terça-feira, 30 de novembro de 2010

Me sentindo um viajante astral...

Depois de um pequeno atraso, aqui estou com as habituais atualizações do blog. E hoje o post vai ser mais pessoal... tive um fim de semana maravilhoso e gostaria de compartilhar com vocês. Afinal, nem sempre é bom ler apenas críticas e mais críticas mau humoradas. Nada como uma postagem leve pra relaxar...

No último domingo fui curtir o Yes em São Paulo e estou até agora pasmo com o show. Foi algo fodástico mesmo. Aliás, esse foi o show mais rock'n'roll que fui recentemente. Me senti em casa entre os barbados e cabeludos locais (e, claro, entre as belas roqueiras de SP - o que me faz detestar ainda mais Taubaté), curtindo um rock de verdade, não frescurada poser por aí (na verdade, só tinha um bêbado chato - mas muito engraçado - por perto).

Enfim, o show foi espetacular. Muitos reclamaram que não seria a mesma coisa sem o Jon Anderson, mas eu achei o Benoit David uma substituição à altura. O timbre é bem parecido e o cara canta pra caralho também. Certamente, as harmonias vocais do Yes servem de muita inspiração pra mim e meus irmãos, e elas continuam excelentes, pra variar (destaque pro vocal fodástico do Chris Squire nas harmonias).

Quanto ao teclado, o Oliver Wakeman não tem a mesma presença do pai, mas não compromete a apresentação, mesmo não viajando nas loucuras espaciais como Rick Wakeman. Já o Alan White demonstrou sinais de cansaço: a bateria não foi nada excepcional (inclusive achei o solo dele em Astral Traveller bem fraquinho).

E o que falar do Chris Squire? O baixo continua com a mesma pegada de sempre... simplesmente é muito foda ver Squire debulhando o instrumento em Roundabout e outras canções. Além de tudo, ele parecia bem à vontade, interagindo com o povo... tava bem simpático!

Só tenho uma coisa a falar sobre Steve Howe: mito. Eu poderia passar o tempo todo falando de sua habilidade na guitarra, mas isso seria muito óbvio. É como se ele e seu instrumento fossem uma coisa só. Quem não o conhece olha pro cara, com seu visual de "múmia", de cientista louco, e pode não dar nada... até o momento em que ele começa a tocar e mostra porque é considerado um dos melhores guitarristas do mundo! Só estando lá e vendo ele solando do seu lado pra saber mesmo... uma emoção indescritível.

Apesar de curto (e do atraso de uma hora e vinte graças às nossas companhias aéreas), eu achei o show fantástico. Certamente um dos melhores que fui ultimamente. E, mesmo com a reclamação do povo sobre a falta do Jon Anderson, do repertório pequeno e todo blá blá blá... caralho, é Yes! E, pra mim, isso foi uma oportunidade única!

Caso duvidem de como foi foda, isso aqui não me deixa mentir:



E pensar que uma semana depois o mesmo palco vai receber o Restart... quase como ir do céu ao inferno em questão de dias!

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