terça-feira, 16 de agosto de 2011

Afinal, estamos no Brasil



Tá, alguém aí achou que seria diferente?

Delegado que agrediu cadeirante vai prestar serviços comunitários

Lembram desse caso do começo do ano? Em que o figurão parou na vaga especial para deficiente e, não satisfeito, ainda deu umas porradas no cadeirante que reclamou? Pois é... obviamente tudo terminou numa indigesta pizza. Afinal, estamos no Brasil. Ei, dava pra transformar isso num slogan, não é verdade? Tipo um "Merdas Acontecem"!

Interessante ver as coisas por esse modo: o delegado vai, para num local que não era sua preferência, se acha na razão, agride um deficiente físico, MENTE sobre o ocorrido (claro, foi o cadeirante que o agrediu primeiro... e ele não deu coronhadas no cidadão, deve ter só tentado fazer um carinho nele e o machucou por causa do anel) e no final só precisa prestar serviços comunitários. Se é que irá fazer algo do tipo. Claro, tudo ainda se torna mais agravado ainda pelo fato do culpado ser alguém que deveria MANTER a lei!

Isso é algo realmente terrível no país. Ao invés de punir, nós incentivamos atos criminosos. As pessoas deveriam se sentir DESMOTIVADAS a cometer crimes, não o contrário. Se alguém é criminoso, é visto como uma vítima da sociedade, alguém que não teve outra alternativa. Durantes os recentes distúrbios em Londres, foi dito que os detidos seriam devidamente punidos, sem amolecer pro pessoal dos direitos humanos. Um pensamento completamente oposto ao brasileiro.

A impunidade está enraizada no povo brasileiro, aparentemente. E, tudo isso, somado à habitual apatia das pessoas, faz com que moremos num lugar sem lei. Ou, melhor dizendo, a lei existe no Brasil, mas somente para aqueles idiotas - ou pobres - o suficiente para ser pego por ela.

E não adianta bater na mesma tecla: lá fora, o povo protesta e chia por qualquer coisa (por sinal, na Europa sabem MESMO protestar). Aqui todo mundo pode roubar na cara de pau que o povo tá só preocupado com futebol e novela. Então, como sempre digo, de que adianta reclamar se as pessoas não irão mudar?

Afinal, estamos no Brasil.

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