domingo, 7 de novembro de 2010

Um pouco sobre fé

Eu sou uma pessoa de extrema fé, mas não sigo religião nenhuma. Creio que deve existir um objetivo maior em relação à nossa existência, senão viver não faria sentido nenhum (se é que precisa ter algum sentido...). Tal qual um grande "BBB", deve existir algo dando uma "espiadinha básica" no que fazemos... a entidade suprema louvada pela maioria das religiões. Não cabe a nós discutirmos o objetivo de tudo... nós só vemos o ponteiro do relógio, não suas engrenagens!

Portanto, eu creio nessa entidade, mas as minhas crenças são baseadas no pouco que estudei de vááários textos religiosos. Sempre gostei de pesquisar sobre tudo e não seria diferente no caso de religiões. Eu não acredito em algo só porque um padre, pastor ou sei lá quem diz que isso é verdade. Eu busco as MINHAS verdades. Se fazem sentido pra você ou não, pouco me importa. Funcionam pra mim e isso basta.

Religiões foram criadas pelo homem e, sem sombra de dúvidas, perdem mais tempo discutindo sobre uma suposta divindade do que aquilo que deveria ser o mais importante: amor e respeito ao próximo. Pra mim, religiosos sempre foram grandes hipócritas. Aqueles que seguem determinado ensinamento somente quando funciona pra eles, fazendo vista grossa quando cruzam a linha. Eles acham que passar horas ajoelhados rezando ou tentando converter o vizinho irão torná-los pessoas boas. Digo sem sombra de dúvida: todas pessoas que discursaram sobre religião ou sobre certo e errado pra mim não faziam nada daquilo de que tanto se orgulhavam.

Por exemplo, as religiões discutem sobre a divindade de Jesus. Qual a verdadeira importância disso? Qual a importância de saber se ele andou na água, ressuscitou, casou-se, teve filhos, voava por Jerusalém soltando raios nos infiéis...? Aliás, não é nem mesmo importante saber se ele era filho ou não de Deus. O mais importante, suas palavras e ensinamentos, passam esquecidos pela maioria das pessoas, que preferem queimar na fogueira aqueles que pensam de forma contrária à "divindade de Jesus". O fato de ser uma pessoa comum tornariam suas palavras menos importantes? Não existiria valor nenhum em amar e respeitar o próximo só porque Jesus era alguém como eu e você?

Sem contar que as religiões foram criadas pelo HOMEM. E nesse eu não confio de jeito nenhum. Ou você acha que vou perder meu tempo me confessando pra alguém como o padre peruano que foi flagrado transando com a faxineira da igreja (aqui http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4772716-EI8140,00-TV+peruana+mostra+padre+fazendo+sexo+com+a+faxineira+da+igreja.html)? Que moral um diabo desse tem em relação à mim?

Uma consciência tranquila é a melhor coisa que você pode ter. Ajudar alguém, com um simples sorriso que seja, e se sentir bem por isso vale mais do que qualquer outra coisa. Sentir-se bem só pelo fato de alguém estar feliz, seja por sua presença ou não. E fazer tudo isso porque parte do seu coração, não porque "Deus" lhe mandou fazer isso pra ganhar uns pontinhos no céu. De certa forma, ser autêntico sempre. As pessoas geralmente dizem que transmito paz pra elas... acho que é por seguir essa linha de pensamento.

E, pra finalizar, pra mim a fé e a crença em algo superior deve ser vista como algo complementar, não como uma muleta. Os grandes sábios do passado sempre uniram ciência e fé... nunca vi essas duas forças como coisas antagônicas. Eu acho um grande erro um querer anular o outro, quando deveriam agir em conjunto sempre.

Eu acredito em mim, em primeiro lugar. Acredito nos meus valores, nos meus ideais e na certeza que não serei responsável pelo sofrimento alheio. Eu não preciso me confessar ou me curvar perante os outros enquanto sempre seguir as minhas verdades. E isso não é egocentrismo: é amor próprio!

E eu nunca me contentaria em ser apenas uma ovelha mesmo...

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