Hoje eu estava vendo um tópico na comunidade de Woodstock, no orkut, falando sobre o que motivaria um novo evento como este hoje em dia. Lembrando que o festival celebrou a contracultura hippie e sua contestação aos valores culturais que eram ditos importantes na época (ou melhor, até hoje): a ascenção social, o trabalho, o nacionalismo e a estética "padrão".
Se hoje organizassem um novo Woodstock, contra o que protestar?
(Ah, sim, vale lembrar que foram realizadas outras edições do festival em 94 e 99... mas ambas não obtiveram o mesmo destaque do original. A última, inclusive, ficou marcada pela violência)
Certamente temos muito sobre o que protestar hoje. Não apenas aqui no Brasil, com toda essa palhaçada rolando solta no Senado, mas no mundo inteiro. Nós ainda vivemos sobre aqueles mesmo valores citados acima que levaram a juventudade a se rebelar nos anos 60. Ainda hoje somos julgados pelo nosso valor material, somos escravos do dinheiro e do tempo.
O que resta pra maioria das pessoas? Vejo pela maioria dos meus conhecidos... quase todos terminaram a faculdade, mas poucos atuam na área. Ah, sim, e o diploma de jornalista nem mesmo é necessário hoje em dia. Boa parte termina trabalhando feito doido, explorado em um emprego qualquer, pra ganhar um dinheirinho que mal dá pra se sustentar. E depois é só ctrl+c e ctrl+v até o fim da vida! É com isso que você sonhava quando criança?
Eu tento me rebelar contra esses padrões! Acredito que viver é muito mais do que isso, mas ainda não encontrei minha resposta... talvez ela venha da forma mais amarga possível ou nunca chegue, mas é algo pelo que vale a pena lutar. Ser você mesmo, não se tornar mais um alguém sem personalidade só porque nossa sociedade acredita que é assim que as coisas devem ser.
Ainda há muito a se fazer! Muitas coisas exigem nossa atenção, exigem nosso protesto... vamos mais uma vez nos rebelar contra o conformismo, o individualismo e o consumismo da sociedade. Não é algo que ocorre do dia para a noite, mas também não é algo muito complicado de se fazer.
Só é preciso crer!
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