segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A invasão das drogas culturais

O maior problemas das drogas são aqueles que as consomem. Sem consumidores, ficariamos livres desse lixo em pouco tempo. Calma, meu amigo nóia, não estou falando dos tóxicos em si: estou falando das "drogas culturais", tão ou até mais nocivas das que percorrem as bocas de fumo devido ao seu poder de corroer rapidamente a mente dos facilmente sugestionáveis.

(Mesmo porque, se é um drogado ou não, pouco me importa o que faz com a sua vida, desde que não me encha o saco)

Infelizmente, há algumas drogas que nem ao menos podem ser consideradas culturais: as subcelebridades. Eu já acho o termo celebridade uma escrotidão, não precisava nem rebaixar a palavra. O que uma celebridade faz? Absolutamente nada. É um infeliz sem talento nenhum que surge na mídia justamente porque o povão engole esse tipo de lixo. Uma pena que o conceito de artista está cada vez mais podre...

Enfim, voltando às subcelebridades, caso da - já citada por este blog - Geisy Arruda. Esses dias eu vi um trecho de um entrevista dela no "Estranho Mundo do Zé do Caixão".



Além da óbvia burrice da criatura, qual a relevância pra sociedade a entrevista com um diabo do tipo? Caramba, o Mojica é um cara inteligente... será que não tinha ninguém melhor pra entrevista não? Aliás, fico pensando qual será o tal fetiche da moça com estatura. Talvez ela tenha tara por anão... bom pro camaradinha ali!

Enfim, esse tipo de droga só existe porque tem quem consome. É realmente de dar pena ver, por exemplo, inúmeros comediantes bons na rua enquanto temos aquela porcaria do Zorra Total ou A Praça É Nossa. Ou então ouvir um Restart na rádio enquanto tem muito músico bom batalhando em barzinho por aí (como costumo dizer, estão roubando o MEU dinheiro!).

Será que as pessoas não consomem algo de qualidade? O problema é que há um conceito errado no termo "qualidade". No Brasil, costumam pensar que algo bom está restrito às elites, é algo intelectualóide. A velha questão do complexo de vira-lata: o brasileiro típico se acha indigno de conseguir algo melhor, de buscar algo melhor pra si, então se contenta com seu pagode, futebolzinho e novela das oito... tsc, tsc.

Quando falo em qualidade, não estou me referindo à música clássica ou algo do tipo. É possível você fazer um rock MUITO bom, com sonoridade marcante e voltada pro povo. Mesmo porque o termo "indie" ou alternativo nunca me atraiu... se for pra ser conhecido por meia dúzia só, prefiro largar tudo. Isso pra mim é um complexo de perdedor... "Ah, minha música não é compreendida pela maioria"... balela!

Enfim, pra mudar isso, só mudando a mentalidade do povo brasileiro. Só quando ele quiser mais. Mas ele se contenta com tão pouco, né? Caramba, você tem um mundo inteiro à sua disposição e vai se contentar com somente aquilo que vê?

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