, acabei vendo errado o horário do ônibus pra Taubaté e tive que mofar por duas horas na rodoviária de lá. Pois bem... até que não foi tão tedioso. Lá tem uma banca que vende muito DVD e bem na frente tinha uma televisão passando os produtos. Dentre eles, MUITOS DVDs com o som de bandas antigas e pouco conhecidas, como Badfinger e Shocking Blue. Fiquei me deliciando lá com a sonzeira.

Dentre os grupos que vi, um deles me chamou a atenção. Achei esse clipe do Aphrodite's Child bem diferente. Não tanto pela música, que é uma balada pop psicodélica dos anos 60, mas pela tosquice em si (como a cena na estátua). Sim, eu ADORO coisas do tipo... e, apesar de parecer o contrário, eu estou falando muito bem deles!

Esses dias lembrei do clipe e fui mostrar pro meu irmão o vídeo. Resolvi também pesquisar sobre a banda... são músicos gregos de rock progressivo/psicodélico. Eita, não imaginava mesmo quando assisti o Rain and Tears. Aliás, vi que o tecladista Vangelis Papathanassiou é super renomado: ele ganhou um Oscar pela famigerada trilha de Carruagens de Fogo e chegou a se unir ao Jon Anderson, do Yes, nos anos 80!

Confesso que fiquei bem surpreso. Eles alcançaram bastante sucesso na Europa, principalmente na França. Achei que era apenas um grupo mais desconhecido de pop brega dos anos 60... minhas desculpas!

Mas o que chamou mesmo minha atenção foi o álbum duplo 666, um dos primeiros "cults" da história do rock! Foi uma criação progressiva/psicodélica de Vangelis, principalmente. Comecei a pesquisar as músicas no Youtube mesmo e achei fodástico (adorei Four Horseman)! Felizmente, hoje em dia nós temos a internet pra evitar que perólas como essa caiam no esquecimento! Eis então que encontrei essa preciosidade e compartilho com vocês:

Download Disco Um

Download Disco Dois

Que bacana... é a primeira vez que faço um "serviço social" assim! Espero que gostem! Até breve!

(Aliás, estou devendo várias atualizações este mês... prometo compensar nos próximos dias!)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Em Roma, faça como os romanos...


Após alguns dias longe, trampando na produção do meu CD e resolvendo alguns problemas no meu PC, estou de volta, ainda me inteirando sobre os acontecimentos recentes.

Hoje estou acompanhando um tema espinhoso (como não poderia deixar de ser quando se trata de religião), que é a prisão de duas mulheres usando véus islâmicos em Paris. Há bons argumentos a favor e contra à proibição, mas eu não concordo com qualquer tipo de preconceito.

Eu costumo ser bem razoável. As pessoas tem o direito de fazer aquilo que tem vontade, desde que respeitem o espaço do outro. Acho uma verdadeira tolice um estado entrar nessa questão da religião, interferindo na fé dos outros. Se elas usam o niqab (o nome de um desses véus islâmicos), ninguém tem direito de interferir. Da mesma maneira, eu não tenho religião e não vou lá, rir da fé de alguém ou duvidar de suas crenças. Você pode acreditar naquilo que quiser: se isto lhe faz bem, quem sou eu para questioná-lo? É um costume arcaico? Pode ser... mas isto é algo em que eles acreditam!

Por outro lado, visitantes em países islâmicos também sofrem preconceito semelhante. Estrangeiras são obrigadas a cobrir o rosto como as demais nativas. E se alguém de fora desrespeita alguns de seus costumes religiosos... melhor nem comentar. Então, se a lei é válida de um lado, também deveria ser válida do outro, não concordam? Além disso, a maioria da população francesa apóia a lei. Não seria justo uma minoria imigrante (hmmm... nem tão minoria assim, atualmente) fazer aquilo que der na telha também.

Por isso o tema é espinhoso. Como um muçulmano pode exigir o direito do uso do véu se em seus países eles agem da mesma maneira preconceituosa com aqueles de outras religiões? É preciso analisar os dois lados para tomar a melhor decisão possível. Da mesma maneira que uma francesa não passeia de biquíni em um país islâmico, uma muçulmana não deveria passear de rosto coberto em Paris. Portanto, nesse sentido, eu concordo com a proibição e acho que a lei deve prevalecer. Mas, seja como for, eu ainda sou contra qualquer tipo de restrição à liberdade das pessoas.

O melhor de tudo? O fim das religiões e suas brigas sem sentido. Acreditem, o homem já encontra TANTO motivo pra matar o próximo que não precisa de algo abstrato assim pra inflamar suas diferenças.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tempos Modernos


Depois de alguns dias sem net, eis que retorno numa correria habitual. Eu não ia nem atualizar o blog essa semana (após meu texto "romântico" do começo da semana), mas resolvi escrever algo rapidinho, só pra não passar batido.

Engraçado como hoje somos dependentes da tecnologia. Falo isso por mim, mas creio que muitos são assim também. E, por tecnologia, entendam a internet mesmo, esse meio conectado que vivemos. Afinal, fazemos tudo na frente de um computador nesses tempos modernos. Encontramos nossos amigos nas redes sociais, acompanhamos as notícias pelos portais, assistimos filmes, ouvimos música, pedimos comida... praticamente dá pra fazer QUASE tudo pela net. E se não dá ainda, é apenas uma questão de tempo, acreditem!

Até onde isso é bom ou ruim? Como no recente texto sobre equilíbrio, é muito importante agir com moderação. Um dos primeiros textos quando voltei a escrever no blog tratou sobre isto também, sobre o mundo do faz de conta que é a net. Então, é sempre bom desconectar um pouco desse mundo virtual, para não acabar como os humanos do futuro em Wall-E.

(Hmmmmm... e o pior é que muitos vivem quase assim hoje em dia)

Se a civilização entrasse em colapso (algo não tão impossível de acontecer, na minha opinião), boa parte da humanidade seria extinta justamente por não saber fazer mais nada. Somos tão dependentes da tecnologia, das comodidades da modernidade, que provavelmente sucumbiríamos em uma situação do tipo. Não, não é preciso uma crise nuclear ou uma catástrofe de proporções épicas para levar o homem à extinção. É só desligar a tomada ou apagar a luz. Muitos morreriam nas próximas horas sem saber o que fazer.

Equilíbrio, novamente, é a chave de tudo. Hoje temos todo conhecimento do mundo em nossas mãos, mas muitos não o procuram porque acham que ele está ao alcance do dedo, mastigado. Conhecimento não é algo entregue de forma leviana: é preciso suar por ele. Levante a bunda da cadeira e vá saber como as coisas funcionam. Isso é uma das coisas que mais me surpreende nos seres humanos (e já comentei isso aqui): o fato de se orgulharem da sua estupidez. Vocês tem um tremendo potencial, normalmente desperdiçado por acharem que já são o bastante.

Nunca é o bastante pra ninguém. Sempre há algo a ser aprendido. Mas quantos realmente arregaçam as mangas e vão atrás do conhecimento?

Os que fazem isso são aqueles que manipulam os bastidores e sentam no topo da pirâmide atualmente...