sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quem é o culpado?

Tenho acompanhado a repercussão do atropelamento do Rafael Mascarenhas, filho da Cissa Guimarães, morto no começo da semana, e há algumas coisas que me deixam abismado. Uma delas, claro, é a liberação do carro avariado pela PM... mas isso, sem comentários, né? Se depender da polícia pra algo hoje estamos ferrados!

A outra coisa é a atitude do pai do moleque que atropelou Rafael, que poucas horas após o acidente correu pra uma oficina mecânica pra reparar o carro... que, segundo informações, tinha pedaços de pele da vítima ainda. Caramba, acho que a resposta está justamente aí, sobre as coisas andarem tão erradas hoje em dia.

Faltam pais e mães REAIS na sociedade.

Com o passar dos anos, o papel dos pais na criação de um filho foi suavizado. Em parte, por eles mesmos, que acham que o pai moderno é aquele que passa a mão na cabeça dos filhos. Muitos não sabem as coisas que acontecem debaixo do próprio teto, mas qual o problema? Ele dá tudo pro filhão, então ele é um bom pai!

O cacete que é!

Um bom pai é aquele que realmente educa, ensinando o que é certo ou errado. Nesse caso, temos um filho que atropela, enrola os policiais que o abordaram e foge. Do outro lado, temos um pai que engana e tenta esconder o ocorrido. Como culpar então o moleque se esse é o tipo de educação que recebeu? Caramba, não estamos falando de uns coitados... eram pessoas de renda boa, com educação, que deveriam ter um discernimento do certo e do errado... que diabo de sociedade é essa?

Nunca tive a melhor das relações com o meu pai, mas se tem algo que admiro nele é a certeza de que, se um dia eu tivesse feito merda do tipo, ele seria o primeiro a me entregar e fazer com que pagasse pelos meus atos. E, sim, isso é um motivo de muito orgulho pra mim!

Enfim, o estrago já está feito, um jovem já morreu e provavelmente tudo irá acabar sem nenhuma resolução. E, olha, nem digo coisas como "Ah, é o Brasil", porque creio que em todo lugar é assim. É essa droga de sociedade em que vivemos, em que não há mais valor nenhum e em que a palavra das pessoas não vale nada.

Quanto menos eu depender das pessoas ou da sociedade, melhor...

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