sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O escorpião inocente


Estréia hoje o filme da Bruna Surfistinha, baseado no autobiografia da garota de programa mais famosa do Brasil. Tava lendo as críticas sobre o filme até agora e nenhuma foi muito impressionante.

Sejamos sinceros: o que levará boa parte das pessoas ao cinema é o fato de ver a Deborah Secco nua e toda putaria que eventualmente acontecerá durante a projeção. Uma norma do cinema brasileiro é: se não tem sexo, não é real. E muitos filmes usam isso como desculpa pra credibilidade. Assim, Bruna Surfistinha tem doses cavalares de "sedução".

Veja bem: eu não sou puritano. Sou uma das pessoas mais depravadas e indecentes que conheço. O que irrita mesmo é a desculpa pra mostrar a putaria. Eu não tenho preconceito com prostitutas, garotas de programa, atrizes pornô ou seja lá o que forem. O foda (com o perdão do trocadilho) é usarem isso como desculpa pra vender algo.

E, vamos lá: qual o interesse num filme da Bruna Surfistinha além disso? Uma garota que foi adotada, tinha tudo do bom e do melhor, e mesmo assim descambou pra prostituição. Caralho, eu li em algumas divulgações do filme que é um "conto de fadas moderno". Ahhhh, vamos parar com isso, né?

Eu conheço garotas que ralam todo dia pra conseguir sobreviver e nem por isso precisam se prostituir. Não critico o modo de vida das pessoas. Cada um é cada um e faz aquilo que quer. Mas querer pintar a Bruna Surfistinha como uma coitada, uma sofredora, é uma grande piada. Pelo que li nas críticas, o filme está cheio disso: de situações inventadas com o intuito de criar uma identificação entre o público e sua protagonista.

Moral da história: se for pra ver o filme por putaria, eu prefiro ficar com o meu bom e velho pornô gratuito da net (e existem muitos sites bons hoje em dia, hehe). Se for pra ver pela história em si, convenhamos: o que tem de interessante na vida de uma patricinha que virou puta?

Fim de papo!

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