quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Guia Prático de Como Se Comportar Após o Fim de um Relacionamento



(ou “Como Não Ser um Otário Após um Pé na Bunda”)


Relacionamentos são complicados. Num dia você acha que será pra sempre e no outro... pimba! Tudo acaba. Os motivos são variados e não cabe a nós discutirmos o que levou a essa situação crítica. Entretanto, é possível aprender a lidar com a rejeição e sair de forma classuda e digna. Hoje é dia então de conselhos a la He Man: portanto, atentem a essas sete dicas práticas baseadas em minhas maravilhosas experiências de vida. Valem para todos... Homens, mulheres, punks de butique e afins! ;)

1 – O que está encerrado, está encerrado
  Tudo na vida tem começo, meio e fim. Caramba, essa é a lei universal de tudo... Como ir contra ela? Portanto, não importa se foram três meses, um ano, “cinco anos maravilhosos” ou cinquenta. Quando acabou, acabou... Se houver uma volta, dificilmente será a mesma coisa. Principalmente se você for um babaca que fica jogando as coisas na cara da parceira.

2 – Se está com alguém, valorize
  É muito fácil correr atrás quando as coisas acabam. Na hora que estavam juntos, você realmente esteve do lado dessa pessoa? Qualquer imbecil hoje em dia muda o status no Facebook ou se casa. Mas será que só isso basta? Você esteve do lado de quem disse que ama durante o relacionamento? Correr atrás depois é mais um ato de posse do que amor realmente. Não confunda as coisas, amiguinho! É muito bonitinho ter alguém de enfeite, pra desfilar por aí, mas se não cuidar o Antonio Banderas vem e leva.

3 – Tenha amor próprio
  Ahá! Isso aqui é realmente importante. Ninguém – e eu digo NINGUÉM – gosta de quem tem comportamento de verme ou criança birrenta. Sério, com isso você só queima o teu filme e perde qualquer fiapo de respeito que possam ter por ti. Birra funciona quando você tem oito anos e teu pai não quer te comprar aquele adorável carinho de brinquedo na vitrine. Agora, chorar, falar que vai morrer, que vai se tornar alcoólatra, pedir pra chamar a ambulância porque tá passando mal... Não, não e NÃO! Para e pensa no ato ridículo pois você irá se envergonhar mais tarde e irá causar risos quando os outros ficarem sabendo desses “causos”.

4 – Nada de covardia
  Ok, depois de choramingar, passamos pra fase “covarde” da rejeição. É quanto o rejeitado passa a ligar pra pessoa a ameaçando, fala que vai destruir a vida dela, começa a difamá-la... tenta se passar por um louco doente, tsc, tsc. Isso é tão ridículo e ineficiente. Essa intimidaçãozinha barata nada mais é do que uma tentativa de chamar atenção e não dá resultado nenhum. Portanto, vamos honrar nossas bolas e agir feito homens. Ah, sim, mais um detalhezinho interessante: ameaças podem – e devem – ser denunciadas para polícia, então muito cuidado com as bobeiras que escreve para os outros.

5 – Quando alguém não quer, ela não quer
  Essa é quase uma variação da primeira dica. Se a pessoa quisesse ficar com você, ela ESTARIA com você. Simples assim. E outra: não dá pra uma pessoa ser roubada de outra, viu? Você pode roubar um objeto ou coisa assim, mas não uma pessoa. Portanto, deixem as ideias possessivas de lado... um ser humano não é uma posse que você mantém ao lado só pra aparecer. Dá pra pedir pro papai aquele carrinho de brinquedo (lembra dele?), mas não dá pra comprar o amor de uma pessoa.

6 – Não se faça de vítima
  “Oh, ela me abandonou”, “Oh, eu fiquei o tempo todo do lado dela” e “Oh, estou sendo injustiçado pelos deuses”. Bacana, muito bacana mesmo... mais um pouco e dá até pra concorrer a um Oscar, que tal? Mas, ao invés de se fazer de vítima, para e pensa se você foi realmente a pessoa que acreditou ser. Pessoas mimadas acham que a única coisa que você precisa é sustentar financeiramente alguém. Acham que dar tudo de material é uma maneira de segurar alguém. Não, não é, amiguinhos. O dinheiro não compra o carinho num olhar, um afago nos cabelos, um beijo inesperado ou um abraço quando mais se espera.

7 – O mundo é grande demais
  Por fim, hora do conselho bacanudo! Não existe só uma pessoa no mundo, sabia? Existem BILHÕES por aí e é grande a chance que você encontre alguém tão legal (ou tão otário) quanto você. Portanto, erga a cabeça, estufe o peito e bola pra frente. Saia dessa situação com classe, oras.

  Me dá uma tremenda pena ver pessoas agindo da maneira que descrevi neste meu simpático artigo. Portanto, espero que realmente isso seja de valia pra você que esteja com dificuldades nesse momento, que passa as madrugadas bebendo, chorando e infernizando as pessoas que um dia tiveram um pingo de respeito por ti. Dá pra ter um pouquinho de amor próprio e sair com classe de uma situação dessas. Eu mesmo já encerrei relacionamentos maravilhosos e sempre me gabei de manter até hoje uma ótima relação de amizade e respeito com minhas antigas companheiras.

  Portanto, seja homem e conquiste o respeito dos outros agindo feito um, não como uma criança que passou a vida inteira mimada pelos pais e acha que tudo na vida será da maneira que quer. Sério, porque se você age assim durante um relacionamento, imagino como se porta em outros aspectos da sua vida.

  Ah, sim... e pra descontrair, vejam estes bilhetes engraçados de fim de relacionamentos! E como diria o He-Man... “até a próxima, minha gente!”

  (Sério, eu deveria ter me formado em Psicologia)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Cálculos Amorosos


"Ah, esse lance de relacionamento não é pra mim. Não consigo me imaginar fazendo as coisas com alguém, dividindo meu tempo e aguentando-o o tempo todo."

  É engraçado como esta é a opinião de muitas pessoas quando falam sobre relacionamentos atualmente. Na minha opinião, um conceito equivocado e típico da nossa sociedade egocêntrica e narcisista. Relacionar-se com alguém não é dividir as coisas, não funciona simplesmente como matemática. Geralmente pensam isso pela própria ideia estúpida de "almas gêmeas". Não, não existe a sua outra metade da laranja. Se você pensa que alguma pessoa te completa, você é um idiota. Todos somos inteiros, não precisamos de uma hipotética contraparte. Então, essa é a primeira regra do dia: eleve seu egocentrismo às estrelas! Justamente por não existirem essas metades que é um erro achar que encontrar um outro alguém significa uma divisão.

(Por sinal, nada mais tosco do que casais que compartilham contas em redes sociais. Antes de mais nada, somos indivíduos. Não preciso da foto da minha namorada feito um cão brabo ou gêmeo siamês do lado pra mostrar que sou comprometido. Devemos valorizar nossa individualidade e confiança, não mostrar uma tremenda insegurança dessa forma - que é como eu vejo)

  Voltando aos relacionamentos... já disse que uma outra pessoa não lhe divide, nem completa. Ela irá compartilhar experiências com você, irá lhe acrescentar algo que você não tinha e te ajudará a se desenvolver de alguma maneira. Pelo menos, é o tipo de coisa que acontece nos bons relacionamentos. Se bem que mesmo nos relacionamentos ruins, se você aprender algo com eles, podem-se considerar válidos também. Então, pensando no lado matemático da coisa, uma relacionamento é uma soma (ou uma multiplicação, se for muito sortudo).

  Não falo somente em relacionamentos amorosos no caso: busquem pessoas que acrescentarão coisas pra ti. E nisso incluo as boas companhias, aquelas que possuem algo a oferecer, por mais diferentes que possam ser. Normalmente somos tão preconceituosos que acabamos procurando aqueles que mais se assemelham a nós. Mas é realmente surpreendente o quanto podemos aprender com alguém que parecia diferente... às vezes, descobrimos que temos mais coisas em comum do que imaginamos. Normal, afinal, humanos são apenas humanos.

  Relacionar-se é aprender, conhecer... e também compartilhar. Afinal, é tua obrigação também passar algo pra quem está do seu lado. Nada de apenas sugar aquilo que lhe interessa e não oferecer algo em troca. Pra que seja realmente válido e gostoso, é preciso essa "negociação": dar e receber algo. Nisso entra o egoísmo das pessoas e também a triste constatação de que, muitas vezes, são tão vazias que não tem nada a oferecer. Portanto, amiguinhos, evitem pessoas assim... aquelas que, além de não acrescentar nada, irão lhe subtrair.

  Enfim, no fundo, tão como a matemática (pelo menos pra uma pessoa pouco "exata" como eu), relacionamentos são complicados. Não é uma certeza como 2+2=4. Quando falamos de amor, às vezes 2+2 PODE ser 5. Não existe uma fórmula certa para as coisas. Já conheci mulheres maravilhosas, lindas, simpáticas, inteligentes, que mesmo assim não foram suficientes para que eu as amasse. E, da mesma maneira, mesmo um pedaço de mau caminho como eu não consegui despertar sentimentos alheios também. Que outra matéria entra aqui? Química? Nem a psicologia costuma ser útil para desbravar e desvendar o íntimo das mentes humanas.

  Portanto, relaxem. É simplesmente odioso para uma pessoa lógica saber que não existem cálculos precisos sobre o amor. Existe "apenas" o amor, com todas as suas loucuras e imperfeições. E é justamente isso que o torna tão válido e maravilhoso.

  Amem mais e pensem menos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Humor inteligente?


Caramba, faz tempo que não posto nada, hein? Muita correria nas últimas semanas e, sempre que ia atualizar, acontecia algo e eu deixava de lado. Enfim, vamos lá!

Eu adoro humor, incluindo piadas de humor negro. Todo tipo de piada me atrai. Não consigo ser politicamente correto quando o assunto é fazer rir. Piadas que lidam com estereótipos, racistas, sexistas, religiosas... o objetivo delas, pra mim, é fazer refletir e lidar com os NOSSOS preconceitos e intolerâncias. Talvez eu pense assim porque nunca me levei muito à sério. Aliás, não há nada mais idiota do que pessoas que se levam à sério. Somos praticamente piadas ambulantes, se parar pra analisar, e no final estaremos todos numa vala. Portanto, porque não gozar de boas risadas?

(Falando nisso, bons tempos do Canibal Cartum, hehe)

Entretanto, o humor é algo que varia de pessoa pra pessoa, de cultura pra cultura, por isso costuma gerar bastante polêmica. Aqui no Brasil, um dos campeões do "humor polêmico" é o Rafinha Bastos, do CQC. Na última edição do programa, ele falou a seguinte asneira. Um comentário do tipo não é nem de humor negro. Simplesmente não possui graça nenhuma, a menos que você seja doente. Uma declaração desnecessária e tremendamente ofensiva, na minha opinião. Eu até acho que algo assim seria engraçado em algo como o já citado Canibal Cartum (me parece o tipo de coisa que o Brusco diria...), mas ouvir uma declaração dessa ao vivo, em rede nacional, num programa que se orgulha pelo humor inteligente... aí é dose mesmo.

As pessoas são livres pra falar aquilo que pensam. Mas, da mesma maneira, também devem arcar com as consequências das idiotices que dizem. Esse é um dos grandes males da sociedade atual: todo mundo se gaba de ser autêntico (claro, eles não são, mas PENSAM... no fundo, tudo é muito estudado antes de sair da boca), mas se esquecem que toda ação gera uma reação, seja ela positiva ou não. A liberdade de expressão DEVE ser valorizada sempre... assim como as consequências de ser livre. Afinal, nada é perfeito, não é mesmo?

Ainda bem que - ainda - temos o Chaves, que mesmo antigo e tão reprisado, faz rir de maneira inteligente e ingênua ao mesmo tempo...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Músico por caridade


"Gostaria que falassem pra um médico, advogado, arquiteto ou engenheiro: "Venha e trabalhe! Não tem dinheiro mas é bom pra divulgar, pra que as pessoas conheçam seu trabalho. Você vai agradecer o espaço e a oportunidade!"

Tem gente que acha que a música não é, também, uma profissão e sim um hobby. Que todos os músicos são ricos e/ou não precisam pagar serviços e fazer compras pra viver, que por isso somente precisam de divulgação do trabalho..."





Vi esse texto num contato do Facebook e copiei pro meu perfil. Bem verdadeiro, não acham? Por coincidência, eu queria falar sobre algo parecido esta semana, então não vou perder esta deixa.

A mentalidade das pessoas em relação ao músico é justamente o que foi escrito acima. É muita cara de pau dos donos da maiorias dos bares falar algo do tipo, como se músico não tivesse contas a pagar. Quando não propõe uma asneira dessas, pagam uma mixaria que até um flanelinha deve tirar mais numa tarde.

Vamos lá, hora da matemática musical: o camarada propõe pagar 200 paus pra banda. Imaginemos um grupo padrão, pequeno: vocal, guitarra, baixo e bateria. Quatro caras, então temos 50 reais pra cada um. Mas e os gastos da banda? Não é difícil manter um instrumento: essas coisas são CARAS no Brasil. Por exemplo, cordas novas pra um violão saem por 40 reais, e elas devem ser trocadas constantemente. Alguns bares nem ao menos tem equipamento, então a banda tem que levar sua aparelhagem também. Fora isso temos gasto com condução, alimentação e coisas do tipo, além do tempo em si estudando e ensaiando pra fazer o melhor na noite. Desses 200 paus, quanto sobra pra cada um, REALMENTE? Cinco reais? O resultado é que na maioria das vezes o músico PAGA pra tocar, pra algo que muitas vezes não dá retorno nenhum.

Infelizmente, todos possuem uma parcela de culpa nessa situação.

A primeira, claro, é da ganância dos próprios donos de bares. Existem alguns que valorizam os músicos, mas a grande maioria é composta por grandes filhos da puta que estão pouco se cagando pra quem está no palco. Pagam mal e muitas vezes exigem que o artista passe da hora se apresentando. Felizmente, donos de estabelecimentos com esse tipo de estabelecimento estão sujeitos à falência, na maioria das vezes. Só um detalhe: não apenas donos de bares, porque o meio está cheio de gente aproveitadora. Cansei de receber propostas de "eventos beneficentes", oferecendo ajuda de custo... vão chamar a Xuxa pra trampo de tipo, porque ela sim tá com a vida feita.

A próxima parcela de culpa está no público. Sim, nele mesmo. Muitos não se interessam por coisas novas e não estão dispostos a pagar um valor mínimo pra curtir algo diferente. É a típica platéia de ocasião, que vai pra encher a cara e ouvir as modinhas de sempre. Só passa a se interessar se está na moda, se a mídia começou a falar sobre o assunto. Entretanto, nem todos são assim (aliás, o bom do meio do rock é que muitos vão nos bares e seguem as bandas porque são fãs mesmo).

Finalmente, os grandes culpados dessa situação: os MÚSICOS! Hoje em dia, todo mundo quer ter uma banda, mesmo sem talento nenhum. Isso cria uma situação em que bandas de péssima qualidade se sujeitam a qualquer mixaria ou contrato abusivo. Tocar por uma coxinha e uma latinha de cerveja? Vambora! Então, de 10 bandas, temos uma boa e séria: as outras são porcarias que reúnem os amigos e fazem "música por diversão". E são justamente esses miseráveis posers que tomaram conta de tudo, que jogaram no lixo todo o trabalho do artista sério, que vê a música como profissão mesmo, não só "sexo, drogas e rock'n'roll".

Qual a solução pra tudo isso então? Acredito numa união dos músicos, que não deveriam se sujeitar a qualquer porcaria. Sério, é mais fácil pra vocês ficarem em casa ensaiando do que tocar em botecos por ninharia. Se as boas bandas se conscientizassem, os bares só teriam grupos ruins à disposição e logo a qualidade da casa em si cairia, forçando-os a procurarem bons grupos (isso se já não tiverem falido, porque recuperar uma reputação suja é foda).

E, claro, o público também deveria valorizar mais o artista. Saber diferenciar uma banda que leva seu trampo à sério daqueles que estão tirando onda na noite. Sério, viver de música no Brasil é MUITO difícil. Deviam fazer um evento beneficente pra mim, isso sim!

Enfim, hoje escrevi além da conta. Só um simpático esclarecimento sobre a situação do panorama musical atual.

Aproveitando a deixa, conheçam minha banda: http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/madds.

Preciso de grana. ;)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Torcendo pro touro



Sinceramente, eu detesto rodeio ou qualquer coisa relacionada. E quando dá uma merda do tipo pra mim fica pior ainda:

Bezerro é sacrificado após prova na arena de Barretos

Aliás, além do animal, quem se fodeu nesta história (e bem feito, claro) foi o próprio peão. O rodeio em si é uma covardia por si só, mas os organizadores mostraram ser ainda mais asquerosos e colocaram a culpa toda no otário aí, lavando as suas mãos.

Sério, até quando o ser humano vai utilizar o sofrimento de animais em prol do seu divertimento? É inadmissível que, em pleno século 21, existam coisas absurdas como rodeio (ou, pior ainda, as touradas lá fora). Cacete, você não está lidando com uma coisa: está lidando com uma vida. Desde quando a humanidade tem o direito de maltratá-la ou desrespeitá-la dessa maneira?

Os argumentos que vejo a favor de barbáries como essa são completamente cretinos. No caso da morte do bezerro, dizem que aqueles que criticam mais tarde comeriam a carne do bicho. Burrice pura. Não levanto nenhuma bandeira do vegetarianismo: cada um come aquilo que quiser. Comer por sobrevivência é uma coisa: simples lei da vida. E, seja como for, o homem é onívoro. Muito diferente matar um animal pra se alimentar do que matar por esporte ou por diversão.

Outros alegam que rodeios devem ser mantido por tradição. Outra idéia completamente despropositada. Dizer isso é o mesmo que pedir pra Roma retomar com as lutas de gladiadores. Afinal, isso já foi tradição também, certo? Nem preciso ir tão longe: a caça a raposa, tradicional há séculos na Inglaterra, TAMBÉM foi proibida. Foi-se o tempo em que sangue derramado é motivo de diversão (mas, talvez, essa sanguinolência seja inata dos seres humanos).

Eu não tenho nada contra Barretos em si. Apesar de, pra mim, a festa ser uma merda, com um bando de caipiras posers que pensam ser cowboys, ela poderia continuar numa boa. Coloquem alguns artistas genéricos sertanejos, encham o rabo de bebida e fim de papo. Dá pra ser idiota numa boa, sem querer ferrar com animais.

O homem deveria limitar sua idiotice pra própria espécie... fato!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Afinal, estamos no Brasil



Tá, alguém aí achou que seria diferente?

Delegado que agrediu cadeirante vai prestar serviços comunitários

Lembram desse caso do começo do ano? Em que o figurão parou na vaga especial para deficiente e, não satisfeito, ainda deu umas porradas no cadeirante que reclamou? Pois é... obviamente tudo terminou numa indigesta pizza. Afinal, estamos no Brasil. Ei, dava pra transformar isso num slogan, não é verdade? Tipo um "Merdas Acontecem"!

Interessante ver as coisas por esse modo: o delegado vai, para num local que não era sua preferência, se acha na razão, agride um deficiente físico, MENTE sobre o ocorrido (claro, foi o cadeirante que o agrediu primeiro... e ele não deu coronhadas no cidadão, deve ter só tentado fazer um carinho nele e o machucou por causa do anel) e no final só precisa prestar serviços comunitários. Se é que irá fazer algo do tipo. Claro, tudo ainda se torna mais agravado ainda pelo fato do culpado ser alguém que deveria MANTER a lei!

Isso é algo realmente terrível no país. Ao invés de punir, nós incentivamos atos criminosos. As pessoas deveriam se sentir DESMOTIVADAS a cometer crimes, não o contrário. Se alguém é criminoso, é visto como uma vítima da sociedade, alguém que não teve outra alternativa. Durantes os recentes distúrbios em Londres, foi dito que os detidos seriam devidamente punidos, sem amolecer pro pessoal dos direitos humanos. Um pensamento completamente oposto ao brasileiro.

A impunidade está enraizada no povo brasileiro, aparentemente. E, tudo isso, somado à habitual apatia das pessoas, faz com que moremos num lugar sem lei. Ou, melhor dizendo, a lei existe no Brasil, mas somente para aqueles idiotas - ou pobres - o suficiente para ser pego por ela.

E não adianta bater na mesma tecla: lá fora, o povo protesta e chia por qualquer coisa (por sinal, na Europa sabem MESMO protestar). Aqui todo mundo pode roubar na cara de pau que o povo tá só preocupado com futebol e novela. Então, como sempre digo, de que adianta reclamar se as pessoas não irão mudar?

Afinal, estamos no Brasil.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sentados num barril de pólvora



Muito se fala sobre a violência no Brasil. Muitos preocupam-se com a imagem do país nos vindouros eventos realizados aqui, como as Olimpíadas e a próxima Copa. Como já escrevi, não creio que o Brasil está preparado pra um evento do tipo: é algo muito maior do que erguer uns estádios e roubar dinheiro do povo. Pensem bem: as capitais do país são deficientes em termos de segurança, transporte, saúde, entre outros quesitos. Como, em tão pouco tempo, resolver estes problemas de forma digna?

Mas, enfim, não vou falar sobre o assunto. Isto foi apenas para ilustrar o tema "violência" e a decadência da sociedade humana. Estava pensando em algo pra escrever, navegando pelos principais portais da net e... caramba, como tem desgraça acontecendo. Não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Vide a balbúrdia que o Reino Unido está passado. E, num efeito dominó, a violência deixou Londres e se espalhou por outras cidades. Não creio que seja algo tão organizado quanto pensam: é o típico pensamento de manada... acontece uma merda num lugar, uns aproveitadores abusam da situação e logo tudo isso se espalha. E exatamente isto mostra a fragilidade da sociedade.

A grande questão é a ironia do fato. Aconteceu em uma das principais potências mundiais, uma das nações mais desenvolvidas do planeta. Não estamos falando de conflitos tribais em países africanos, de rebeldes contra ditaduras no Oriente Médio, da guerra contra o tráfico na América Latina. Estamos falando do caos, puro e simples como deveria ser, gerado através do nada, daquela parte primordial, animalesca, de todo ser humano, que normalmente mantém escondida pra se adequar à sociedade.

Melhor dizendo, chamar essa parte de "animal" seria uma ofensa para os bichos em si. O animal age por instinto. Mata o outro por fome ou para se proteger. E passa o resto da vida correndo pelado por aí, trepando onde estiver, dormindo como quiser. O homem é o único que mata por sentimentos mesquinhos, por um par de botinas ou - o pior de tudo - pela simples maldade.

Coisas do tipo mostram como a vida que levamos é uma piada. O ser humano não é uma entidade bondosa, preocupada com o próximo. No geral, são miseráveis mesquinhos que fazem qualquer coisa pra aparecer nos holofotes. As pessoas, no geral, são tediosas, perdidas em falsos ideais e pensamentos fúteis sobre o que fazer nos finais de semana. E seguem por aí até o fim da vida.

Será que somos tão evoluídos como pensamos? Creio que teremos a resposta muito em breve... crise econômica das bravas, conflitos explodindo em tudo quanto é lugar, a desvalorização da vida em si!

Incrível como ao mesmo tempo em que a humanidade evolui tecnologicamente o respeito pela vida diminui igualmente...