segunda-feira, 11 de abril de 2011

Em Roma, faça como os romanos...


Após alguns dias longe, trampando na produção do meu CD e resolvendo alguns problemas no meu PC, estou de volta, ainda me inteirando sobre os acontecimentos recentes.

Hoje estou acompanhando um tema espinhoso (como não poderia deixar de ser quando se trata de religião), que é a prisão de duas mulheres usando véus islâmicos em Paris. Há bons argumentos a favor e contra à proibição, mas eu não concordo com qualquer tipo de preconceito.

Eu costumo ser bem razoável. As pessoas tem o direito de fazer aquilo que tem vontade, desde que respeitem o espaço do outro. Acho uma verdadeira tolice um estado entrar nessa questão da religião, interferindo na fé dos outros. Se elas usam o niqab (o nome de um desses véus islâmicos), ninguém tem direito de interferir. Da mesma maneira, eu não tenho religião e não vou lá, rir da fé de alguém ou duvidar de suas crenças. Você pode acreditar naquilo que quiser: se isto lhe faz bem, quem sou eu para questioná-lo? É um costume arcaico? Pode ser... mas isto é algo em que eles acreditam!

Por outro lado, visitantes em países islâmicos também sofrem preconceito semelhante. Estrangeiras são obrigadas a cobrir o rosto como as demais nativas. E se alguém de fora desrespeita alguns de seus costumes religiosos... melhor nem comentar. Então, se a lei é válida de um lado, também deveria ser válida do outro, não concordam? Além disso, a maioria da população francesa apóia a lei. Não seria justo uma minoria imigrante (hmmm... nem tão minoria assim, atualmente) fazer aquilo que der na telha também.

Por isso o tema é espinhoso. Como um muçulmano pode exigir o direito do uso do véu se em seus países eles agem da mesma maneira preconceituosa com aqueles de outras religiões? É preciso analisar os dois lados para tomar a melhor decisão possível. Da mesma maneira que uma francesa não passeia de biquíni em um país islâmico, uma muçulmana não deveria passear de rosto coberto em Paris. Portanto, nesse sentido, eu concordo com a proibição e acho que a lei deve prevalecer. Mas, seja como for, eu ainda sou contra qualquer tipo de restrição à liberdade das pessoas.

O melhor de tudo? O fim das religiões e suas brigas sem sentido. Acreditem, o homem já encontra TANTO motivo pra matar o próximo que não precisa de algo abstrato assim pra inflamar suas diferenças.

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